Start Of Something Good.
'' Quando eu te tenho eu me sinto tão bem ''
Senti falta do ‘bom dia feia’, e de quando ele me zuava, mas depois dizia que eu era o amor da vida dele. Ou então quando ele me jogava no chão e dizia que ia namorar a Luiza. Ou quando ele dizia que estava carente porque a namorada dele era ocupada demais e dizia que ia colar aqui em casa só pra matar a carência dele.
Acordei disposta a ir no shopping com a Julia e com a Barbara. No sábado após a minha volta com o Ro, oficial.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Coloquei uma calça jeans, regata verde água e sapatilha preta. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e peguei uma blusa de frio qualquer preta.
Minha mãe estava dormindo, coitada. Ainda sofria muito com o fim do casamento, mas tentava demonstrar. O que era em vão pois dava pra sentir, totalmente. Bem, deixei um bilhete e sai de fininho.
Peguei um ônibus e fui a ultima a chegar. Elas me abraçaram e disseram o quão felizes estavam por saber que eu e o Roberto éramos novamente um casal. Ficamos dando volta a tarde toda pelo shopping.
Cheguei em casa exausta e vi que havia um carro na frente de casa, no qual desconhecia.
-mãe? – gritei.
-oi amor... esse é o Pablo, meu amigo. – ela estremeceu ao falar amigo, olhou pro Pablo que assentiu com a cabeça.
-oi Pablo. – apertei a mão do moço bonito, de quase 50 anos e voltei-me para minha mãe. – o Roberto ligou?
-mil vezes, eu quase o soquei.
-ninguém mandou ser cúmplice dele, agora o aguente. – todos rimos.
- ele quer vir aqui. Disse que umas 7 horas você já estaria aqui, daqui a pouco ele chega.
-capaz dele chegar 7 em ponto, você sabe né?
-ele se preocupa muito com você. – ela me abraçou.
-enche ate o saco. Vou tomar banho, quando ele chegar pede pra ele ir para o meu quarto. Vou ficar lá!
Fui ate o banheiro e tomei um banho muito bom, aquele bem quente que deixou o banheiro com uma fumaça intensa. Sai e fui pro quarto, apenas de toalha. E quando chego lá, me deparo com o Roberto.
-o que você ta fazendo aqui? – coloquei minha mãos não cabeça e esqueço da toalha, que cai no chão.
-que corpo ein. – ele me olhou de cima em baixo e eu não soube como reagir.
Ele começou a chegar mais perto, eu estremeci e fiquei imóvel. Começamos a nos beijar e então ele apagou a luz e o resto? Não consigo descrever.
Dormimos e acordamos apenas no dia seguinte. Alias, fui acordada pelo Roberto, que estava com uma tabua para me levar café da manha na cama.
-acho que não foi só eu quem dormi aqui.
-aquele Pablo também? – levantei assustada.
-calma, amor. Come aqui, vai. Fiz tudo com amor e carinho pra você, minha rainha. – ele me deu um selinho e sentou ao meu lado.
Começamos a comer, mas não tirei o fato de o Pablo ter dormido em casa da cabeça.
-ta tudo bem com você? – o Ro perguntou.
-ta. – respondi com a cabeça na lua ainda.
-digo, em relação a ontem...
-ah sim. Foi perfeito, eu te amo e não sei mais o que dizer. – falei animada.
-você é estranha.
-aprendi com o senhor, mestre. – deitei no ombro do Ro e ficamos assistindo Tv.
A Luiza logo apareceu e deitou no meio da gente, ficando de vela, como de costume. O Roberto ficava deixando ela nervosa e ela dizia que não casaria mais com ele, e depois eles voltavam a se amar enquanto eu ficava como boba analisando a situação.
Até que isso foi bom, pois dei uma saidinha de fininho para ver minha mãe, que estava sonhando, delirando ao cozinhar.
-como foi sua noite?
-fui pedida em casamento.
-como é que é?
-shhhhh! Para com isso, Laura.
-você ta divorciada a menos de 1 mês.
-fez 1 mês essa semana.
-que seja, mãe. Faz muito pouco tempo. E quem é esse Pablo? Nunca a senhora falou dele.
-Laura, e você não vai me contar como foi sua noite?
-passei dormindo.
-com o Roberto né?
-mãe, não desvia o assunto, ta bem? Depois falamos de mim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!-o Pablo trabalha comigo.
-e...
-ele me ajudou muito quando me separei. Me apeguei a ele e me apaixonei.
-que papo nada a ver mãe.
-já te contei minha historia, agora abre o jogo.
-aconteceu, mãe.
Ela me olhou com ternura, mesmo depois de tudo o que eu havia dito.
-foi bom?
-eu diria perfeito.
-cuidado filha, agora você é uma mulher.
-posso lutar contra o mundo com apenas uma mão, se o Roberto tiver segurando a outra.
-muito poética, dona Laura. Agora chama a dona Luiza, porque ela precisa tomar o remédio dela.
-sim senhora.
Fui ate me quarto e os dois estavam abraçados. Fiquei na porta esperando eles me notarem, o que não aconteceu.
-dona Luiza, o remédio.
-já volto, meu amor. – ela saiu correndo e eu fiquei boquiaberta.
-mozao, senta aqui. – eu fiz. – preciso ir, minha mãe deve estar preocupada, mas não quero ficar um segundo sem você.
-eu não to afim de ver a pessoa que causou o nosso fim.
-não foi por querer, Laura.
-Na hora você não pensou nisso né?
-não vamos brigar agora né?
-desculpa. –fiquei sem jeito, não falamos nada por alguns instantes, mas logo tornei a dizer – não vou mesmo assim, tudo bem?
Ele ficou me olhando com cara de ‘não fale isso’, mas não mudei de ideia. Ele foi embora e meu coração ficou em pedaços, só não chorei porque não sou tão boba assim, mas a casa ficou vazia.
Conversei com a minha mãe sobre e ela disse que é normal, e alem do mais ela não queria que eu ficasse próxima da ‘velha louca’ ainda, pois ela só sabe estragar tudo. Então ficamos assistindo filme, conversando e tudo mais.
Ela me contou sobre seus namorados, sobre como conheceu meu pai e como se apaixonou por ele (e então ela se emocionou tanto que chorou muito, não sabia o que fazer, só a abracei), contou também sobre a dura vida de casado, mas o quanto vale a pena.
-já sabe quando vai casar?
-daqui a 1 mês.
-como?
-filha, quando temos quase 50 anos precisamos ser rápidas. A vida é curta demais.
-mãe você só tem 43 anos.
Ela riu e eu acabei rindo também. Deitei no colo dela e dormi, com dó ela me deixou no sofá e quem me acordou foi um príncipe encantado que dessa vez pareceu um sapo, pois não poderia acordar-me no meio de um soninho bom. HAHA
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