Gakuen Hetalia: Uma Nova Aventura

Sentimentos que nos fortalecem


O dia começou agitado, principalmente no quarto de Eslováquia. Sérvia e República Tcheca a ajudavam a arrumar as malas, mas não deixavam de esboçar a tristeza que sentiam. Eslováquia tentava animá-las, mas era difícil achar as palavras certas, já que sinceramente ela também se sentia triste em ter que ir embora, mas não podia fazer mais nada a respeito, ela mesma decidiu por aquilo. Como era feriado do dia de natal, não haveria aula e a Academia ainda permanecia com falta de alunos já que boa parte deles voltariam só no final do dia ou começo da noite, no dia seguinte as aulas retomariam normalmente.

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- Meu embarque será às 17h, mas já é bom deixar tudo arrumado. – Eslováquia terminava de escovas os cabelos. – Mande o resto das minhas coisas para o endereço que de dei Tcheca, por favor.

- Sim, eu farei isso logo que você chegar à casa do Suécia. – República Tcheca terminava de fechar uma das malas da irmã enquanto Sérvia fechava a outra.

- Está tudo arrumado aqui, Eslo. – Sérvia tira a mala de cima da cama e a puxa até próxima da porta do quarto.

- Obrigada Sérvia, você podia estar curtindo a manhã com seu namorado, mas está aqui comigo. Me desculpe por isso.

- Ah? E eu, Eslováquia? Eu poderia estar com o Iggy, sabia? – Protesta República Tcheca fazendo com que as outras duas começassem a rir.

- Você é minha irmã, é sua obrigação me ajudar! – Eslováquia provoca a irmã mais velha que continua seus protestos. – Aliás, Sérvia, você e o Áustria conversaram algo ontem?

- Ah? Nada demais, não se preocupe. – Responde Sérvia, omitindo o verdadeiro teor da conversa. – Bom, se precisar de algo mais me chame, eu vou visitar o Itália, parece que ele está com uma leve ressaca.

- Aproveita e avisa ao Inglaterra que daqui a pouco vou me juntar à ele. – Pede República Tcheca.

- Puxa irmã, você passou a noite toda lá com ele, o fogo acabou não?

- Que rude você está parecendo o Prússia. – República Tcheca faz uma careta e Eslováquia ri da situação, realmente pegou algumas manias do alemão de cabelos esbranquiçados.

No dormitório masculino muito dos rapazes ainda dormiam, Itália e Romano dividiam a cama e os cuidados médicos de Alemanha e Japão, Taiwan ainda estava dormindo no quarto do Japão e ninguém conseguiu chamar Espanha, ele estava trancado no quarto da namorada e ninguém quiser atrapalhar.

- Esses dois irmãos, sempre me dando trabalho... – Alemanha parecia ter ficado a noite toda acorda, acudindo os irmãos italianos que vomitaram muito até conseguirem pegar no sono.

- Você está péssimo, Alemanha-san, deveria descansar um pouco, eu ficarei aqui com eles agora.

- Japão, desculpe, mas vou aceitar. Preciso realmente dormir um pouco, de tarde ainda temos que acompanhar Eslováquia no aeroporto.

- Realmente, é um pouco triste saber que perderemos a companhia da Eslováquia-san...

Uma leve batida na porta do quarto chama a atenção dos dois rapazes e assim que Alemanha pede para a pessoa entrar seus olhos vibram em ver Sérvia entrado no quarto. Ela cumprimenta Japão e ao se aproximar de Alemanha lhe dá um amoroso abraço que ele retribui com um leve beijo nos lábios dela.

- Como estão os meninos?

- Apagados, mas vez ou outra precisamos levar o balde para perto da cama...

- Pobrezinhos, eu trouxe um pouco do remédio que dei para a República Tcheca no dia que ela chegou totalmente alcoolizada aqui, você se lembra Alemanha?

- Claro, como esquecer, foi no mínimo bizarro.

- Eu acredito que ela estava parcialmente alcoolizada ontem. – Comenta Japão e Alemanha e Sérvia acham graça nele.

- Não chegou nem perto daquele dia. – O casal respondeu juntos.

- Realmente, o caso do pessoal com álcool é no mínimo curioso, mas enfim, Sérvia-san cuide do Alemanha-san, ele passou a noite de enfermeiro dos irmãos italianos.

- Pode deixar, Japão! – Sérvia sorri e pega Alemanha pela mão. – Vamos, você precisa dormir.

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- S-Sim... – Alemanha fica um pouco envergonhado mais acompanha a garota até chegarem ao quarto dele. Ao entrarem, Sérvia retira o blazer que Alemanha usava e pede para ele se sentar na cama, ela iria fazer uma massagem nas costas dele.

- Fique relaxado, amor, você está todo tenso... – Dizia ela carinhosamente enquanto apertava os ombros do alemão que estava extremamente envergonhado ao ponto de parece petrificado.

- A-Amor... – Ele responde com a voz trêmula e Sérvia sorri de forma divertida, ela desce da cama e fica ajoelhada de frente para Alemanha.

- Desculpe, mas você é meu namorado e então por isso é o meu amor... – Ao dizer aquilo ela fica com o rosto levemente corado.

- S-Sérvia... – Alemanha parecia derretido com o jeito de Sérvia e pensa que era uma dádiva poder estar com aquela mulher, por um momento uma sombra de dúvida lhe aparece na mente e ele a abraça fortemente.

- A-Alemanha, o que houve? – Sérvia pergunta preocupada.

- O França vai voltar em breve, o que você fará? – O alemão tinha a voz séria.

- Irei dizer que você é o homem que eu amo agora!

- Não quero que fique sozinha com ele, esqueceu-se do que ele fez? Não vou deixar você falar sozinha.

- Eu vou ficar bem, prometo. Irei conversar com ele em algum local movimentado, acho que sua presença pode não ser boa Alemanha, mas confie em mim... – Ela se solta dos braços dele e usando as duas mãos segura o rosto do loiro. – Eu te amo!

- Sérvia... – Alemanha dá um delicado beijo nos lábios de Sérvia. – E eu te amo muito... Vou confiar em você, mas não a dividirei com mais ninguém...

- Alemanha...

Os dois se beijam novamente, desta vez com mais intensidade até que decidem deitar juntos e confortavelmente Alemanha repousa a cabeça nos seios de Sérvia, enquanto ela acariciava gentilmente os cabelos dele.

- Você está tensa... – Inglaterra estava nu, apenas enrolado com um lençol. – Precisa aceitar que sua irmã tomou a decisão dela.

- Ela é minha irmã, é difícil imaginar ela tão longe, Iggy! – República Tcheca se vestia com o uniforme da Academia, ela estava abotoando o blazer quando Inglaterra a abraça por trás e começa a beijar o pescoço dela. – Iggy...

- Você é forte, já passou por tanta coisa... Sei que irá superar bem essa situação também. Pense que com sua irmã longe do Rússia, vai ser melhor também...

- De fato, principalmente por causa das palavras que ele me disse naquele dia...

- Você acha que ele tentará alguma coisa, Tcheca? Se for assim, precisamos nos preparar!

- Calma Iggy, eu não acredito que ele vá agir de imediato, mas... Mesmo se ele tentar algo eu vou estar preparada! - Ela se vira ficando face a face com o inglês. – Sérvia está protegida com o Alemanha e eu posso me defender sozinha e...

Inglaterra interrompe a fala da garota com um beijo.

- Você não está sozinha, pare de agir como se fosse!

- Inglaterra... – Ela fica um pouco enrubescida. – O-Obrigada...

- Bom, eu vou me trocar também... Você me espera tomar uma ducha rápida?

- Sim, eu vou terminando de me arrumar enquanto isso, precisamos ver quem irá ao aeroporto com a gente.

Enquanto isso, Eslováquia estava caminhando pelo campus da Academia, acabará de sair da sala do diretor onde terminava de ajeitar sua documentação para poder ir para a Suécia, ela já não mais vestia o uniforme, estava linda vestindo um short jeans curto, botas acastanhadas e uma delicada blusa de tom amarelo bem suave, os longos cabelos estavam soltos, apenas sua franja estava presa para o lado, com uma delicada presilha.

- Vou sentir saudades daqui... – Pensava alto e distraída, olhando para a pouca movimentação de alunos e funcionários, não percebendo que iria esbarrar em alguém, até que a chamam pelo nome.

- Cabeça de vento, melhor tomar cuidado! – O rapaz dá um leve tapa na cabeça de Eslováquia que acorda de seus pensamentos e abre um largo sorriso ao ver Prússia. – Eu vim me despedir.

- Prússia! – Ela o abraça alegremente. – Como conseguiu pegar o alvará com sua patroa?

- Kesesese! – Ele ri. – Eu tenho meus segredos para dobrar minha mulher, aquela safadinha...

Eslováquia começa a rir, o jeito sincero de ser do Prússia a divertia muito, apesar daquele jeito descolado ela sabia bem o quanto ele amava a Hungria. Prússia e Eslováquia se tornaram bons amigos e só aquilo bastava para os dois, mesmo o alemão dizendo algumas besteiras indecentes para a amiga Eslováquia.

- Como foi o natal aqui? O seu rolo com o Áustria ficou em que pé?

- Na verdade, a gente não se falou mais desde a apresentação da orquestra, ele não me procura e eu não o procuro também, já me conformei sabe? Infelizmente ele ainda ama a Hungria e não há espaço para mim no coração dele...

- Aquele aristocrata almofadinha! Está precisando é levar umas surras, isso sim... Mas, você está decidida mesmo?

- Sim, não posso voltar atrás agora e não há nada que me prenda aqui. Ficarei sozinha sem a minha irmã e a Sérvia, sem os amigos que fiz aqui, sem nossas longas conversas, mas é o melhor no momento para mim...

- Entendo boneca, mas eu sei que as coisas vão dar certo para você. – Prússia dá um abraço carinhoso em Eslováquia e sente as lágrimas dela molhando seu uniforme. – Sempre que precisa, sabe que tem um amigo aqui, sincero.

- Obrigada Prússia, obrigada por tudo! – Eslováquia tentava segurar o choro, mas estava sendo difícil e aquilo deixa o alemão entristecido, ele então entrega um lenço para que ela limpasse aquelas lágrimas do rosto. – Eu sei que vou ficar bem...

- Isso mesmo, essa é a Eslo que eu conheço! Só desculpa por não poder ir no aeroporto com vocês...

- Tudo bem Prú, você já fez demais vindo até aqui bem no feriado, é melhor voltar para a cidade, a Hungria deve estar ficando impaciente.

- Sim, eu vou voltar agora, e você cuide-se!

- Sim, pode deixar!

Os dois se despedem com mais um abraço amigável e Eslováquia decide passar no refeitório antes de voltar ao dormitório feminino, chegando lá ela se depara com Áustria que estava saindo do refeitório. O músico fica um pouco surpreso ao encontra-la e ela desvia o olhar dele, mas foi o suficiente para ele perceber que ela parecia que esteve chorando, tentou se aproximar da violinista, mas logo chegam alguns membros do clube de música que começam a conversar com ela. Com isso, o músico decide seguir seu caminho e sair daquele refeitório, mas encontra-se com Prússia no caminho que dava acesso ao dormitório masculino.

- Voltou cedo... – Comenta o músico e Prússia sorri debochado.

- Eu vim despedir da minha querida Eslováquia.

- Pelo visto já quer trocar a Hungria, não é?

- Eu não troco minha garota por nenhuma, mas se a Eslováquia quiser... Ela está sozinha afinal...

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- Você precisa prestar atenção nas coisas que diz, Prússia... – Áustria mostra uma leve irritação e o alemão começa a rir.

- Você precisa é prestar atenção nas coisas a sua volta, Áustria. – O alemão dá às costas para o músico. – E principalmente nos seus verdadeiros sentimentos, está na hora de viver o presente e deixar o futuro para trás, na boa, eu achei que você fosse mais inteligente...

Áustria iria responder, mas prefere se calar e observar o alemão sumir de seu campo de visão. Ele havia dito coisas parecidas com as que Hungria, o maestro e Sérvia já haviam lhe dito, mas era difícil esclarecer aqueles sentimentos todos que o preenchiam.

- Eslováquia...

O músico segue para a sala de música, ela estava totalmente vazia e ele aproveita para se sentar ao piano e começa a tocar uma música qualquer, mas ele não percebeu que era a Etude op.10 no.3 "Tristesse", e foi com aquele música que tudo começou entre ele e Eslováquia.

A imagem de Eslováquia era constante agora, cada detalhe daquela moça de cabelos castanhos claros e lindos olhos azuis, que possuía uma voz harmoniosa e um jeito simples de ser. A música remetia ao primeiro beijo deles, às divertidas conversas sobre música e também o ápice da relação de ambos que foi a noite em que ela se entregou para ele, juntos os dois corpos fizeram uma harmoniosa combinação, uma troca de carinho e de desejo. Aquilo ele tinha certeza, foi sincero, mesmo que o relacionamento fosse inicialmente uma farsa para ajudar Áustria à reconquistar Hungria. Nesse momento o pianista para de repente a música e percebe que de seu rosto desciam silenciosas lágrimas, como ele havia sido tolo e expôs Eslováquia à tanto sofrimento...

- Imaginar ela agora...longe...eu... – A música repetia para si mesmo, apertando as mãos sobre as teclas do piano. – Eslováquia...