Bruno’s POV

Eu pedi para o Rodrigo me ajudar a pedir a Megan em namoro. O Leo vai me odiar mais ainda depois disso, mas eu não ligo. Por isso que na aula de educação física do segundo ano, eu pedi para o professor liberar eles e não dar aula, para eu pendurar a faixa no ginásio, que foi exatamente o que eu fiz para pedi-la em namoro. O professor, claro, achou que eu fosse louco e me mandou sair da frente dele. Mas eu o subornei e, como todos os sacanas, ele aceitou. Assim que bateu, me escondi e esperei o pessoal. As meninas chegaram primeiro e ficaram sem entender o que era aquilo que estava escrito: “ACEITA NAMORAR COMIGO, MEGAN?”. Logo os meninos, sem o Lucas, apareceram. Só o Rodrigo não ficou surpreso.

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- Então, aceita? – Perguntei aparecendo na maior cara de pau. Fiquei com medo dela me matar, porque a Megan nunca gostou de ser o centro das atenções. Mas, para a minha surpresa, ela foi até mim e me beijou. – Isso foi um sim?

- Não, isso foi um não. – Revirou os olhos. – Claro que isso foi um sim. – Sorri pela resposta dela. Percebi que o Leo saiu irritado. Fiquei com um pouco de pena, mas... Megan me beijou de novo. Ah, depois Leo supera.

Anna’s POV

Eu estava deitada na cama ainda com o pé meio dolorido. Não vou mentir que fiquei alegre pelo fato de não ter que limpar o ginásio também, mas estou odiando todos me tratarem como criança pelo tornozelo torcido e, talvez, pelo fato de estar grávida. Na verdade, nem me caiu a fixa disso ainda. Nesse momento alguém bateu na porta:

- Pode entrar. – Vi quem era e abri um sorriso involuntário, foi o Lucas. – Oi, o que está fazendo aqui?

- Eu falei com os garotos que ia dar uma passada, porque imaginei que você estaria aqui. – Eu me sentei e ele ficou do meu lado. – Como está o seu pé?

- Ah, só um pouco dolorido. Nada demais. – Ficamos em silêncio por um tempo, aí eu lembrei de uma coisa que eu queria perguntar a ele a algum tempo, mas nunca tive coragem.

- Bem, eu só passei para ver como você estava. Então, eu já vou indo.

- Lucas, espera. – Segurei-o antes que ele pudesse levantar. – O que nós somos? – Lucas me olhou confuso. – Somos amigos, amigos coloridos... – Suspirei. – Namorados?

- Acredite, eu estava com essa mesma dúvida.

- E então?

- Só tem um jeito de descobrir. – Ele sorriu malicioso e começou a me agarrar. Eu retribuí o beijo, mas fiquei com medo de fazer certas coisas e machucar o bebê.

- Agora para. Não precisamos apressar as coisas de novo.

- Certo, namorada. – Ele deu ênfase no “namorada”.

- Namorada?

- Sim, a partir de agora você é minha namorada. – Ele me beijou. – E agora, namorada, eu preciso ir.

- Até mais tarde, namorado. Certo, que idiotice. Podemos parar de repetir isso. – Ele assentiu e saiu. Fiquei um tempo parada, mas fiquei entediada. Então, peguei as muletas e comecei a andar pelo colégio. Não havia mais ninguém no corredor, o pessoal a essa hora já deviam estar do lado de fora do internato. Quando eu me aproximei da escada, com o elevador do lado para eu descer, alguém me segurou e me virou, fazendo minhas muletas caírem, me deixando indefesa. Era o Daniel. Tentei gritar, mas foi inútil já que não havia ninguém ali mesmo.

- Oi Anna, sabe um boato que eu escutei por aí? Que você está grávida, daquele imbecil do Lucas.

- Como você soube?

- Nada de mais. Apenas escutei você conversando com suas amiguinhas estúpidas.

- Me solta.

- Não, minha querida. Quem mandou você escolher aquele babaca ao invés de mim? O que eu irei fazer com você, vai te fazer sentir a mesma coisa que eu senti quando você me deixou: Destruído. – Senti muito medo quando ele disse isso, mas antes que eu pudesse reagir, ele me jogou escada abaixo. A pancada que eu levei na cabeça, e em outras partes do corpo, quando caí, foi tão forte que eu apaguei.

Leo’s POV

Sim, eu fiquei muito irritado quando o Bruno pediu a Meg em namoro, ainda por cima em público. E piorou ainda mais pelo fato dela ter aceitado, porque se ela tivesse recusado, não seria tão ruim. Eu não sabia exatamente o que iria fazer, só queria ficar longe do “casalzinho feliz”. Continuei andando pelo campus até que avistei a Katherine. Ela estava de costas, então, sem pensar direito, virei ela para mim e a beijei.

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- O que foi, Leonardo? – Ela sorriu.

- Odeio quando me chamam de Leonardo. – Reclamei.

- Fala logo o que você quer.

- Eu aceito voltarmos a namorar.

- Sério? Que ótimo, o Bruno e a Megan juntos o fizeram mudar de ideia?

- Como você sabe?

- Leo, a essa altura você já devia saber que eu sou curiosa. E eu vi o Bruno pendurando o cartaz. Você podia aprender a ser romântico como ele.

- Mas eu não sou, sou curto e rápido. E eu já falei que eu te aceito de volta.

- Pera aí, não é assim tão rápido.

- Meu Deus, o que você quer?

- Mentira, é rápido sim. – Ela sorriu e voltou a me beijar.

Rodrigo’s POV

- Vou chamar o Leo. Não é justo que estamos aqui trabalhando e ele não, todo folgado. – Falei colocando a vassoura no canto e saindo. Fui para o corredor, procurar ele. Quando eu tropeço quase me fazendo cair, olho para ver qual foi o objeto. Era a Anna! Me assustei e saí correndo de volta para o ginásio.

- Encontrou o Leo? – Maria perguntou.

- Dane-se ele. – Joguei o celular para ela, graças a Deus ela conseguiu pegar. – Chama a ambulância. Para a Anna. – Maria se afastou e começou a ligar apressadamente.

- O que aconteceu com ela? – Lucas se desesperou.

- Venha, eu te mostro. – Puxei ele corredor a fora.

Lucas’s POV

Saí do elevador correndo, passo pelos corredores brancos e sem vida. Encontro a primeira pessoa de jaleco perto do balcão e vou até ela. O hospital estava frio, havia muitas pessoas na sala de espera chorando. Provavelmente querendo saber o que aconteceu com seus entes queridos.

- Doutora, ela está bem? – A médica saberia de quem eu estava falando, e com certeza se lembrava de mim. Quando eu fui ver a Anna, a ambulância já havia chegado e me proibiram de ir vê-la. Pediram-me para aparecer no hospital no outro dia. Quase não consegui me concentrar enquanto terminava de limpar a quadra, quando o diretor apareceu para checar o lugar, o Leo já tinha aparecido, a Megan não ficou muito feliz quando o mesmo anunciou que voltou com a Katherine, quer dizer, ninguém ficou. O Leo estava boiando completamente em relação ao que aconteceu com Anna. A médica me olhou com pena. Foi aí que meu mundo desabou, pela cara dela eu já esperava pelo pior.

- A paciente saiu sem ferimentos muito graves, mas o bebê não sobreviveu. – Ela respondeu triste. Mas espera... Bebê?

- Que bebê? Ela estava grávida?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.