As duas semanas seguintes passaram-se a correr. Caroline esperava ansiosamente pelo dia em que o antídoto iria estar pronto e ela ficaria com Harry para sempre. Caroline contara a Luna tudo, enquanto Luna lhe contara sobre Draco e o que sentia por ele. Finalmente as duas voltaram a ser amigas como antes.

Draco e Luna estavam muito próximos, quando estavam juntos era tão difícil para eles esconder os sentimentos que nutriam um pelo outro. Mas Draco tinha medo que Luna não gostasse dele e não queria perdê-la e Luna tinha medo de se magoar, pois aquele sentimento forte era algo de novo para ela.

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Quando não estavam juntos, os dois conversavam atrás do livro misterioso. Eles eram inseparáveis.

Pansy Parkinson não gostava daquela amizade e tentara muitas vezes humilhar Luna, mas a garota tinha-se tornado mais forte e conseguia se defender das ameaças da sonserina.

Era uma tarde solarenga, a maior parte dos alunos tinha ido passar o fim-de-semana a casa. Draco e Luna encontravam-se nos jardins, sentados na grama fofa conversando animados.

– Eu pensei que ias passar o fim-de-semana a casa – comentou Luna.

– Eu ia… mas preferi ficar aqui contigo – ele respondeu esboçando um sorriso ao ver os olhos da loira brilhando.

– Porque fazes isto? – ela perguntou meia nervosa – É só tu olhares para mim, sorrires para mim e eu fico assim…

– Assim como? – Draco perguntou confuso.

– Com milhões de borboletas no estômago. Fico nervosa e sinto-me uma tonta – ela sorriu sonhadora – Porque eu sinto vontade de te beijar? – ela perguntou olhando-o nos olhos.

– Eu sinto o mesmo… - ele afirmou acariciando os cabelos loiros de Luna.

– E porque nós sentimos isto? – a garota perguntou.

– Porque estamos apaixonados. - Draco sorriu se aproximando mais.

– Eu tenho medo…

– De que? – ele afastou-se um pouco. Não queria beijá-la sem ela querer. Queria respeitá-la e esperar para quando ela tivesse preparada.

– Eu nunca estive apaixonada, eu não sei o que fazer, eu nunca tive um namorado – ela afirmou ficando vermelha.

– Não te preocupes com isso, só segue o teu coração – ele colocou uma madeixa do cabelo atrás da orelha dela e beijou-a.

E de novo, Draco sentiu que, embora aquele beijo fosse diferente de todos os outros que tinha dado, era especial, pois era com ela…

Foi um beijo calmo e sereno, mas cheio de sentimento. Luna embora no início estivesse um pouco nervosa, pois era a segunda vez que beijava Draco e tinha medo de fazer algo errado, sabia que era ele que ela queria, era ele que fazia o seu coração bater freneticamente, era com ele que ela queria ficar.

Pansy Parkinson assistia a tudo de longe. Uma raiva apoderou-se dela quando viu os dois se beijando, mas ao mesmo tempo percebeu que não havia nada a fazer… Draco, por uma razão que ela desconhecia, queria a Luna e ela tinha de seguir em frente.

Saiu irritada batendo o pé, desceu até às masmorras e atravessou o retrato. A sala comunal da Sonserina naquele dia estava quase deserta, só Blásio e mais um sonserino estavam sentados jogando xadrez bruxo. Pansy passou por eles sem lhes dirigir a palavra, mas Blásio foi atrás dela.

– O que se passa contigo? – ele olhou-a vendo algumas lágrimas caírem pelo rosto da garota.

– Nada – ela respondeu friamente.

– Porque me tratas assim? Eu só estou preocupado… - ele aproximou-se mais dela.

Ela olhou-o ficando a meditar no assunto. Blásio gostava dela e parecia ser um bom partido. Talvez não fosse tão bonito e conhecido como Draco Malfoy, mas ele gostava dela e ela era uma sonserina, sonserinos têm amor-próprio e ela já estava cansada de correr atrás de Draco.

– Estava a pensar… Queres ir amanha a Hogsmeade comigo? – ela perguntou.

– Sério? Tu e eu? Tipo um encontro? – os seus olhos arregalaram-se. Era como se estivesse sonhando.

– Se quiseres – ela lançou-lhe um olhar provocador.

– É claro que eu quero… - respondeu rapidamente.

– Ótimo, então até amanha – ela virou-se começando a subir as escadas, mas depois voltou para trás e deu um beijo no canto da boca de Blásio fazendo-o corar violentamente. – É só para não te esqueceres de mim – ela riu e foi para o seu dormitório.


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(…)


Draco e Luna passaram a tarde toda juntos, conversando e se beijando. Falavam sobre si, sobre os seus pais, sobre as suas vidas e os desejos que tinham para o futuro. Luna queria algum trabalho relacionado com animais, interessava-se principalmente pela disciplina que Hagrid leccionada enquanto Draco queria ser apanhador profissional, embora os seus pais quisessem que ele tivesse um emprego no ministério.

Quando perceberam, o sol já se tinha posto ao longe e as estrelas começavam a surgir no céu. Despediram-se com um beijo rápido e cada uma foi para a sala comunal da sua respectiva casa.

Luna chegou no seu dormitório muito feliz, depois de saltitar e dançar animada acabou por se deitar na sua cama, de braços abertos e com um sorriso apaixonado no rosto. Era tão bom gostar de Draco, parecia que tudo era mais fácil e só ele e ela tinham importância.

Estava a tentar convencer-se a si própria que tinha de se levantar e não podia ficar a noite toda assim deitada na cama, quando viu uma luz sair do seu livro de capa vermelha que se encontrava por cima de alguns livros da escola. Levantou-se e foi busca-lo e abriu-o.

“É possível já estar com saudades? Não vais vir jantar?”

Ela soltou uma gargalhada animada e respondeu.

“Eu também já estou com saudades… E sim, já vou descer para o salão principal.”

(…)

Depois do jantar, Draco estava sentado na sua cama com o livro nos braços enquanto escrevia para Luna.

“Amanhã vamos a Hogsmeade?”

“Sim, já tenho saudades. Nunca mais lá fui”

“Eu agora tenho de dormir. Falamos amanhã”

“Até amanha”

Luna deitou-se na cama e os seus olhos estavam quase a fechar quando viu uma luz forte.

“Boa noite amiga secreta”

“Boa noite amigo secreto. Sonha comigo”

Ela riu e fechou o livro. Adormeceu mesmo assim, abraçada ao livro e sonhando com Draco.