A Coroação Do Sapo
Capítulo 11
Dino e Romário tentavam desesperadamente encontrar a tartaruga. Hibari havia corrido para Namimori para caso o monstro aparecesse por lá e tentasse destruir a escola. O loiro sabia que não poderia deixar isso acontecer caso quisesse Enzo de volta vivo.
– Achamos nosso meio de transporte, froggy – disse Bel ao enrolar uma corda na ponta de sua faca e atirá-la no casco verde à sua frente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Senpai você é retardado se acha que eu vou subir nessa coisa.
– Ushishishishi~ – riu, pegando o mais novo pela cintura.
– Senpai me solta – disse o ilusionista enquanto era içado para cima pelo príncipe.
– 'Shishi, não.
O loiro se acomodou no dorso da tartaruga, antes de notar que ela estava molhada.
– Ah, droga! Tartaruga maldita, essa calça era nova!
– Baka-senpai – Fran tentou subir no colo do outro para evitar se molhar, mas escorregou e caiu de cara, ficando ensopado.
– Ushishishishi~
– Você me paga, senpai.
Enquanto isso, do ponto de vista dos italianos logo embaixo:
– Chefe, aquilo não são pessoas em cima do Enzo?!
– Oh, é mesmo! – Dino encarou o casco da tartaruga, tentando distinguir quem eram os dois idiotas que estavam pegando carona com um monstro daqueles – Eeei – chamou.
– Senpai, estamos sendo perseguidos.
– Ignore, devem ser o dono do transporte, mas nós não vamos devolver.
– Gah – Cavallone sofria lá em baixo – Enzo está deixando um rastro de água enorme por onde passava.
– Pelo menos com isso ele vai diminuir – observou Romário.
– Espero que sim. Enzoooo!! – o italiano berrou, na esperança que sua tartaruga desse uma foda.
– Baka-senpai, agora eu estou molhado por sua causa.
– Você fica mais atraente com as roupas coladas no corpo desse jeito, Ushishishishi~
– Senpai, eu vou ligar para a polícia.
– Vá em frente.
– Enzooo!!! – Dino pulou na frente do animal, na tentativa de pará-lo.
O réptil o atropelou sem piedade como se não estivesse passando em cima de nada.
– C-Chefe! O-O senhor está bem?
– Acabo de ver mais uma cena patética.
Os dois se viraram na direção da voz, se deparando com o líder do Comitê de Disciplina de Namimori.
– Kyouya! – O loiro aparentou estar extremamente feliz de rever seu pupilo.
– C-Chefe, o Enzo não está indo na direção da casa do Décimo Vongola?
Dino piscou.
– AH! Está mesmo!!! Tsunaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa – ele correu na direção apontada, mas quando estava a uns vinte metros de distância de Romário, tropeçou e caiu de cara no chão, deslizando mais uns metros sobre a rua ensopada.
– Herbívoro idiota – rosnou Hibari.
– Olha, senpai, não é aquele idiota dos Vongola? – Chegando mais perto, os dois puderam ouvir as vozes que vinham daquela direção.
Gokudera se curvou na frente de Tsuna, virou-se para a rua, olhou para os três lados e desceu da calçada cuidadosamente.
– É AGORA – Bel atirou uma faca na cauda de Enzo atrás de si, fazendo a tartaruga disparar (se é que isso é possível) com um rugido ensurdecedor.
– GokuDERA-KUN, VOLTE PARA A CALÇADA!!! – berrou o Décimo.
– Está tudo bem, Juudaime! – o Guardião da Tempestade voltou toda a sua atenção para seu amado chefe, esquecendo-se de que ainda estava no meio da rua.
– ISSO É POR TER FICADO COM O ANEL VONGOLA QUE DEVERIA SER MEU – berrou Belphegor ao atropelar o albino com sua tartaruga. Logo eles desapareceram de vista, deixando para trás um corpo esmagado na calçada.
– G-gomenasai, Juudaimeee – gargejou.
– HIIEEE, POR QUE UMA TARTARUGA DESSA VEZ???!
– Bel-senpai.
– O que?
– Nosso meio de transporte não ficou menor?
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– Ele realmente está diminuindo, senpai, e está ficando mais lento.
– Tem razão – Bel pulou da tartaruga – pelo menos ele nos trouxe até aqui, onde é cheio de carros para roubar.
Fran pulou também, deixando a tartaruga continuar seu caminho, e seguindo o príncipe até uma garagem próxima.
– Eu estou todo molhado e a culpa é sua, baka-senpai.
– Ushishishishi~ eu não me importo, e pare de reclamar – atirou uma faca no chapéu do kouhai.
– Ai.
Enzo, vendo que estava livre, deu meia-volta ao sentir cheiro de algo comestível vindo daquela direção.
– Espera, aquilo era o Enzo???! E-e como você pôde deixar uma tartaruga fugir?! – disse Tsuna.
– Ha ha, gomen, gomen... – Dino coçou a nuca, um pouco constrangido. Romário havia saído para procurar o bichinho de seu chefe, enquanto Hibari havia batido no loiro e ido dormir no telhado do Décimo Vongola.
– Eu nunca mais vou sair de casa, Juudaime...
– Ah, por mim tudo bem – disse Nana com seu sorriso puro e impecável – eu já catei tanta criança estranha nos arredores, você pode ficar também.
– Arigatou gozaimasu – garguejou, fazendo uma reverência tão intensa que quase bateu a cabeça no chão.
– Não se esforçe demais ou seus ferimentos vão abrir e você vai morrer – ela respondeu, ainda sorrindo.
– H-Hai! Juudaime, sua mãe é uma pessoa tão maravilhosamente boa! Ela se preocupa com o bem-estar de um completo desconheçido...
– Você não é um desconhecido, Gokudera-kun, você vem na minha casa todo dia... aliás você já esteve morando no meu armário e ficou aqui a semana toda sendo atropelado...
A campainha tocou. Nana foi atender com seu sorriso impecável. Dino nunca a havia visto com outra cara e se perguntou se ela já não teria congelado assim.
– Romário, já voltou?
O subordinado do Cavallone entrou com uma tartaruga pequena em mãos.
– Oh, ele já voltou para o tamanho normal! – Dino se levantou para ir até lá mas tropeçou e caiu de cara.
"Mas o subordinado dele está ali..." pensou Tsuna, imaginando se a doença da incompetência do outro não estaria piorando.
– – –
– Arigatou MM.
A ruiva se assustou com a presença que brotou de súbito atrás dela e quase flipou os pratos que estava lavando.
– C-Chikusa?!! Não me assuste assim! E obrigado por que?
Kaki-pi levantou uma sacola na altura dos olhos, mostrando-a.
– Não é lindo?
MM Reparou que a sacola estava cheia de Loveless. A coleção completa para ser mais exato.
– O-Onde você achou isso??!
– Ahn? – o fudanshi piscou – Mas foi você mesma que me disse onde comprar...
Ela congelou.
– E você conseguiu a coleção toda?!
– Tinha uma putinha tentando roubar o último volume, mas eu abri a barriga dela, arranquei suas tripas e fiz elas entrarem de novo pelo rabo da criança, aí ela me deixou em paz.
Chikusa tinha uma expressão serena, as bochechas levemente coradas, imaginando o que ele teria para ler em suas mãos.
– Eu tenho uma banca para incendear – decidiu a ruiva, saindo pela porta da cozinha com a frigideira em mãos.
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