Red Case
Castle (Parte 2)
Castle e Jane olharam-se mais uma vez. O loiro estava sentado numa poltrona, enquanto o escritor o analisava, parecendo pensativo.
– Então.. – Castle finalmente disse – O presidente te escolheu.
– Yeap. Melhor consultor da Califórnia, sem querer me gabar.
– Hm. Ele provavelmente teria me escolhido, mas sabe que eu andava ocupado escrevendo uns livros, então...
– Castle – Jane riu – Nem precisa tentar me enganar.
– Eu poderia
– AHAM. Não tente. Conselho de amigo.
– Eu mal te conheço, Mr. Jane!
– Justamente. Se conhecesse, teria um pouquinho mais de noção do que está falando – O loiro abriu o sorriso perfeito.
Rick parou por um momento. Apertou os olhos e, finalmente, perguntou:
– Qual a sua história, Jane?
– Minha o que?
– Sua história. Todos tem uma história. Qual é a sua?
Jane hesitou por um momento, mas decidiu falar a verdade.
– Bem, eu costumava ser vidente mas Red John, o famoso serial killer, matou minha mulher e filha. 10 anos atrás.
– Wow – Castle, parecia verdadeiramente chocado.
– Yeah. Sabe como me sinto?
– Eu... Imagino.
– Não, não o faz.
– Tenho uma filha, Mr. Jane. Eu POSSO imaginar. Já cheguei perto de perde-la uma vez e... – Suspirou – Se eu a perdesse ou perdesse a Beckett eu nem sei o que faria, as duas de vez então...
– Então não deixe a vida tirá-las de você. Ou irá se arrepender pro resto da sua vida. Acredite, sei do que estou falando.
– Não vou.
Patrick parou por um instante, observando o escritor.
– Você a ama, não é?
– Quem? Beckett?
– Sim.
– Yeah. A amo desde o primeiro dia que a vi.
– Escritores – Jane sussurrou – Sempre tão dramáticos...
– O que?
– Nada. Han... Então, tenha cuidado.
– Terei. Hm... Jane?
– O que?
– Você já pensou em escrever um livro? Sobre sua história, quero dizer.
Jane riu.
– Não, por favor...
– Falo sério.
– Bem, a história terminaria comigo matando Red John e sendo preso. Não acho que alguém fosse gostar.
– Ou a história poderia, talvez, terminar com você sendo feliz novamente, depois de mata-lo. Com um novo amor, talvez?
Jane apertou os olhos, desconfiado.
– ..... Isso.. foi uma indireta?
– O que? Não! ... Por quê? Deveria ser?
– ... Nem tente joguinhos mentais comigo, Castle. Sério.
– Não é um joguinho, Jane. Só acho que seria um bom livro.
– Talvez. Quer escrevê-lo?
– Me deixaria fazer isso?
– Talvez depois da morte de Red John.
– Certo. Esperarei. Mas... Hey, Jane. Sobre o “novo amor”... Alguma ideia de quem poderia ser?
– ........................... Se algum dia eu for atrás de você Castle – Ele quase riu – A gente conversa. Agora cale a boca e escreva sobre a SUA vida com Mrs. Beckett. Quanto tempo vocês enrolaram? 3 anos?
– Quatro. Mas, hey, ela é difícil, ok?
– Aham... Já ouvi desculpas melhores, Rick.
– Cale a boca. Não faz idéia do quanto foi complicado. Deus, ela é brava.
– AH, ACREDITE. Eu POSSO imaginar. E... A sua filha...
– O que?
– Acho que, secretamente, ela torce por vocês dois.
– Torce?
– Aposto.
– Bah.
– Meh.
– O que é isso, uma ovelha?
Jane riu.
– Hey – Castle disse novamente – Sobre o que acha que estão falando? Nós?
– Talvez. Aposto que Lisbon tem MUITAS coisas ruins a dizer sobre mim. Tipo as 1000 reclamações que recebo diariamente graças aos meus... Métodos para fechar os casos.
– Oh My God, Você também? Já recebi ALGUMAS.
– Acredite, sou expert no assunto.
– Ela provavelmente quer te matar, não? Beckett sempre tem vontade de me assassinar.
– Não tenho dúvidas quanto a isso.
– ... Então, você é bom em ler pessoas, não é?
– Pode-se dizer que sim.
– Diga-me quais foras suas impressões sobre a Kate.
– Beckett? Hm... Um tanto controladora. Corajosa. Forte, inteligente, um tanto badass. Ótima detetive, amiga e parceira. Apaixonada por você, apesar de tudo.
– Ou talvez por causa de tudo - Castle sorriu, convencido e feliz.
– Meeeeh, duvido.
– Você novamente com essa ovelha...
– Lisbon adora quando faço isso.
– Eu ODEIO quando você faz isso - Teresa disse, saindo do escritório.
– Isso é o que você diz...
Castle riu. Beckett cruzou os braços, ao lado da amiga.
– Por quanto tempo vão ficar em NY?
– Temos mais algumas pessoas para interrogar, mas não devemos demorar muito...
– Podemos tentar sair. Um jantar, por minha conta. - Castle propôs.
– Quem sabe? Talvez consigamos uma pausa, mas está bem difícil. Já é estranho estarmos aqui sem o restante do time e em outro estado... Além da complexidade do caso. As coisas estão ocorrendo de maneira mais lenta que o planejado.
– Entendo totalmente, Ressie. Se tiver tempo, me liga, certo?
– Não tenha dúvidas. Foi ótimo te reencontrar, Kate.
– Igualmente. E vê se não some novamente - Beckett a abraçou e disse, baixo - Me mantenha atualizada. Isso é uma ordem.
– Sim senhora, detetive Beckett - Teresa brincou, ainda sussurrando e encerraram o abraço.
– Meu celular - Ela entregou um papel a Lisbon. - Qualquer coisa, já sabe.
A agente guardou o papel no bolso e voltou-se para Castle.
– Foi um prazer conhecê-lo, Castle.
– Igualmente, Teresa.
– Não a deixe escapar - Ela sussurrou e piscou um olho, referindo-se a Beckett. Castle sorriu.
– Não deixarei.
Enquanto isso, Kate e Jane apertavam as mãos.
– Foi um prazer, Kate.
– Posso dizer o mesmo, Jane. Tome conta dela, certo? - Beckett disse, e então mordeu o lábio inferior levemente. Jane estranhou.
– Certo. O que mais quer me dizer?
– ... Não sei se deveria..
– Apenas diga - Ele falou, em baixo tom.
– Você ainda tem a chance de fazer a coisa certa, Patrick. Mas mesmo que não faça... Não a magoe novamente, certo? Ela...
– Não merece. Eu sei. Não ache que...
– Nunca quis magoá-la, sei disso.
– Nunca duvide. Ela é tanto minha amiga quanto sua.
– Eu sei. Cuide dela.
– Eu vou.
– O que os dois estão sussurrando aí? - Teresa perguntou.
Jane hesitou.
– Você sabe. Kate estava me contando suas peripécias quando jovem. É verdade que já quis ser cantora?
Lisbon corou.
– Claro que não. Kate está brincando com você.
– Algo me diz que não está não - Ele abriu o sorriso brincalhão.
Kate arregalou os olhos dizendo sem fazer som, apenas mexendo os lábios "Eu não disse nada!". Lisbon não duvidava, mas ainda se surpreendia com as "adivinhações" de Jane.
– Bom, foi ótimo conhecê-lo, Jane. Esperarei seu retorno. - Castle disse, estendendo a mão direita pra Patrick, que apertou-a.
– Um dia quem sabe. O prazer foi meu, Castle. Cuide-se.
Tendo se despedido, Jane e Lisbon se dirigiram ao elevador. Pouco tempo depois, estavam fora do NYPD e entraram no carro.
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