Ferncliff Cemetery, Vilarejo Hartsdale, Nova York.


Era noite. As nuvens escuras, carregadas, dominam os céus do local. Os sons noturnos começam a assumir a atmosfera e o ultimo som de automóvel se escuta ao longe. A grama, levemente úmida, esconde o que um dia foram pessoas vivas. No cemitério Ferncliff, tudo está silencioso. Um relâmpago se propaga no céu, iluminando os seus vários túmulos de mármore e uma bela limusine preta. A porta se abre e uma sombra sai de dentro do automóvel. A sombra se movimenta e se aproxima de duas lápides. Os céus se iluminam mais uma vez devido a um relâmpago, revelando a sombra misteriosa. Era um homem, que não tinha mais de 40 anos. Seus cabelos, loiros como a neve, e sua barba mal feita revelavam tristeza e profunda depressão. Vestia um sobretudo marrom e um tapa olho preto no olho direito. Uma lágrima escorre pela sua face, morrendo em sua barba. Mais um relâmpago revela o que está escrito nas lápides. A primeira continha os dizeres:

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Grant Wilson

Destemido

Filho Querido

A segunda dizia:

Joseph Wilson:

Guerreiro

Filho Amado


O homem se ajoelha sobre a segunda lápide e deposita um pequeno botão de rosa vermelha nele. Os céus se abrem e chuva forte começa a cair.

– Era só uma questão de tempo – Sussurra o homem sob a lápide. – Era o que você realmente imaginava Jericó? Que acabaria ai?

O homem suspira e se levanta, colocando as mãos do bolso do casaco.

– Eu falhei com você e com Grant. Mas você se surpreenderia com o progresso dela. A arma que ela se tornou. Faz muito tempo que não acolho ninguém. Que não me sinto assim.

O homem puxa algo do bolso, uma máscara. Ele a veste e se face fica oculta diante de uma máscara metade negra metade laranja. Apenas um de seus olhos se é visível.

– Ela lembra tanto Terra. Bela e forte. Ela vai me ajudar a encontrar eles. Vai me ajudar na minha vingança. Olho por olho meu filho.

– O voo para San Francisco parte em poucas horas – Soa uma voz suave, feminina e sensual logo atrás. O homem mascarado se vira e encontra uma garota vestida de negro, carregando um lampião. Seus olhos eram do mais puro azul e seus cabelos, longos e loiros, pareciam a mais fina seda prateada que grudavam no rosto angelical molhado.

– Você está bem? – Pergunta a menina, olhando preocupadamente para o homem que responde:

– Estou Rose.

A menina se aproxima do mascarado e esboçando um olhar de puro afeto ela diz:

– Eu te amo papai.

Todavia o homem pega na mão da menina e diz:

– Boa menina.

Os dois, de mãos dadas, se afastam das lápides se dirigindo ao carro. A garota entra enquanto o home olha por sobre o ombro para a lápide e diz silenciosamente:

– Nós não vamos viver para sempre. Como você Jericó, eu vou morrer. Minha filha vai morrer. Acho que era disso que você falava meu filho. E você tem razão. É só uma questão de tempo.


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