Cap 2: O acidente

A Angie tem essa mania de tagarelar e do nada desligar o telefone na cara dos outros, se ela não tivesse do outro lado da linha tinha daodo uns cascudos nela, e já podia imaginar ela falando “ai Bells como você é bruta”. Me sinto tão a vontade com a Angela, a Mamae e o Phil, me sinto como uma criança, aqui em phoenix mal preciso me locomover, apesar de em forks ter todo o amor das minhas velhas amigas, as quais engatinhei junto e o amor da Renee e o Charlie, me sinto muito bem aqui, gosto do calor, apesar de ser palida feito um papel e as pessoas não se conhecem muito e voce pode ter um pouco mais de privacidade.

- Bellziiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita.- ouvi a Angela das escadas, devia ta vindo correndo feito louca, fui em direção da porta para abraça-la

- Angela meu anjo- Ergui os braços para abraça-la.

Angela era uma otima amiga, esses tres anos de vivencia em Phoenix, aprendi que amigo e familia são as coisas mais preciosas que alguem pode ter. Passamos mais uma noite feliz, comemos a bendita pizza e chegou a hora da Angie ir, já estava procurando a chave do carro quando a mamãe disse que a levaria, porque tinha que passar no mercado e coisa assim, então entreguei a chave a ela, dei um abraço bem apertado na Angela e fiquei na sala vendo tv com o Phil. Naquela noite estava chovendo bastante, uma coisa bem rara em phoenix.

Dei boa noite a Phil e subi para meu quarto, estava cansada, troquei meu pijama, escovei os dentes e deitei, tinha tido uma noite feliz, talvez a ultima da minha vida!

As coisas começaram a ficar estranhas quando acordei e era noite ainda, ouvindo vozes vindas la de baixo, levantei cambaleando como se pudesse adivinhar oque aconteceu e foi quando eu vi o semblante do Phil, ele estava chorando, e estatico com o telefone na mão, as vozes vinham da tv, extremamente alta, olhei no relogio e marcava 4h da madrugada, peguei o telefone em choque e era a voz de um homem, uma voz rouca e vários barulhos de sirene ao redor o homem gritava euforico por resposta no telefone:

- Alô? Alô? O senhor estar bem? Alô?

Respondi automaticamente:

- Oi, é a filha do Phil, quem fala?

- Sou da Policia e consegui esse numero pelo cartão de identificação das vitimas Angela Weber e Flavia Marie, na rodovia numero 33 proximo ao Shopping Phoenix, com quem falo? Preciso de um responsavel- Eu não conseguia falar, eu sentia meu mundo desabando, meu corpo começou a amolecer e eu teria que me segurar para não desmaiar ali, comecei a sentir borboletas em meu estomagoe meu coração começou a deslacerar é incrivel como nós não precisamos apanhar, nem ter sexto sentido pra sentir oque meu corpo começava a responder, tinha algo errado, eu sabia com todas as minhas forças que eu precisava reagir, correr e ir atrás de salvar minha mãe e minha melhor amiga, mas eu jamais iria conseguir sair dali, meus braços ficaram dormentes e tudo ficou escuro.

Eu ouvia vozes, não sei se estava sonhando, mas estava vendo uma luz, e eu queria pegar essa luz e me livrar da escuridão que vinha me puxando mas eu não conseguia, meus membros não tinham força suficiente para se moverem, foi quando eu ouvi a voz rouca de Phil bem proximo ao meu ouvido:

- Não Bellzinha, volta, por favor, voce tambem não- EU ESTOU AQUI PHIL, DROGA EU PRECISO DE MINHA VOZ

- Se acalme Senhor, Ela esta bem, deve ta acordando logo, fique calmo, sinto muito pelas suas perdas.. – eu estremeci com a palavra e conseguir soltar um grito abafado

- MÃEEEE – não era isso que eu queria dizer, mas quando abrir o olho o choque foi maior, vi um quarto todo branco e estava frio, foi então que me toquei que estava num hospital

- ONDE ESTAR MINHA MÃE PHIL?CADE A MAMÃE? A ANGELA? ONDE ESTA TODO MUNDO? PORQUE ESTOU AQUI? – minha voz era assustadoramente alta mas eu não conseguia me controlar. O semblante de meu padrasto era assustador, meio catatonico eu precisava acalenta-lo não me desesperar, mas porque eu estava reagindo dessa forma? Eu nem sei oque aconteceu, minha mãe deve estar bem, ela tem que estar bem e..

- Foi um acidente Bella – mal dava pra ouvir a voz do Phil- Sua mãe e a Angela bateram num caminhão, estava muito escuro e chovendo muito e... – a voz dele se quebrou e pela primeira vez, eu vi aquele homem tão acolhedor se desabar em lagrimas

- Elas... ESTÃO BEM NÃO ESTÃO? EU PRECISO DE MINHA MAE EU PRECISO..- eu me levantei e rapidamente o medico me segurou na cama

- Calma Garota eu sinto muito, voce precisa desacansar, bateu forte com a cabeça e ficou muito tempo inconciente

- EU SO QUERO SABER ONDE ESTA MINHA MAE, OQUE ACONTECEU, EU PRECISO VE-LA E A ANGELA? – minhas lagrimas jorravam pelo meu rosto

- Elas... faleceram, eu.. eu sinto muito Isabella – o médico sussurrava cada palavra delicadamente e eu não conseguia assimilar tudo aquilo, oque houve com nossa noite feliz? E que horas são e que dia estamos? Cade minha mãe? Eu..

- NÃO! – chorei muito e levantei, passei por cima dos medicos e corri corredor a fora, eu não sabia aonde ir, e nem oque estava fazendo, mas eu sabia com todas as minhas forças e do fundo de minha alma que eu não poderia suportar essa perda e muito menos deixar isso acontecer, corri por baixo da chuva que era constante em phoenix e logo avistei Phil atras de mim, tropecei em meus propios pés e cai, meu corpo estava dormente e ali fiquei com o rosto para a chuva, nada doia mais doque uma lagrima, nunca experimentei dor pior que essa, eu não conseguia assimilar as coisas, eu estava entorpecida, foi quando eu senti um braço quente me envolvendo e me carregando para dentro de um carro, era o Phil eu tinha certeza

- Vai ficar tudo bem meu amor, vamos superar isso, voce vai ver, voce vai ficar bem, Charlie estar vindo te buscar – eu não iria questionar, deitei no banco do carro e adormeci.