Vestigios Do Passado
Capítulo 31 O baú I
Apesar de todos não estarem mais tocando em nenhum assunto relacionado ao passado por semanas eu ainda me indagava sobre os papéis. O que eles teriam que pudesse afinal prejudicar os Cullens? Eu tinha voltado a faculdade, Edward contratou seguranças para estarem sempre comigo. Isso estava fugindo ao controle e ninguém queria admitir que o cerco em nós se fechando. Eu estava exausta mentalmente e fisicamente e apesar de todo amor que eu e Edward tínhamos ainda era muita coisa sobre nossos ombros. Richard me procurou e Edward e eu precisamos alegar muitas coisas para ele não ficar sozinho comigo não mais que um minuto e olhar para ele agora sabendo que era meu pai, meu biológico pai, foi complicado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Bella! – Gritou alguém do meu lado e vi Jéssica impaciente.
- Oi.
- Não respondeu... o autor? Vai fazer o trabalho de qual autor?
Trabalho...eu estava um pouco sem cabeça para a faculdade o que me deixava triste, era meu sonho, era algo meu e estava sendo negligenciado por causa de todo o caos que era a vida de Isabel. Respirei fundo e olhei para ela.
- Não sei. – disse desanimada.
- Posso te ajudar... comecei a falar sobre Ian Fleming, mas desisti. Quer meus rascunhos?
- Claro...
Foi então que aquele nome me pareceu um pouco conhecido demais... onde eu tinha visto ele? Onde eu o vi... tinha algo que me fazia ir para casa de Eleonor só de ouvir esse nome... mas onde? Levantei num salto.
- Bella! – disse Jéssica e peguei minhas coisa de cima da mesa da biblioteca.
- Preciso ir Jess, faz o seguinte, eu pego isso com você amanhã.
- Tudo bem... você está bem?
- Sim.
Enquanto me movimenta para o estacionamento percebi os segurança discretamente se posicionando e peguei minhas chaves do carro e meu celular. Entrei e joguei tudo no banco do lado. Disquei os números.
- Jasper Cullen. – Disse ele.
- Sou eu Jass, preciso da chave. Pode me encontrar na porta da empresa com ela por favor?
Ele hesitou. Ouvi sua respiração.
- Edward sabe disso?
- Preciso só pegar algo e já volto. Ligo para ele se achar algo.
Nessa hora eu não sabia o quanto Jasper sabia da história. E me dei conta que poderia estar me expondo. Bati no volante, eu poderia por tudo a perder assim, não poderia ficar nervosa.
- Eu sei de tudo. – ele disse como se soubesse a minha reação. – Alice não consegue me esconder nada mesmo que queira ou tenta Bella.
Meu nome. O meu nome na boca dele me fez ficar feliz.
- Passe aqui e vamos juntos. Não pode com Rose a solta andar sozinha assim
Eu dirigi pensando onde deveria procurar exatamente, mas eu só tinha um nome e nada mais. Esse nome me lembrava alguma coisa que não estava muito concreta. Um livro? Mas eu tinha uma chave e isso definitivamente não abri nada então me sentia uma idiota, mas algo me fazia continuar. Cheguei a empresa e Jasper estava na porta me esperando. Joguei minhas coisas para trás e ele sentou no banco do carona.
- Edward vai me matar.
Eu sorri com isso. Edward iria nos matar mesmo, mas o importante agora era os papéis.
- O que acha que ela abre?
Ele disse coma chave nas mãos.
- Uma caixa... talvez um cofre.
- Eu mandei analisar a chave. Ela é antiga sabe... apesar de bem conservada deve ter uns cem anos. Meu amigo disse que pelo tamanho é um baú. Pequeno, mas um baú. O que a fez achar que sabe onde encontrar isso?
- Ian Fleming.
Jasper riu.
- Ele não é escritor de James Bond? – ele disse rindo ainda mais.
- Sim, um autor inglês.
- O que isso tem haver... isso não abre livros Bella...
- Eu alguma coisa lá... eu sei que vi... por isso preciso voltar.
- Onde? Na biblioteca?
- Não sei... não lembro direito, aquele dia foi muito intenso.
- Alice contou. – ele disse numa voz um pouco triste. A história de Isabel não era nenhum um pouco agradável nem para ele que assistiu tudo de longe.
Ficamos em silêncio e mais uma vez eu estava ali diante do passado que agora era meu também. Sorri com a ironia daquilo. O passado de Edward era meu agora, Isabel era minha irmã e conseqüentemente tudo isso tinha mais haver comigo do que com ele. Entramos e dessa vez não tinha ninguém. A casa estava vazia e então eu fiz o que queria. Fechei os olhos. Refiz mentalmente meus passos naquele dia. Algo que eu havia somente visto de relance era o que estava procurando. O que era?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- A biblioteca da casa. – disse. Tinha um livro de Ian Fleming em uma poltrona. Eu olhei de relance logo fechando a porta.
Eu não sabia onde ela estava então fui andando pelos corredores e a porta de madeira escura e grande que eu desprezei da última vez me chamava. Coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo pedindo a Deus que tudo acabasse, eu já não agüentava mais. Abri a porta e vi o livro no mesmo lugar. Pelo que tinha visto, tudo foi limpo na casa, menos os quartos que haviam lembranças. O quarto de Nicolas e o de Isabel, a biblioteca segui o padrão lembrança pelo que estava vendo. Alguém estaria lendo quando Nicolas morreu? Dei uma olhada pelo cômodo e percebi da onde ele foi retirado. Uma enorme estante que parecia muito velha e vi as obras completas dele e mais outras da literatura clássica inglesa e americana eu fiquei olhando e já estava quase desistindo quando me virei e vi uma fotografia de Eleonor. Era uma fotografia em preto e branco. Ela estava sentada na mesa escrevendo algo. Estava realmente bonita e sorria, o sorriso feliz dela se justificou quando vi Richard parado ao fundo na frente dela. Ela o amava? Em algum momento ela o amou? E vi um baú do lado direito da escrivaninha. Ele era relativamente pequeno, mas caberia muitas coisas ali. Eu precisava achá-lo. Então subi para o quarto dela. Passei por Jasper que falava nervosamente no telefone soube que teria pouco tempo até Edward entrar por aquelas portas.
Entrei e olhei meticulosamente tudo com a chave em minhas mãos. O closet, banheiro, gavetas e nada. Ofegava quando sentei na cama. Minha respiração falhou e me dei conta de um erro primário. Quem escondeu foi Isabel e não Eleonor, por isso eu estava no quarto errado. Disparei para o quarto de Isabel e James e a cena ainda estava intacta. Precisei me concentrar no baú e não na cena ou na sacada. Fui para o closet e vi as roupas dela, jóias e perfumes. Ela guardou aqui. Estava aqui, mas onde? O que faria ela entrar aqui depois de tudo? E eu sabia a resposta, nada. Ela guardou aqui porque sabia que não esperariam que ela guardasse nada num lugar que ela não pisaria.
- Você estava protegendo Edward?
Olhei ao redor e no fundo do closet havia uma caixa grande e sentei em frente a ela e quando a abri vi o baú. Respirei aliviada. Eu o encontrei. Estava aqui o tempo todo. Com as mãos tremendo eu peguei a chave no bolso e abri o baú. Olhando para as coisas que ali estavam assustada com coisas que eu ainda não entendia direito.
- Bella! – A voz de Edward
Olhei para trás em busca da voz dele e o vi quase correr quando me encontrou.
- Rose.... – ele ofegava – prenderam Rose. Bella ela está presa.
E ele me abraçou aliviado porque agora ela estava longe de nós. E eu aliviada porque o baú estava aqui. Tudo ia se ajeitar. Tudo ia acabar, eu estava exausta dessa rede de mentiras e mistério.
- Acabou. – disse mostrando o baú.
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