I Hate The Way I Love You

Capter Nineteen.


Samantha McDonough.
[Há alguns minutos atrás] Pude perceber Lucas vindo em nossa direção, mas, quando eu olhei pro lado, vi que Austin havia chegado. Então, eu olhei pra frente novamente e ele abaixou o olhar, entrando na escola. Eu tinha que ir atrás dele, era como uma missão, e eu tinha o dever de cumprir.
- Ei, não fica assim... - Eu ia passar a mão no cabelo dele, porém, há boatos de que a última pessoa que havia tocado, não teve um final feliz, então, pousei minha mão em seu ombro.
- Como? - Me olhou triste. Que aperto no coração ver aqueles intensos olhos castanhos cheio de mágoa e decepção.
- Eu sei que dói, mas você não pode ficar se torturando desse jeito, Montez...
- Sabe o que mais me dói? – Pausou, me encarando. - O arrependimento. Ter feito ela feliz, eu podia ter feito, ter dado o que ela queria, não ter brincando com os sentimentos dela, mas agora... - Seus olhos se encheram de lágrimas, então, levantou seu rosto para cima para não as deixar caírem.
- Eu já te disse, você não pode ficar se torturando, lembrando-se de coisas que você poderia ter feito, poderia ter dado... Agora já foi, já passou, aconteceu! O que foi feito, foi feito. Ela seguiu em frente, mesmo te amando esse tempo todo e eu acho que...
- Ela ainda me ama? - Me olhou assustado e eu apenas assenti com a cabeça. - Não... Porque se ela me amasse, não ia ter feito isso comigo. - Foi indiferente.
- É lógico que ela te ama, animal! Ela apenas seguiu em frente, pra tentar te esquecer. E você devia fazer o mesmo.
- Como? Tudo o que eu faço me lembra ela. Eu beijo outra garota, eu lembro dela. Eu sinto algum perfume parecido com o dela e já me lembro dela também. Vejo o anúncio de Pretty Little Liars em algum lugar e lembro dela. É impossível continuar com isso.
- Não, não é impossível. Ninguém nunca morreu de amor. E você não vai ser a exceção. Mas, me prometa duas coisas...
- O que?
- Primeiro, que vai se esforçar pra esquecê-la. Segundo, que você não vai fazer besteira.
- Não posso prometer a primeira e a segunda, mas se tiver uma terceira opção, quem sabe...
- Tem sim. - Eu sorri divertida.
- Qual? - Me olhou esperançoso.
- Cumprir a primeira e a segunda opção.
- Aí não vale - Revirou os olhos.
- Por favor, me promete que você vai pelo menos tentar...
- Tá, eu vou tentar, mas não prometo conseguir - Me olhou entediado. - Mas, só se você me prometer duas coisas também.
- Daí depende. O que?
- Primeiro, que você não vai me abandonar. Segundo, que você vai me ajudar nessa.
- Prometo. - Eu sorri com as alternativas.
- Mesmo? - Sorriu também.
- Sim, mesmo. - Respondi e ele me abraçou.
- Obrigado... - Sussurrou.
- Imagina.
E foi quando Luiza chegou.
- Vamos? - Me olhou sorrindo.
- Na verdade, eu vou ficar com ele - Olhei para Lucas que me olhou surpreso. - Pode indo e explica pro Josh.
- Tá. - Revirou os olhos e saiu andando.
Voltando ao pensamento Lucas, que foi interrompido... Ele só tem a imagem de forte, rude e pegador. Mas, no fundo, ele não é nada disso. Ok, ele pode ser pegador, sim, mas ele é um bom menino, sensível, com sentimentos frágeis, que sabe amar... Pelo menos, é o que está parecendo agora e durante esse tempo que eu tenho conversado com ele.
- Vamos dar uma volta por aí, pra esquecer isso por enquanto. - Me separei do abraço e o puxei pela mão.

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...

Uma volta? Andamos pra caralho, acho que nunca andei tanto na minha vida. Ok, exagerei um pouco. Mas, valeu a pena, foi bem divertido e eu tentei ao máximo não falar na Luiza, acho que tudo isso já o ajudou bastante. Chegamos a ir andar de pedalinho, parecendo duas crianças, mas não, era apenas um 'programa' de amigos. Idiotas, mas amigos. Umas pessoas nos olhavam enquanto andávamos na calçada e eu acho que, ou achavam que a gente tinha problema, ou que a gente era um casal. Ok, prefiro que pensem a primeira alternativa. Chegamos ao portão do meu prédio, ainda rindo e nos despedimos. Subi sorrindo que nem retardada.
- Oi, Meg - Sorri mais ainda, ao encontrar uma amiga minha daqui do prédio.
- Ei, Sam - Exclamou animada. - Como você está?
- Ótima! E você?
- To bem. - Suspirou. - Agora me conte as novidades, fazia tempo que nós não nos víamos! - Fofa como sempre, passou a mão pelo cabelo, jogando seu lindo cabelo castanho claríssimo, quase loiro para lado e me puxou para sentar num dos banquinhos dali. Então, apenas joguei minha bolsa no chão.
- Temos muita coisa pra conversar! - Eu ri e comecei a contar tudo. Tudo mesmo, desde quando eu e o Josh começamos a ficar, até quando eu cheguei do passeio com Lucas.
De vez em quando ela fazia uns comentários, por eu estar falando demais. Realmente.
- Agora você me conte das coisas que eu ainda não estou sabendo! - Exclamei curiosa.
- Bom... Nem sei por onde começar... - Murmurou enrolada. - Hum, já sei. Tipo, há uns dias atrás, comecei a conversar bastante com um menino extremamente fofo no Facebook, depois de ele ter me adicionado e tal. Ele tem você, o Josh, a Luiza e mais uma pá de gente da escola em comum comigo.
- Sério? Como ele é? - Perguntei curiosa, pensando em quem poderia ser.
- Ah, ele é branquinho, tem uma aparência bem fofa, olhos claros, cabelo liso e loiro, veio morar aqui faz pouco tempo, veio da Irlanda...
- Para tudo! – Exclamei a interrompendo.
- O que? - Me olhou confusa.
- É o Nathan, acertei?
- Sim... - Me olhou meio envergonhada.
- E por que você ficou envergonhada? Agora você me conta o que vocês têm! Pra já!
- Não temos nada demais! - Ela riu. - Eu só conversei bastante com ele por mensagem, pelo face e ele é extremamente fofo... Espera! - Ficou com uma expressão pensativa. - Vocês se conhecem?
- Ele é tipo melhor amigo meu, da Luiza e do Josh.
- Por que "tipo" melhor amigo? - Fez aspas com os dedos.
- Ah, ele se aproximou mais de uma menina bisca aí... E se afastou da gente por causa dela.
- Nossa - Me olhou assustada. - Comigo ele continua a mesma coisa do que era antes e nem comentou de vocês pra mim... Eu já o vi pessoalmente algumas vezes, mas faz uns dias já, e eu estava com saudade... - Fez bico.
- Vai amanhã à nossa escola na hora da saída ou, se quiser, eu ligo pra ele agora, ele mora aqui pertinho.
- Não sei, acho que... Sei lá - Ficou sem graça.
- Hum, você ficou agora toda envergonhada... Por acaso, você sente algo por ele e eu não sei? - A olhei desconfiada.
- Ainda não tenho certeza - Ela riu. - Mas, não quero confundir as coisas e prejudicar nossa 'amizade'.
- Hum, sei. - Continuei com o mesmo olhar e ouvi meu celular vibrar.
Era mensagem do Josh. "kd vooc toO coom saaudÁdiixx". Palhaço como sempre. Eu ri lendo aquilo e respondi: "EstOou akii eiin baixu coOm a MeegÁn, já subOo meeuu amoÓr". [Eu sei que lá é em inglês e pá, mas fiquei com preguiça de traduzir, então fica assim mesmo]. E voltei minha atenção para a Meg. É Megan, mas eu gosto de chamar ela de Meg e acabou. Seu olhar estava distraído, distante... Parece que em questão de segundos, ela estava com a cabeça na América do Sul.
- Ei, Meg - Chamei sua atenção. - Meg? Megan! - Estalei o dedo próximo de seu rosto.
- Oi - Me olhou confusa.
- Eu vou subir, tá? - Me levantei e a ajudei a fazer o mesmo.
- Tudo bem. - Sorriu meiga.
- Para o que você precisar em relação a isso, é só me avisar, ok?
- Tá bom - Respondeu rindo. - Vai lá, seu Josh te aguarda. - Piscou e se virou para o prédio dela. Como ela sabia? Vidente? Virou a Raven? Eu em.
Peguei minha bolsa da escola e subi. Ao abrir a porta, Josh mal me deixou respirar e já estava em meus braços.
- Ki saudadix meu amoorrr - Ele falou exatamente assim, me abraçou e quase me levantou, entrelaçando suas pernas em minha cintura, me fazendo rir.
- Que isso Josh, você tá gordo e eu não te aguento - Reclamei quase sem respirar e ele me soltou.
- Vuxe nau sintiu saudadix du JoxiJoxi? Oukei - Fez bico e se virou.
- Para bobo, claro que senti saudades - Joguei minha bolsa no chão, o puxei pela mão, trazendo-o para perto de mim, passei meus braços por seu ombro e deixei seu rosto bem próximo do meu, mesmo assim, dando pra perceber o enorme sorriso que se esboçava em seus lábios.
Não demorou muito e sua boca estava na minha. Menino irresistível. Assim que nos separamos, começou as perguntas.
- Onde você estava? - Me olhou desconfiado.
- Luiza não te explicou? - Perguntei e ele negou com a cabeça. - Primeiro, fui dar um role com o Lucas, porque sabe como é, ele tá mal por causa da Luiza...
- Por causa da Luiza? Como assim? Me explique isso agora! - Me interrompeu e exigiu, se sentando no sofá.
- Isso mesmo. Ele se arrepende pelo que fez, estava meio que correndo atrás dela, mas o mundo dele quase desabou quando viu ela com o Austin... E eu havia prometido que ia dar uma força pra ele, então estou cumprindo com a minha palavra.
- Hum - Murmurou indiferente.
- Qual é, Josh… Ele está sofrendo.
- E se ele estiver apenas te usando pra se aproximar?
- Não é o que parece. - Suspirei. - Sabe o que realmente comprova? Ele ficou com ninguém na festa de sexta. - Continuei e ele arregalou os olhos.
- Opa, então ele realmente está mal...
- To te falando e você não bota fé.
- Com isso, quem não acreditaria?
- A Luiza, obviamente. - Revirei os olhos.
- Seja sincera, vou te fazer uma pergunta. Imagina que eu nem existo. Se o Lucas tivesse feito você sofrer muito, muito mesmo, você passava noites chorando e mesmo assim, continuou o amando. De repente, um Austin entra na sua vida. Ele é meigo, fofo e o caralho a quatro. Mas, Lucas parece estar realmente arrependido, fica com mais ninguém e só corre atrás de você, sem se importar com as outras que estão querendo ele. Mas, você não conhece esse outro lado dele, que demonstra ser sensível, sentimental e o bagulho todo. Com quem você ficaria?
- Com o Austin - Ele ia me interromper, mas eu continuei. - Mas, eu ia procurar saber dos sentimentos do Lucas, perguntar qual é a dele, olho no olho, por que não seria justo julgá-lo sem saber o que ele realmente está sentindo.
- Com sinceridade?
- Sim. - Suspirei.
- Você que ouse me trocar por ele, ok? - Me olhou com um ar ameaçador.
- Até parece! - Eu ri e lhe dei um selinho. Deitei minha cabeça em seu ombro e ficamos assistindo televisão pelo restinho da tarde.

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