Namorado de Aluguel

Baile de Inverno - parte 1.


Alice Longbottom.

─ E então? ─ perguntou Domi, saindo do banheiro.

Estavámos sozinhas no dormitório, as outras garotas haviam ido para outros dormitórios para se arrumarem juntas, e por fim, eu e Domi acabamos ficando sozinhas. Não que eu esteja reclamando, é muito melhor assim.

Enfim o grande dia chegara. O baile.

─ Sensacional, você está perfeita! ─ falei animada. ─ Se ele não reparar em você hoje terei certeza que é gay.

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Realmente, ela estava linda, grande parte fui em quem fiz, como o cabelo e a maquigem.. Não que Domi não saiba fazer, mas suas mãos estão tremendo tanto que eu duvido que ela consiga passar um rimel sequer sem ficar parecida com um panda.

─ Você também está linda Ali.. ─ disse ela.

Merci ─ falei fazendo uma leve reverencia.

─ Estou com medo. ─ disse ela.

─ Então imagine como eu não estou. ─ falei mordendo o lábio inferior em sinal de aflição.

─ Você planejando a vingança do século e eu com meus dramas adolescentes.. ─ disse Domi e riu nervosamente em seguida.

─ Eu realmente queria estar no seu lugar. ─ falei colocando minhas mãos enluvadas sobre seus ombros.

─ Onde Matt vai te esperar? ─ perguntou ela, espiando por uma fenda na porta.

─ Tudo bem.. Ele deve estar la no Salão Principal, marquei com ele lá. ─ falei dando uma ultima olhada no espelho.

─ Vamos então? John já deve estar me esperando. ─ falou ela.

─ Vamos. ─ assenti e nos saimos com cuidado do dormitório.

O Salão Comunal estava um caos, alunos alvoroçados –na maioria garotos- andavam pra lá e pra cá a espera se seus pares, e simplesmente pararam de queixo caido quando eu e Domi passamos. Deviamos estar realmente bonitas, por que logo na saida eu ainda sentia o olhar deles em minhas costas.

Assim que eu sai para o corredor frio do castelo, levei um susto que minhas pernas amoleceram e Domi teve que me segurar.

Lá estava ele, com seu traje a rigor perfeitamente alinhado, e seus cabelos que eu sempre via rebeldes e despenteados, hoje estavam elegantemente penteados para trás, o que o deixava com uma expressão mais séria. Expressão essa que logo se desfez quando ele abriu seu melhor sorriso divertido ao meu ver toda atrapalhada. Algo digno de Alvo Potter.

─ Você está linda. ─ disse ele assim que eu me recompus.

─ Você também não está nada mau. ─ falei sorrindo de canto. Ele pegou minha mão fazendo uma leve reverencia e dei um beijo suave nela.

─ Teatro acabou? ─ perguntou Domi impaciente, cruzando os braços sobre o peito. ─ Vamos logo, o pateta do John deve estar me esperando. ─ e saiu marchando a nossa frente.

─ TPM? ─ ele perguntou.

─ Dominique vive de TPM. ─ falei revirando os olhos. ─ Vamos?

─ Vamos. ─ ele concordou e eu enrolei meu braço ao seu. Juntos andamos em direção ao Salão Principal, em direção a vingança que ele nem mesmo sabia que estava fazendo parte.

Assim que chegamos a entrada eu pude ver o aglomerado de gente.. Todos os alunos já estavam lá, e as mesas das casas haviam sumido. Apenas pequenas mesas e alguns bancos eram vistos. A decoração de natal era linda, como jamais vista. Pelo que pude perceber o comite de organização do baile, composto basicamente por Rose Weasley, Lily Potter, Roxanne Weasley, Mary Finnigam e Professor Flitwick haviam dado o melhor de si para que o baile fosse perfeito. Sem imprevistos.

Mas eles realmente não contavam com uma Lovegood-Longbottom com sede de vingança. Certamente que não.

Assim que entramos no Grande Salão, todos os olhares foram direcionados a nós pois até uma semana atrás não suportavamos a presença um do outro, e agora sermos vistos como um par em um baile, realmente era de deixar qualquer um de queixo caido.

Meus olhos vagaram por todas as pessoas, buscando apenas uma. Logo o encontrei, lá estava ele, vestindo um traje a rigor azul marinho, fitando-me com a expressão mais dura e séria que eu já havia visto em toda minha vida.

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─ Vem aqui. ─ cochichei para Alvo, e fomos caminhando em direção a Mathew.

Assim que cheguei perto o bastante dele com um sorriso vitorioso nos labios, disse:

─ Ops, parece que alguém ficou sem par. ─ coloquei a mão sobre os os lábios em sinal de espanto ─ Esqueci de te avisar que viria com Alvo. ─ mordi o lábio inferior reprimindo uma risada e me afastei, antes que ele sacasse a varinha e me azarasse ali mesmo.

─ Então esse é o motivo de você ter vindo comigo? ─ perguntou ele. ─ Queria sambar na cara do cara que te humilhou publicamente? Muito inteligente. ─ disse ele com um tom despreocupado.

─ Na verdade, esse foi uns dos motivos pelo qual eu vim com você. ─ falei no momento em que uma melodia começou a soar pelo salão ─ Vamos dançar?

─ Claro. ─ respondeu ele, sorrindo.

Eu não pude deixar de reparar que ele não desgrudava os olhos do irmão, James, que nos observava com uma expressão perplexa.

Fomos para o centro do salão e começamos a bailar no ritmo da musica.. Por vezes eu desviava o meu olhar para o extremos do salão a procura de Nott, e o via sentado em alguma mesa ou tomando um copo de cerveja amantegada. Visto que todas as garotas vieram acompanhadas, ele ficara sem par, e para a minha total alegria e futura infelicidade dele, ele se recusara a simplesmente se dar por vencido e voltar para o dormitório.

Algumas horas se passara desde o inicio do baile, até então eu não me separara de Alvo, até que decidi pegar uma bebida.

─ Me espere aqui, eu já volto. ─ falei sorridente.

─ Hum, sinto que isso ainda não acabou. Alice, cuidado com o que vai fazer. ─ advertiu ele em tom sério.

Minha expressão mudou para total incrédulidade.

─ Sério isso? O cara mais inconsequente de Hogwarts vai falar o que eu devo fazer? ─ ele ia responder porém eu interrompi. ─ Me espere aqui, sim? Vou pegar as bebidas.

Atravessei o Salão em direção a mesa de ponche, assim que cheguei lá encontrei Dominique enconstada na mesma com um copo nas mãos.

─ O que faz aqui sozinha? ─ perguntei me servindo da bebida.

─ O grande idiota do John aparentemente não gosta de dançar. ─ respondeu ela, virando o copo.

─ E o James? ─ perguntei ─ Não deu sinal de vida?

─ Ah, ele fica dançando com aquela bitch da Dunstar, mas parece que eu sinto ele me olhando, não sei..

─ E obvio que ele está te olhando. ─ falei abrindo meu maior sorriso quando o peguei no flagra encarando as costas de Domi.

No momento em que ela olhou sobre ombro para ver se ele a olhava, ele desviou o olhar e voltou a dançar.

─ Que seja. ─ deu de ombros. ─ Seu plano não está demorando muito não?

─ Tudo ao seu tempo Domi.. Tudo ao seu tempo.. ─ falei sorrindo de leve ─ Se me da licença, vou voltar para o meu par.

─ Claro, claro..

Virei as costas e fui de encontro com Alvo, segurando um copo em cada mão.

─ Obrigado. ─ disse ele bebericando a bebida.

Quando olhei novamente no seu rosto reparei que ele havia ficado com um bigodinho vermelho do ponche, como se fosse uma criança de cinco anos tomando suco de morango, com esse pensamento comecei a rir.

─ O que foi? ─ perguntou ele. ─ O que há de errado?

─ Calma, ─ falei me recuperando ─ ficou bigodinho de ponche em você.

─ Ah droga ─ falou ele passando a mão no buço ─ saiu?

─ Não. ─ respondi abafando um riso.

─ Ah, que merda. ─ disse ele ─ pare de rir.

─ Por que? É engraçado! ─ respondi em protesto.

─ Estou passando vergonha. ─ disse ele indignado.

─ Todo mundo passa por isso. ─ falei franzindo o nariz.

─ Me ajuda. ─ resmungou ele.

Ok, ele estava agindo como se um bigodinho vermelho fosse o fim do mundo, mas que drama.

─ Tudo bem.. ─ falei tirando minha luva da mão esquerda.

Passei delicamente o polegar sobre a mancha acima de seus labios. Por um momento ele me encarou intensamente com aqueles olhos excepcionalmente verdes, e por um momento eu me senti presa a eles.

Meu dedo escorregou um pouco para baixo, acariciando de leve seu labio. Ainda sem desgrudar os olhos dos meus, suas mãos foram para minha cintura, as minhas escorregaram obedientemente para seus ombros, e pouco a pouco ele foi se aproximando, se aproximando...

─ E agora nosso querido diretor gostaria de dizer algumas palavras. ─ ouvi a voz enjoada de Mary Finnigan (que era a locutora do baile) magicamente amplifica comunicar.

Aquilo me tirou do torpor em que eu me encontrava, quebrei o contato visual com os belos olhos verdes e o empurrei de leve, o afastando de mim.

─ O que foi.. O que foi que acont...? ─ ele tentou questionar nosso quase beijo, porém eu me virei e comecei a atravessar as pessoas, buscando o palco.

Eu não podia pensar no que quase acontecera, minha mente precisava estar livre.

Chegara a hora.