Lua de Sangue
Capítulo 20
Sakura nunca fora possuída tão completamente. Nem mesmo pelo homem que amara. Mas neste momento não tinha condições de fazer comparações.
Estava estendida sob o corpo de Sasuke, enquanto o ar do quarto suavizava-se. Pela primeira vez em meses sentia-se totalmente relaxada.
Uma das mãos estava emaranhada no cabelo negro de Sasuke. Parecia certo deixa-la ali.
Quando ele virou o rosto e roçou os lábios num dos seios, Saki sorriu, sentindo prazer.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Acho que finalmente comemoramos. – Falou com um sorriso perguntando-se se não seria descortesia dormir naquele momento.
- Pode ter certeza que teremos muito que comemorar daqui para frente. Eu lhe desejo desde o dia em que lhe ajudei a montar esta cama.
- Eu sei você não foi discreto quanto ao que pensava naquele dia.
- Fui muito mais discreto do que gostaria.
Sasuke pensou em como imaginara enfeitar a primeira vez com musica e velas.
- Fomos muito bem sem isso. – Sakura falou sonolenta.
- Sem o que?
- Sem a musica e... _ Ela abriu os olhos apavorada e olhou para Sasuke. – Desculpe. Sinto muito.
Sakura tentou sentar-se, mas o peso de Sasuke não deixava ela se mexer.
- Sente pelo que?
- Não foi intencional. – Ela começou a tremer. Fechou as mãos em punho segurando o lençol com força. – Não vai acontecer de novo. Sinto muito.
- Leu meus pensamentos? – Sasuke ergueu-se se apoiando nos cotovelos. Segurou o rosto dela com as mãos. – Pare com isso.
- Vou parar. Desculpe.
- Não, Saki, pare de se angustiar. Pare de tentar antecipar minhas reações. E, acima de tudo, pare de especular quando ficarei zangado com você.
Ele sentou-se a levando junto. Fitou-a olhando a face antes corada agora pálida. Odiou isso.
- Nunca pensou que em algumas ocasiões os homens gostariam que as mulheres lessem suas mentes?
- É uma indesculpável violação da privacidade.
- Entendo. – Ele deitou-se novamente de costas puxando-a para cima de seu peito. Parece-me que nós violamos há pouco tempo nossa privacidade nesta cama. Se quiser arrancar algum pensamento de minha cabeça, pode deixar que lhe aviso se caso isto me incomodar.
- Não entendo.
- Devia ter uma noção, já que estou aqui deitado, nu. – ele manteve a voz casual. – Se precisa de provas de uma olhada em minha mente.
Sakura não sabia se sentia ofendida ou horrorizada.
- Não é bem assim.
-Então me explique como é.
- Não leio mentes. Isso aconteceu por que tivemos a pouco uma ligação muito forte.
- Não posso contestar isso.
Ele massageava a nuca de Saki, carinhosamente.
- E eu estava quase dormindo. Às vezes pode se insinuar quando estou na beira do sono. Seu pensamento era bem claro e nítido, passou isso para mim. Ou seja vi tudo do mesmo jeito que você viu.
- Muito bem, o que você vestia? -Ela levantou a cabeça bruscamente. – não importa. Você recebe projeções de pensamentos.
- Às vezes.
Ele parecia relaxado, à vontade. Onde estaria sua raiva?
- Você me confunde Sasuke.
- Isso é ótimo, deixara você sempre alerta. É sempre assim que funciona?
- Não já que se você tem um pingo de decência não deixara que acontecessa.
- Está certo. Neste caso terei que lembrar de quando estivermos feito amor e você estiver sonolenta de guardar minhas fantasias com Meg Ryan.
- Meg... – Sakura sentou cruzando os braços por cima dos seios. – Meg Ryan...
- Uma mulher linda sensual e inteligente. – Sasuke abriu os olhos. – É meu tipo.
Ele estudou o rosto de Sakura.
- Estou tentando imagina-la loura. Pode dar certo.
- não vou participar de suas fantasias eróticas.
Irritada ela tentou sair da cama, mas Sasuke a puxou de volta, ficando por baixo dele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ora, querida, só desta vez.
- Não.
- Ei, você riu. Meg também tem essa risada sexy. – ele mordeu levemente o ombro de Sakura. – Agora estou excitado.
- Saia de cima de mim, seu idiota!
- Não posso. –Sasuke lambeu o rosto dela. – Sou vitima de minhas fantasias incontroláveis. Ria de novo. Estou suplicando.
- Não! – mas ela riu. – Não faça isso! Nunca mais pense... Oh!
Sakura parou de se debater e rir quando ele a penetrou. Suas mãos já puxavam o quadril dele para mais perto.
- Não ouse me chamar de Meg.
Sasuke abaixou a cabeça sorrindo enquanto a possuía.
- Ele voltou.
Hope estava sentada na varanda da casa do pântano jogando três marias.
-Esta nos observando.
- Quem?
Saki tinha o corpo jovem novamente.
- Ele gosta de machucar as meninas. – Hope jogava as peças para cima. – Faz com que ele se sinta grande. Importante. Dois.
No mesmo ritmo ela recolhia as peças.
- ele machucou outras meninas também. Não só você.
- Não apenas eu. – Hope falou. – Outras três.
- Você sempre sabe Saki. Como naquela vez em que viu o retrato daquele menino, você sabia.
- Não posso mais fazer isso. – Saki sentiu o coração acelerado. – Não quero mais fazer isso.
- Você veio. – Hope continuava jogando. – Tem que tomar cuidado para não ir muito rápido e nem muito devagar.
- Ou vai perder a vez.
- Diga-me quem é ele Hope. Onde posso encontrá-lo?
- Não posso. – Ela jogou mais uma vez, mas perdeu a peça. – Droga!
Ela olhou para Sakura.
- É a sua vez agora. Tome cuidado.
Sakura acordou assustada. Estava bastante escuro e a lua já não estava mais no céu. Ouviu a respiração ritmada de Sasuke ao seu lado, estendido na cama. Percebeu que se afastara dele durante o sono.
Nada de contado no sono, pensou Sakura. Era o momento em que a mente se tornava muito vulnerável.
Ela se levantou e foi à cozinha. Pegou um copo da água. O sonho a havia deixado com muita sede, alem de fazê-la lembrar-se do por que de não dormir com Sasuke.
A irmã dele morrera. Ela não era culpada, mas mesmo assim sentia obrigação. Já sentira isso antes e seguira o coração. O que ocorreu foi que se entregou a um amor que lhe trouxe muita tristeza e sofrimento depois.
Quando o perdera, perdera tudo. Prometera que nunca mais faria aquelas opções.
Mas ali estava agora se perdendo de novo pela segunda vez.
Sakura levou o copo aos lábios. E foi nesse instante que viu. Alem da janela e da escuridão. Nas sombras, pensou ela. Esperando. O copo escapuliu de seus dedos e caiu no chão, espatifando-se.
- Saki?
Sasuke acordou e correu para a cozinha tropeçando varias vezes antes de chegar ao destino. Sakura estava parada olhando pela janela.
- Tem alguém lá fora.
- Saki... – ele observou o rosto pálido e os cacos no chão. – Você se machucou?
- Tem alguém lá fora. – repetiu ela como uma criança. –Esta observando. Já esteve aqui antes, e voltará.
Seus olhos se deslocaram para os de Sasuke. O que sentia era frio.
- Ele terá que me matar. Não a mim que ele quer, mas terá que fazer isso, pois eu estou aqui. A culpa era minha. Se eu tivesse ido naquele dia ele apenas teria ficado observando ate se sentir duro e usar as mãos para se satisfazer.
Os joelhos cederam e Sasuke a ajudou, amparando-a. Ela apenas se afastou.
- Estou bem. Apenas preciso me sentar.
- Vá deitar-se.
Ele a levou para a cama e colocou a calça.
- Aonde vai?
O súbito medo de ficar sozinha fez com que levantasse em um pulo.
- Vou lá fora dar uma olhada.
- Não! – Agora sentia medo por ele. – Não é a sua vez.
- Como?
- Desculpe. Ele já foi embora. Não esta mais lá fora. Já havia observado antes quando nos... – respirou fundo. – Fazíamos amor.
Sasuke balançou a cabeça irritado.
- De qualquer jeito irei dar uma olhada.
Sasuke foi ate a pickup e pegou a lanterna e a faca que guardava na maleta de ferramentas.
Agora armado deu a volta na casa parando embaixo da janela do quarto. Observou onde a relva precisava ser aparada a marca, como se alguém tivesse se postado ali.
- Filho da puta!
Ele queria correr na direção de onde o desgraçado pudesse estar o pântano. Mas não podia deixar Sakura sozinha então apenas voltou-se para a casa e entrou.
Largou a faca e a lanterna em cima da mesa. Dirigiu-se a Sakura que estava no mesmo local que a havia deixado anteriormente.
- O que fizemos aqui era nosso e ele não poderá mudar isso. – Sasuke sentou ao lado dela pegando as mãos. – Não pode mudar se não deixar-mos.
- Mas ele fez com que virasse uma coisa suja.
- Para ele e não para nos Sakura.
Ele virou o rosto de Sakura para fita-la.
- Você ficou furioso. Como conseguiu se acalmar?
- Chutei a pickup algumas vezes. – Ele beijou os cabelos dela. – Quer me contar o que viu?
- A raiva dele. Não sei explicar... Não é a mim que ele quer, portanto não posso vê-lo.Mas não quer que eu fique aqui tão perto de Hope. Esses pensamentos não sei se são meus ou dele.
Sakura fechou os olhos enquanto escutava Sasuke.
-Não foi um vagabundo que matou Hope como pensamos.
- Não. – Sakura abriu os olhos livrando-se da própria dor para ajudá-lo. – Foi alguém que ela conhecia. Alguém que nos observava. Se naquele dia eu tivesse ido com vocês talvez eu pudesse ter visto então tudo estaria acabado. Mas me limitei a dizer onde ela estava.
- Chamaremos a policia.
- Sasuke a policia. – Ela sentia a garganta fechando-se. – Não existe aqui em Progress alguém com a mentalidade tão aberta para acreditar nesta historia.
- O chefe Hatake pode precisar de alguma persuasão, mas ira acreditar em você. – Sasuke daria um jeito. – Se vista.
- Vai ligar agora no meio da madrugada?
- Claro. – Pegou o telefone. – É para isso que ele é pago.
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