Lua de Sangue

Capítulo 12


O sexo a deixara com sede. Pensou em passar em algum local para beber algo. Olhou para a veterinária imaginando Naruto e lhe mandou um beijo imaginário. Lembrou-se da declaração de amor que ele lhe fizera anos atrás, propondo-lhe casamento e filhos. Respirou fundo tratando de deixar de pensar naquelas coisas, ficara tudo no passado. Era o que eles queriam, e mais tarde agradeceriam.

Pensou em mais tarde pegar o carro de Sasuke para eles darem uma volta, e se beijarem e acariciarem como adolescentes no banco de trás. Sorriu com a possibilidade.

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Observou ao longe Sakura olhando a parede e o vidro de sua loja.

Ela poderia ter crescido, mas continuava esquisita, pensou.

- É um de seus transes?

Sakura assustou-se, mas logo relaxou.

- Queria ver como a vitrine ficou, acabaram de pintar.

- Hum... – Hinata admirou as letras escritas com muita classe. – Southern Confort... É isso que irá vender?

- É, sim.

Sakura tornou-se a entrar na loja.

- Não é cordial deixar uma cliente em potencial.

Sakura olhou para trás. Hinata estava deslumbrante, sinceramente não estava com paciência para aturá-la hoje.

- Ainda não abri a loja.

Irritada, Hinata segurou a porta antes que esta se fechasse em sua cara.

- Não se parece prestes a inaugurar. – Disse olhando as prateleiras praticamente vazias.

- Mais perto do que parece. Tenho muito trabalho a fazer Hinata.

- Não se importe comigo, pode continuar a trabalhar.

Hinata acenou com a mão e saiu a olhar. Estava tudo organizado meticulosamente, observou.Havia um laptop e uma prancheta em cima da mesa.

- Tem mercadoria o suficiente para ocupar este espaço?

- Terei. – Continuou desapacotar uma mercadoria. – Abrirei no próximo sábado, se estiver interessada.

Hinata deu de ombros.

- Costumo estar ocupada nos finais de semana.

Caminhou ate o balcão com tampão de vidro e observou as jóias.

- Tem algumas fantasias lindas aqui. –Hinata queria um dos brincos em prata com uma pedra de lápis-lazúli. – Não pensei que fosse vender jóias, quase não as usa.

- Tenho três artistas fazendo estas fantasias. –Informou Saki, sarcástica. – Pessoalmente gosto do broche do centro.

- Hum, é bonito, mas prefiro aqueles brincos ali. – Disse apontando.

- Volte no sábado.

- Posso estar ocupada. Por que não me vende agora? – Fez cara de menina inocente.

Saki colocou um lampião a olho na prateleira.

- Pe3los bons tempos, Saki!

- Não tivemos bons tempos.

- Tem razão. – Apontou mais uma vez para o tampo. – Estes com lápis-lazúli.

Sakura foi ate o balcão e olhou o brinco.

- Tem razão, estes brincos são adoráveis. – Sakura pegou os brincos do mostruário. – Foram feitos por um artista maravilhoso dos arredores de Charleston.

Enquanto Hinata experimentava o brinco de frente ao espelho, Sakura pegava o colar que fazia par.

- Este pendant esta entre minhas peças prediletas e combina com o brinco.

Hinata olhou o colar tentando não se mostrar interessada.

- Diferente. Não se encontrão peças assim em joalherias.

-É verdade.

- Vou ficar com os dois. Faz tempos que não compro algo para mim, aqui em Pogress é sempre tudo igual.

- Não é mais. – Afirmou Sakura. – Terá que fazer um cheque ainda não possuo acha registradora.

- Sem problemas.

Enquanto Sakura somava o valor, Hinata continuou perambulando pela loja.

Quem poderia imaginar que Sakura Haruno teria tão bom gosto quando crescesse? E tanta abilidade para vendas? Deveria ter dado muito trabalho tudo o que ela fez por ali. Olhou alguns vasos e sorriu, eram lindos.

Escutou o barulho da porta abrindo-se. Ambas as mulheres de dentro da loja olharam, observando a visitante entrar.

- Ei, acabei de fazer os cabelos e estava passando por aqui quando vi as duas.

Karim deu uma volta pela loja. Sakura lançou um olhar único e intenso para Hinata, que foi correspondido por um sorriso e pestear de cílios em sinal de compreensão.

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- Por um acaso passei na frente da loja quando o letreiro acabara de ficar pronto. – Falou Hinata.

- Ficou tudo ótimo e meu Suigetsu fez um ótimo trabalho, não é mesmo?

- Sim, é verdade. Estou muito satisfeita.

- Ele é o melhor que existe. Oh que coisa linda!

Karim pegou o lampião de cima da prateleira.

- Eu adoro essas coisas para enfeitar a casa. Depósitos de poeira, como dia o Suigestu. – Olhou a etiqueta com o valor. – Nossa como é cara!

- É assinado e único.

- Tudo o que é bom, é caro! E Suigetsu ganha o suficiente para comprar para sua mulher esse presente, já que esta carregando este peso todo. – Falou apontando a barriga de grávida dela.

- Suigetsu me mima de mais.

- Sei disso. Acabei de comprar essas jóias. Sakura me fez uma exceção.

- É mesmo?

Como Hinata previra Karim não gostava de ser passada para trás. Comprimiu contra os seios o lampião.

- Saki querida, seja boazinha e me deixe levar este lampião. Realmente me apaixonei por ele e não sei se conseguirei estar aqui bem cedo no sábado. Se alguém levá-lo antes de mim...

Sakura terminou de escrever o valor da compra de Hinata e lhe entregou o papel.

- Terá que ser em cheque. Mas se quiser posso guardar para você...

- Não precisa. Posso fazer um cheque. E já que estou aqui posso olhar as outras coisas.

- Claro que pode.

Sakura pegou o lampião e o colocou em cima do balcão.

- Que lindos! Os espelhos estão à venda?

- Tudo esta a venda, Karim.

- Vou lhe entregar o cartão do artista das fantasias que comprou.

- Está certo. – Sorriu. – E não precisa me agradecer.

- Ainda não entendi se fez isso para me ajudar ou me irritar. –Murmurou Sakura. – Ou para irritá-la.

Ela registrou o preço do lampião.

- Uma venda é uma venda. Você soube exatamente em qual botão apertar.

- Com essa aí? – Hinata apontou discretamente para Karim, que soltava suspiro de admiração. – Nada poderia ser mais fácil.

- Se ela comprar um daqueles espelhos, você pode se tornar minha nova melhor amiga.

- Gosto disso. – Já se divertindo mais do que imaginara, Hinata tirou o talão de cheques da bolsa. – Estou sendo rebaixada, depois de lhe proporcionar a sua primeira compra.

- Tenho que ficar com este espelho, Saki. O oval com os desenhos de lírios ao redor, nunca vi nada igual!

Os olhos de Sakura brilharam ao se encontrarem com os de Hinata.

- Sinto muito, mas a compra dela foi maior que a sua. – Disse a Hinata sorrindo. Virou-se para Karim. – Vou buscar a caixa no deposito.

- Obrigada. Imagino que tenha muita coisa a arrumar. Comentei com Suigetsu ontem a noite que não sabia como arranjava tempo. Entre as mudanças para a casa, a arrumação na loja, o recebimento das mercadorias e as noites com Sasuke, você deve ter descoberto um dia de vinte e seis horas.

- Sasuke?

O nome saiu ao mesmo tempo na boca de Hinata e Sakura.

- Aquele homem agiu mais rápido que pensei. – Sorriu. – Não imaginava vocês dois juntos...

-Espere um pouco. Não sei do que está falando. – Saki levantou a mão. – Eu e Sasuke não estamos juntos.

- Não a necessidade de recato entre as mulheres. Sei que querem guardar segredo, mas prometo que não contarei a ninguém.

- Não há nada a contar. Nós apenas... – Saki viu as duas a encarar e sua língua ficar grossa. – Não há nada. Suigetsu está enganado. Vou pegar a caixa.

Assim que Sakura foi ao deposito Karim comentou:

- Não sei por que da preocupação, ambos são solteiros. Mas acho que ir para cama com Sasuke um mês depois do seu retorno não combina com a atitude de mulher discreta e respeitável que ela quer assumir.

- É mesmo? – Não admitiria que falassem por aí de seu irmão. – E mulheres discretas e respeitáveis não fazem sexo?

E com um sorriso malicioso ela bateu na barriga redonda de Karim.

- Acho que esse inchaço não é de comer muito chocolate.

- Sou uma mulher casada.

- Mas não era quando os dois ficavam de sacanagem no banco traseiro do carro do pai dele.

- Ora, você fazia a mesma coisa naquele tempo.

- Exatamente. Por ter teto de vidro que cuido onde atiro a pedra.

Ela assinou o cheque.

- O motivo é simples de eu estar falando isso. Depois de tanto tempo longe ela conquistou muito depressa um Hyuuga Uchiha.

- Ninguém conquista um de nós a não ser que queiramos.

Mas Hinata pensaria a respeito.