Save Me

Capítulo 5 - Esqueça que eu existo, entendeu?


Tom Riddle encarou a cena com um sorriso malicioso no rosto, viu Abraxas desacordado no chão e uma Rose furiosa a sua frente, quando Silvanus Kettleburn – Professor de Trato De Criaturas Mágicas – chegou irritado. Seu sorriso continuou ali, apesar de ver Rose caminhando ao lado de Charlus Potter – monitor da Grifinória – até a sala de Armando Dippet. A aula foi suspensa, devido ao incidente com Malfoy deixando eles assim, com tempo livre. Riddle iria à biblioteca, na sessão reservada, em outra ocasião. Mas hoje, queria ver o tamanho do estrago que a pequena ruiva fez com Abraxas. Caminhou até a enfermaria em passos calmos, com a feição neutra. Na verdade, nunca se preocupou com Abraxas, era só mais um riquinho mimado e metido, mas seguia Riddle cegamente, fazia o que ele mandava cegamente, por que assim como Tom, Abraxas tinha sede de poder, mas era fraco demais para conseguir. Madame Pomfrey agitou sua varinha mais uma vez e murmurou alguma coisa inaudível, acariciou os cabelos loiros platinados de Abraxas e verificou se ele estava bem. Acabou dando de cara com Tom, que forçou um sorriso antes de dizer: - Vim ver Abraxas.

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- Ah Tom! Ele ainda está desacordado, um ótimo estupore esse que fizeram com ele viu?! Uma bruxa e tanto, essa Rose Jones.

Tom sorriu. Não tem motivo, não tem explicação. Ele apenas sorriu e concordou com a cabeça, só precisava disso. De uma prova do que Rose Jones era capaz de fazer, Abraxas era a prova. Madame Pomfrey voltou a seus afazeres e Tom saiu da enfermaria, não veria Malfoy, já sabia o tamanho do estrago que foi feito.

As mãos delicadas de Rose suavam frio, Charlus Potter caminhava ao seu lado com uma imensa vontade de rir e dar parabéns a garota, pelo que fez com Abraxas. Assim como metade da Grifinória, Charlus odiava Abraxas Malfoy. Chegaram até a sala do diretor, onde Charlus murmurou a senha ‘’Bala de morango’’ e entrou. Armando Dippet estava sentado em sua cadeira reclinável de diretor e examinava uns papéis em cima de sua mesa. Charlus pigarreou chamando a atenção de Dippet, que franziu o cenho ao ver Rose.

- O que desejam? – Perguntou Armando

- Diretor, o Prof.Kettleburn pediu para que trouxesse Rose Jones aqui. Ela azarou Abraxas Malfoy com um Estupore, um pouco antes da aula começar. – Disse em um tom profissional.

Dippet assentiu e examinou Rose.

- Pode ir Potter – Disse Armando

Potter saiu da sala, deixando Rose e Dippet sozinhos. Armando inclinou a cabeça para uma cadeira enfrente a mesa, dizendo para Rose sentar-se e foi o que a ruiva fez.

- Srta. Jones, o que levou a machucar o Sr.Malfoy? – Perguntou Dippet

- Diretor ele me provocou! Começou a falar da minha família, que todos me odiavam e outras coisas horríveis e... eu só me descontrolei.

- Tudo bem Srta. Jones, mas sua atitude foi irresponsável e leviana. Terei de aplica-la uma detenção e mandar uma coruja para seus pais. – Disse Dippet. Rose arregalou os olhos

- Não, não! Qualquer coisa senhor, qualquer coisa menos mandar uma coruja para meus pais. Por favor! – Suplicou a ruiva

- Sinto muito, são as normas de Hogwarts. Você ficará de detenção depois da aula, por uma semana.

- UMA?! – Exclamou abismada

- Ora essa, você estuporou um aluno Srta. Jones, nada mais justo. Tom Riddle ficará com você na detenção, sendo ele monitor chefe.

- Mas e Charlus...?

- Charlus é bom menino, mas não é tão exemplar quanto Tom. Riddle ficará na detenção com você, na torre de Astronomia, no final do dia. Entendido Srta. Jones?

- Sim, Sr.Dippet. – Concordou com a cabeça

- Pode ir e espero que isso não se repita.

Rose levantou da cadeira e caminhou para a fora da sala. Sentiu seus olhos marejarem, onde estava com a cabeça quando fez aquilo?! Se arrependia de ter feito, não por Malfoy, mas sim pelas consequências. Seu pai provavelmente a deserdaria, nenhum de seus filhos tinha dado esse trabalho. Em anos, apenas elogios para Anthony e Charlotte, nenhuma confusão, nenhum problema. Mas com Rose, tudo dera errado. Caminhou de volta a seu dormitório, segurando as malditas lágrimas. Amanhã seria natal, as aulas já haviam sido liberadas e as pessoas estavam indo para suas casas. Rose deitou em seu dossel e deixou que as poucas lágrimas de desespero escorressem. Tinha medo do que seu pai, poderia fazer se descobrissem, tinha medo de ver a cara de decepção da sua mãe. Levantou-se da cama, limpou as lágrimas e caminhou até a enfermaria. Não deixaria Abraxas afronta-la novamente, ele não mexeria mais com ela e Rose não teria que tomar medidas drásticas. Com sua maior cara inocente, aproximou-se de Madame Pomfrey e disse:

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- Madame Pomfrey, será que eu poderia ver Abraxas? Sabe, pedir desculpas pelo o que eu fiz.

- Ora essa, claro que sim! Alias, não faça mais isso mocinha. – Disse ela, antes de apontar para uma cortina branca, no canto da enfermaria.

Caminhou até lá em passos decididos. Não sabia o que estava acontecendo com ela mesma, sentia uma mudança dentro de si, não admitiria que ninguém pisasse nela novamente. Havia cansado de ser masoquista. Abriu a cortina com delicadeza e silenciosamente, Abraxas não percebeu, estava acordado olhando para o lado. Rose caminhou até ele e repousou a mão sobre sua testa, Abraxas se virou e arregalou os olhos. Sentiu o corpo tremer, o que ela poderia querer com ele novamente? Engoliu a seco e recuperou o fôlego.

- O que quer? Me estuporar novamente? – Disse rancoroso

- Olha Abraxas, não me orgulho do que fiz. Não queria ter te estuporado, mas você não me deu escolha. Eu quero te pedir desculpas – Disse Rose. Afinal, seu bom coração continuava lá. Abraxas abriu a boca para falar, mas Rose interrompeu – Mas se ousar fazer aquilo novamente, não hesitarei em te estuporar novamente. Esqueça que eu existo, entendeu Malfoy?

- Sim. – Ele respondeu rouco

- E novamente, me desculpe.

Dito isso, a ruiva saiu da enfermaria e voltou para seu dormitório. Caminhava até sua cama, quando escutou pequenos soluços. Olhou para o lado e viu Katie, sentada sobre sua cama, com o rosto inchado. Olhou com compaixão para garota, caminhou até o dossel de Katie e sentou-se do seu lado.

- Sei que não somos amigas. Mas me conte o que aconteceu, talvez ajude. – Disse Rose

-E-eu não p-posso. – Disse Katie

- Eu prometo não contar para ninguém.

- Depois de amanhã, de noite, vá na entrada da floresta proibida. Não deixe ninguém te ver.

A ruiva em um ímpeto abraçou a outra,que deixou as lágrimas caírem sem hesitar. Katie arrependeu-se de ser tão cruel com Rose, ela era tão boa e não insistiu no assunto, deixou apenas Katie chorar e amparou-a, independente do que estava acontecendo. Então ali, naquele quarto e entre soluços, nasceu uma amizade. A primeira amizade verdadeira de Rose Jones.