Evil Bonus

Especial de Halloween


Eu não podia acreditar que estava de novo chegando o Halloween. Resolvi passar na minha dimensão, que é onde eu me sinto mais confortável. O Halloween é a pior época do ano. Todos os anos têm criancinhas batendo na minha porta e todos os anos eu não dou doce, mas pelo menos é a única época do ano na qual eu posso deixar as minhas presas de fora sem ninguém achar estranho ou sair berrando de medo.

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O melhor de tudo era que Stefan e Elena resolveram viajar para a Europa e Damon estava no Caribe (fazendo não sei o que, nem em interessei). Enfim, eu estava em paz sentada no sofá bebendo um copo de sangue. Até que lá pelas 18h a campainha tocou. Demorei o máximo possível para ir até a porta para as criancinhas irem embora, não demorou muito para isso acontecer. Minha alegria durou pouco, eu podia ouvir as criancinhas chegando perto da minha porta. Elas tocaram a campainha até eu atender.

– Doces ou travessuras! – Elas berram ao mesmo tempo. Era um grupo de cinco criancinhas com mais ou menos seis anos, a não ser por um garoto de uns 16 anos que provavelmente estava li de babá.

– Uma pena para vocês, pois eu não tenho nada para dar. – Falei e bati a porta. Não sei o porquê de as crianças continuarem batendo na minha porta todo ano e elas ainda querem ganhar doce!

Deitei no sofá, fiquei assistindo TV, mexendo no meu laptop e também coloquei uma musica no volume mais alto para não ouvir a campainha tocar. Depois de umas três horas, resolvi sair de casa, pois mesmo com a musica alta e a TV dava para eu ouvir as criancinhas lá fora tocando a campainha. Desliguei tudo. Nesse mesmo momento eu ouvi um barulho no meu quarto, subi até lá.

Deparei-me com as mesmas criancinhas que tinham o garoto de 16 anos como babá. Olhei em volta, eles tinham latas de spray em uma mão e minhas roupas na outra. Estavam todas cor-de-rosa, dos mais variados tons. A raiva me dominou. Cheguei até a janela antes mesmo de eles pensarem em fugir e tranquei, fiz o mesmo com a porta. Todos ficaram paralisados de medo.

– Vocês vão lavar toda essa roupa até que todas estiverem limpas. – falei ainda dominada pela raiva.

– E se a gente não quiser? – o garoto babá falou.

– Uma boa pergunta... – vasculhei sua mente a procura de um nome. – Derek. Eu farei questão de adiantar o dia da sua morte. – os olhos de todos se arregalaram menos os dele.

– Bela tentativa de me assustar. – ele desafiou.

Minha paciência estava quase chegando ao fim. Saí do meu quarto trancando-os lá. Subi até o sótão e peguei em um baú que eu guardava há algum tempo. Peguei umas correntes e algemas e voltei para o quarto. Algemei um por um.

Levei todos para o porão. Mandei-os sentarem alinhados uns do lado dos outros. Dei para cada um: esponja, balde com água, sabão e um tanto de roupas. Durante uns cinco minutos tudo ocorreu bem até as criancinhas reclamarem de fome.

Deixei-os trancados no porão e dei uma olhada na cozinha. As únicas coisas que tinham eram sangue e uma caixa de cereal que estava lá fazia um tempo graças à Elena que queria dar um fim naquilo, pois, pelo jeito, ninguém gosta daquela comida. Aproveitei que eu estava na cozinha e peguei um copo com sangue para mim. Voltei para o porão e dei o cereal para as crianças. Dei um
gole no meu copo com sangue.

– O que você esta bebendo? – Derek perguntou.

– Sangue. – Respondi friamente. Virei-me para as criancinhas que continuavam reclamando de fome. – Fiquem quietos, é só isso que vocês vão ter de comida de agora em diante. – Virei-me de volta para Derek. – Vai logo que você tem muita roupa para lavar.

– Até parece que isso é sangue. Deve ser groselha.

– Se você tem tanta certeza, por que não prova? – ofereci. Ele pegou e deu um longo gole e fez uma careta.

– O que você colocou nisso?

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– Sangue. Eu não coloquei nada aí, isso é simplesmente SANGUE! – Perdi a paciência de falar com aquela porta. Deixei um pouco de água para cada um, peguei os celulares e tranquei a porta ao sair.

Não demorou muito para os telefones começarem a tocar, ignorei todos e logo depois coloquei no silencioso. Resolvi dar uma passada no porão para ver como estavam as minhas roupas.

No momento em que eu entrei no aposento, ouvi o som de roupas se rasgando. Desci rapidamente e me deparei com o Derek estraçalhando um dos meus melhores vestidos. A minha paciência acabou por completo.

Não pensei duas vezes antes de ataca-lo na frente das criancinhas. Normalmente eu tenho um pouco mais de piedade pelas crianças, em respeito às minhas filhas. Mas eu não podia resistir deixar um trauma para a vida inteira. Parei de beber o sangue dele pouco antes dele morrer. Cortei meu pulso e o forcei beber meu sangue. Ele se recuperou rápido. Quebrei seu pescoço, tirei suas correntes e algemas deixando-o largado no chão.

Todas as crianças começaram a berrar.

– Calem a boca! – berrei – Me avisem quando ele acordar. – Todas ficaram quietas, mas dava para ouvir o pânico em suas mentes. Ordenei para que elas continuassem lavando as roupas.

Quando Derek começou a acordar já estava amanhecendo e as criancinhas tentaram fugir, as segurei pelas correntes. Olhei bem nos olhos de cada criança.

– Vocês não vão conseguir contar isso para ninguém, nunca mais. Se isso acontecer, vocês terão que se matar. – influenciei-as enquanto tirava as correntes e algemas. – A saída é por ali. – Apontei e todas saíram correndo.

Encarei o cara caído no chão tentando se levantar.

– O que você fez comigo?! – ele tossiu.

– Você virou um lindo e maravilhoso vampiro! – mentira, o cara era feio demais.

– Isso é impossível! Vampiros não existem! – ele rosnou.

– Então você não existe. – fiz uma careta. – Então eu não existo.

– Eu só quero ir para casa e esquecer essa brincadeira estúpida que você fez. – Ele se levantou e foi andando ate a porta.

– Antes de você ir, cheire isto. – Dei o copo que eu usei para beber sangue que ainda tinha um restinho. O rosto dele mudou para o rosto demoníaco com presas e pupilas dilatadas (Adoro isso!). Guie-o até a porta e ele finalmente foi embora.

No dia seguinte olhei o jornal. Sorri ao ler a principal manchete:

”Garoto de 16 anos se revolta, mata 15 pessoas e deixa três feridos muito traumatizados.”