We know the name of the flower

Ache a resposta daquilo que não tem


Eu me separei do grupo e fui para minha casa, sozinho. Simplesmente não aguentava mais aquilo.

Afinal todos nós estávamos dançando ao redor de uma tragédia não esquecida nesses anos todos. E falar que ela voltou era realmente complicado para cada um de nós.

Não somente para mim, como eu havia pensado antes. Mas para Anaru também.

Poppo, Tsuruko e Yukiatso.

Cada um com seus motivos próprios.

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E eu sabia que se um dia a Menma realmente voltasse, todas as nossas inseguranças voltariam junto.

E era isso que eu tinha medo. Não queria voltar áqueles anos. Não queria sentir a raiva de Yukiatso novamente, a tristeza de Anaru, a indeferença de Tsuruko e a falsa felicidade de Poppo.

Mas ao mesmo tempo, era a Menma que estava voltando.

Ninguém além de mim mesmo sabe como senti falta daqueles olhos azuis e cabelos cumpridos, ou da sua boquinha suja de ramen.

Ninguém sabe. Apenas eu.

E isso é o que me mata.

Logo após eu entrar em casa, Anaru veio me visitar. Ela insistiu tanto com a campainha, que eu acabei deixando-a entrar.

Comemos restos de comida da geladeira e fomos dormir. Nenhuma palavra havia sido dita até a hora que deitamos na cama.

-Ji...Jintan?

-Sim? – Perguntei friamente, virado com a cabeça para o outro lado da cama.

-Você ainda a ama? – Foi direta.

-Amo a quem, Anaru?

-Menma.

Fechei os olhos, concentrando-me em uma resposta.

Só tinha um problema: Não tinha resposta.

Eu ainda a amava e era tudo. Mas não poderia fazer isso com ela. Não com Anaru, não depois de tudo que passamos juntos desde pequenos.

Mas eu não poderia engana-la para sempre.

Não era muito justo.

-Eu não sei, Anaru. Eu realmente não sei.

Ela nada rebateu.

Porém algum tempo depois, eu ouvi um som baixinho ecoando pelo quarto. Era um som de choro sendo abafado pelo meu travesseiro.

-Me desculpe, Anaru... – Balbuciei. Não sei se ela conseguiu me ouvir, porém depois disso o som parou repentinamente.

Me desculpe...