Novamente

Capítulo 1


2 semanas antes.

- Yui! Volta já aqui! - acordei com o grito irritado de Asuna ecoando pelo segundo andar, parecia que aquele seria um dia agitado.

- Por favor, deixa eu faltar! Não quero ir para a escola hoje! - disse Yui em uma voz chorosa, no mesmo tom alto da mãe.

Decidi levantar, estava claro que eu não dormira novamente com toda aquela barulheira. Olhei o relógio ao lado da cama, sua luz fluorescente indicava que eram oito horas da manhã. Nem havia começado o dia direito e aquelas duas já estavam gritando?

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Levantei-me e fui ao banheiro, olhei meu reflexo no espelho, meu rosto denunciava o cansaço em que eu estava, agradeci por ter conseguido tirar o dia de folga do trabalho, não aguentaria ver perfis e mais perfis de jogos sendo que não conseguia nem mesmo ficar de pé.

Escovei os dentes e decidi descer para a cozinha, de onde toda a barulhada parecia estar vindo. O som das vozes das duas garotas aumentava enquanto eu me aproximava, cogitei a ideia de deixar as duas se entenderem e voltar para o quarto, porém assim que cheguei a porta do aposento onde elas estavam Yui me viu, e com um sorriso no rosto, pulou da cadeira para dar-me um abraço.

- Olá papai! - disse a garota, quando finalmente desenlaçou-se de mim.

- Olá pequena - eu disse, dando um beijo em sua testa.

- Não sou mais pequena, ok? - disse ela, fingindo estar irritada - Já tenho 11 anos!

- Para ele você sempre será pequena - Asuna disse, não desviando os olhos do café da manhã que fazia - Não tente convencê-lo do contrário.

- Está me chamando de cabeça dura? - perguntei, aproximando-me dela e a puxando pela cintura.

- Sim, e pare com isso que eu tenho que terminar aqui logo para a Yui não se atrasar - disse ela, desvenciliando-se de mim, com um sorriso no rosto.

- Não quero ir para a escola hoje! - disse Yui, cruzando os braços irritada.

- Mas você vai - Asuna disse, indo em direção a mesa com o café da manhã de Yui - E trate de se apressar se quiser chegar a tempo.

A menina ia dar outra reclamação, mas sua voz foi cortada pelo som contínuo do telefone que começou a tocar na sala.

- Deixe que eu atendo - disse, quando Asuna fez menção a sair da cozinha.

Chegando no aposento, peguei o aparelho que brilhava pela ligação que estava sendo feita.

- Alô?

- Ei, Kirigaya! - ouvi a voz de Egil do outro lado da linha. - Hm, será que você pode vir aqui na loja?

- Claro, quando? - respondi.

- Agora, se possível - ele respondeu, percebi um nervosismo em sua voz.

- O que foi? - perguntei, estranhando o modo como ele falava.

- An... Nada demais, só venha aqui o mais rápido que conseguir, ok? - ele disse, e logo desligou.

- O que era? - perguntou Asuna, encostada na porta do aposento quando viu que eu olhava intrigado para o telefone depois de desligá-lo.

- Não sei, mas acho que Egil está com problemas. - respondi, olhando para ela. Sua expressão foi de curiosidade para preocupação em um segundo.