Dentro do helicóptero Kate estava inconsciente, e eu não parava de chorar. Era uma mistura de alívio por estarmos salvas e dor, angústia, tristeza por ver Kate naquele estado. Chegamos à cidade em 30 minutos, todos nos esperavam no heliporto. Quando desci do helicóptero, meus pais vieram logo me abraçar, chorando. Não entendi, já que eles nunca demostraram carinho por mim. A família da Kate ficou desesperada ao vê-la em uma maca. Quando vi que ela estava indo para uma ambulância, corri para ir junto. Mas não deixaram, deram preferência à família.

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Depois percebi que Diego estava lá também, acho que só para não dizer que não foi. Voltei para casa quieta, chorando, preocupada, angustiada, triste. Queria saber como Kate estava, e essa incerteza doía. E não doía pouco, doía muito. Quando cheguei em casa, fui direto tomar um banho. Fiquei uma hora embaixo do chuveiro, quando saí minha mãe praticamente me obrigou a dormir. Mas eu não queria, eu queria ir ao hospital, saber como Kate estava. Eu estava muito cansada, com olheiras enormes, então fui dormir um pouco. Só acordei no outro dia, e logo fui para o hospital. A família de Kate estava lá, perguntei como ela estava e eles disseram que ela ainda estava inconsciente. Não foi preciso muito para eu entender que ela estava em coma. Meu Deus, minha melhor amiga, que sempre me ajudou, me defendeu e que sempre esteve perto de mim, agora estava inconsciente em uma cama de hospital.