Vidas Destruídas.

Quando a única saída é a esperança.


Agora estamos aqui, perdidas nessa floresta escura, com medo e sem direção.

–Kate, acho melhor a gente parar – Disse ofegante.

– ‘’Tá’’, amanhã a gente continua. – Disse Kate, que também estava muito cansada.

A pergunta é: Continuar o que? Estamos andando sem rumo, na esperança de encontrar o caminho de volta. Mas, quanto mais andamos, mais ficamos perdidas. ‘’Com certeza alguém sentiu nossa falta, provavelmente uma equipe de buscas está nos procurando’’. Eu pensava isso o tempo todo, na esperança de sair logo daquele lugar. Aliás, a esperança sempre foi meu forte. No meio de todo aquele sofrimento – em casa, na escola – a única coisa a que eu me agarrava era a esperança, como se eu dependesse dela para viver. E dependia. Se eu não tivesse esperança, já não sei o que seria de mim hoje.

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No dia seguinte, continuamos a nossa caminhada. Andamos muito, até encontrarmos um rio. Nunca me senti tão ‘’feliz’’ por encontrar um rio. Então, não hesitamos: pulamos na água, que estava gelada, mas não importava. Naquele momento qualquer coisa servia. Acho que é assim, não sabemos o valor do que temos, até precisar. E quando nos damos conta, pode ser tarde demais.

Kate e eu decidimos seguir andando pela margem do rio. A essa altura, qualquer sugestão seria bem-vinda. Mas como não havia ninguém, tínhamos que usar a nossa intuição e nosso conhecimento – Espera, que conhecimento?