Fire!

Another Plan


Acordei com a janela do quarto batendo. Estava ventando muito lá fora, o Sol estava encoberto por nuvens negras e o céu estava cinza.

Eu já estava pronta quando Matt bateu na porta do quarto, me chamando.

– Já estou pronta – respondi.

– Já podemos ir? – perguntou ele

– Eu só preciso comer alguma coisa antes.

– Certo.

Fui até a cozinha e peguei uma maçã. Não sabia se aguentaria até a gora do almoço com isso, mas eu estava com fome.

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Matt abriu a porta e disse:

– Primeiro as damas, irmã!

Passei pela porta sem dizer nada, estava determinada a falar só o essencial com ele. Mas por que ele estava sendo tão gentil comigo de repente? – pensei – Não posso me enganar, vou continuar indiferente. O que ele poderia conseguir com aquele teatrinho? Minha confiança? Não tão fácil assim, e, principalmente, não agora. Eu precisava me concentrar, a revolução não pode parar e eu também não. Eu passei metade da minha vida esperando por esse momento e eu não serei enganada nem pela Capital e nem por ninguém. Liberdade, esse era o meu objetivo e o de todos os revolucionários de Panem.

Parei minhas reflexões quando chegamos à usina elétrica. Ela era enorme, tinha pelo menos uns cinco andares e se estendia por uma área muito grande.

– Identidades – pediu o pacificado que estava no portão.

Entregamos as identidades e ele as examinou atentamente e nos deixou entrar. As falsificações eram boas mesmo!

Fomos encaminhados até o coração da usina, onde eles nos levarão até onde trabalharemos.

– Mattheus Crowell – chamou o pacificador.

Que estranho, eu nunca ouvi o nome completo dele.

– Virgínia Crowell – chamou o mesmo pacificador.

Quem? Ah sim, eu!

Depois de alguns outros nomes chamados ele nos dirigiu até uma sala grande e toda branca.

– Vocês irão trabalhar no setor de distribuição de energia. – começou o pacificador – Mas antes precisarão de uniformes – disse, nos entregando uniformes brancos com listras fluorescentes dos lados – E lembrem-se, a tarefa de vocês é muito imposrtânte. Nós não toleramos gracinhas e comportamentos inadequados serão gravemente punidos.

Depois de explicar as regras, fomos até a sala onde trabalharíamos e eles nos explicaram como tudo funcionava, depois nos sentamos aos nossos lugares. Como eu e Matteus éramos “irmãos”, sentamos um do lado do outro.

– Parece que eles não gostam que haja muita comunicação aqui – disse Mattheus depois de um tempo.

– Parece que não, e eu também não soube de nenhuma tentativa de revolta nesse Distrito.

– Nem eu. Eles provavelmente têm medo de que Snow mande bombas para cá. Isso seria fatal, há muita radioatividade por aqui. Acho que eles não querem acabar como acham que o Distrito 13 acabou.

– Sim. Mas eles não entendem que são muito valiosos para a Capital? Praticamente toda a energia deles vem daqui. E não seria nada vantajoso para a Capital, destruir sua principal fonte de energia.

– Tem razão. Mas como eles perceberão isso?

– Antes de tudo temos que falar com Mike, ele transmitirá a mensagem a Steffano que pensará em alguma coisa.

– Certo, mas quem passará a mensagem?

– Eu. – prontifiquei-me – Acho que não aguentarei ficar mais tempo nessas cadeiras – disse baixinho.

Mattheus começou a rir.

– Qual é a graça Mattheus?

– Nenhuma. E... Por favor, não me chame de Mattheus.

– Por que?

– Eu não gosto desse nome. Me chame de Matt.

– OK. Eu vou indo então. Invente alguma desculpa para mim, diga que eu fiquei doente.

– Tudo bem.

Eu tirei o uniforme e entreguei a ele, então saí. Steffano precisava pensar em outro plano.