Maio 2016

Pov Terceira pessoa

O Dr. Smith tinha passado um dos melhores fins de semana da sua vida, mais uma vez sua perspicácia o colocou a frente de outros cientistas, os estudos sobre a cura do câncer estava encerrado, para ele era questão de pouco tempo para poder proporcionar ao povo mais essa alegria. Ao chegar a seu centro de pesquisa naquela segunda feira deparou-se com uma secretária muito preocupada e um assessor quase surtando.

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- Dr. Smith, graças a Deus, o senhor voltou de viagem. – Disse a secretaria toda esbaforida, vindo receber o chefe na porta do escritório – as coisas aqui estão um pouco complicadas, Doutor.

- O que houve Anastácia? – Perguntou o médico vindo em direção ao assessor e o cumprimentando.

- Será que podemos conversar dentro do escritório, Dr. Smith? – Pediu o assessor.

- Claro Carlos, mas pelo amor de Deus, o que esta acontecendo aqui? Pensei que encontraria vocês dando pulos de alegria, depois do que eu consegui esse fim de semana. – O médico disse entrando pela porta do escritório.

- Doutor, deveríamos estar muito felizes com a aprovação do governo para distribuirmos a vacina contra o câncer, mas estamos enfrentando uma situação bastante complicada aqui no centro. – Respondeu o assessor entrando logo após o médico e fechando a porta.

- Então fale logo homem, já estou ficando assustado.

- Doutor, recebemos sete ligações dos familiares das primeiras cobaias humanas para o soro contra o câncer, elas estão muito preocupadas com certas reações que as cobaias estão tendo.

- Reações? Que tipo de reações? Carlos há três anos nós declaramos curados todos os pacientes tratados. O que essas reações têm a ver com o nosso tratamento?

- Doutor, as famílias nos relataram que eles andam muito agressivos, que tiveram febre alta e desmaios. – Disse o homem em tom de alerta e passando as mãos no cabelo

O médico ficou pensativo por um tempo, lembrando-se de quando um dos pesquisadores lhe disse que o soro poderia ter efeitos colaterais, entre os sintomas poderia haver febre, convulsões, desmaios e temperamentos agressivos.

- Essas sete cobaias são das dez primeiras que nós aplicamos o soro?

- Sim Doutor.

- E as outras três onde estão?

- Pedi para Anastácia localizá-las.

- Há quanto tempo elas estão tendo esses sintomas?

- Cerca de dez dias.

O médico começou a pensar, parece que ele enfrentaria grandes problemas se vazasse ao público, o fato dele ter aplicado o soro em humanos dois meses antes da aprovação do governo.Após alguns minutos ele falou.

- Carlos, quero que providencie a vinda de todas as 10 cobaias humanas para o centro imediatamente. Precisamos fazer testes neles o quanto antes.

- Sim Dr. Smith.

- Precisamos saber o que esta acontecendo, reverter à situação para que possamos buscar também os duzentos voluntários.

- Mas Doutor, acha que temos necessidade de trazer os duzentos até aqui?

- Eu não sei Carlos, mas temos que estar preparados, peça para Anastácia procurar todos os registros dos voluntários em deixa-los a mão, nós teremos que entrar em contato com todos, depois que esse pesadelo acabar.

- Claro Dr. Smith, agora mesmo. – Falou o assessor e depois saiu do escritório, deixando o médico pra trás com uma expressão muito preocupada.

Junho 2016

- Anastácia, pode vir aqui, por favor. – Pediu o Dr. Smith pelo interfone.

- Sim Doutor. - Disse a moça logo que adentrou sua sala.

- Anastácia, preciso que entre em contato com as famílias de todos os 200 voluntários, e peça para que eles venham até o centro com a máxima urgência, avise que nós precisamos fazer alguns testes com os pacientes, mas não dê alerta, por favor, diga apenas que é exigência do governo para atestarmos que estão curados. E peça que o Carlos venha até minha sala.

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- Pode deixar Dr. Smith. – A moça disse e logo saiu.

Minutos depois a porta se abre e entra um Carlos, todo assustado.

- Doutor a situação com as cobaias esta muito complicada, elas estão cada vez mais agressivas, eu tive que providenciar celas mais resistentes, com vidros blindados, elas já contaminaram 6 auxiliares.

- Mas eu já disse que ninguém pode chegar perto delas se elas não tiverem sedadas. – O médico disse exasperado.

- Doutor o problema é que elas estão fora de controle.

O médico encostou a cabeça na cadeira, estava cansado, desde que descobriu que a vacina contra câncer tinha transformados seres humanos em monstros, ele não conseguia dormir. Seu maior sonho era proporcionar ao povo a alegria da cura do câncer, tudo que ele queria era que ninguém mais sofresse o que ele sofreu, tendo que enterrar o pai e a irmã falecidos por conta desta terrível doença, e agora que ele estava tão perto de poder distribuir a cura, ela se mostrou uma ameaça à saúde humana, ele trabalhou anos a fio para criar um remédio que se tornou a maior arma viral já existente.

- Dr. Smith, o senhor está bem? – Perguntou um Carlos confuso ao ver o chefe daquele jeito.

- Estou Carlos, eu preciso que você providencie leitos no hospital e passagens, temos que trazer de volta todos os voluntários, ainda bem que tivemos algum tempo para providenciar tudo.

- É doutor ainda bem que o senhor testou nas 10 cobaias três meses antes dos voluntários. Senão teríamos que lidar com 200 monstros ao invés de dez.

- Mas ainda não sabemos se não teremos que lidar com mais 200 monstros, Carlos.

- Tenho certeza que reverteremos à situação antes que os voluntários apresentem os sintomas, Doutor.

- Tomara Carlos, tomara a Deus que você esteja certo, mas por hora providencie o que lhe pedi.

- Sim Dr. Smith.

Julho 2016

- Carlos porque só temos 196 voluntários aqui? Cadê os outros 4?

- Senhor, três já estão mortos, dois morreram de acidentes de carros e outro de ataque cardíaco. E o ultimo voluntário não conseguimos encontrar, tentamos todos os contatos, mas se mudou há quase três anos não deixou nenhum contato com ninguém que conhecia.

- Quem é? - Carlos, precisamos encontra-lo, temos que trazer todos pra cá, o governo já esta designando outro local para prendê-los, mas temos que ter todos, não podemos deixar que algum deles ande por aí, para que possa atacar alguém e espalhar essa desgraça.

- Na época em que recebeu alta, ela tinha 15 anos e morava com a mãe, os poucos conhecidos disseram que assim que terminou o tratamento elas se mudaram.

- Carlos faça todo o possível para encontra-la, os sintomas já começaram a aparecer.

- Sim, mas Doutor o que vamos fazer com eles, em minha opinião deveríamos mata-los todos.

- Ta maluco homem, essas pessoas tem famílias, ainda temos esperança de reverter a situação.

- Mas senhor, se não conseguimos fazer com que eles voltem ao normal?

- Carlos eu nem sei como eles morrem, já viu no que os primeiros se transformaram, são a maior monstruosidade que eu já vi, são criaturas mortais.