Rachel, em uma fração de segundo, pegou uma tampa de lixo de ferro e jogou na cabeça da Vampira. Então, como se tivessemos combinado, Annabeth e eu sacamos nossas espadas e a acertamo-a. Ela deu uma risada agoniada e então ficou em chamas, desaparecendo em questão de segundos.

–Ela não morreu.

–Eu sei.

Levou alguns segundos para que eu processasse a informação. Não é legal ser atacado por um monstro, ainda mais quando ele quer te dar um beijo e acabar com você.

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Annabeth estava furiosa, e eu não sabia como deixá-la mais calma. Era obvio que ela não gostava nem um pouco da Rachel, mas eu estava rezando para que ela se esforçasse um pouco.

-Então? - ela disse, cruzando os braços e olhando para Rachel.

-A história é longa. - disse Rachel, indiferente, mas com um tom calmo.

-Eu tenho tempo - Annabeth disse, mudando o peso de seu corpo para a outra perna.

-Ei, meninas - eu disse, tentando arrumar a situação. - Temos que pegar o táxi agora, antes que qualquer outro monstro apareça. Tivemos sorte, muita sorte.

Annabeth olhou para mim. Deu de ombros e, ainda com raiva, começou a andar até o "ponto de táxi" mais próximo. Ela começou a conversar com o homem que cuidava da comunicação da rádio táxi e veio em direção a nós, com a expressão menos rígida. Mas ainda perigosa.

-Só daqui a meia hora. Horário de almoço.

-Nosso? - eu perguntei.

-Não, Percy, dos taxistas. Eles também são gente. - ela disse, um pouco impaciente.

Então ela sentou no chão e começou a fazer círculos na tampa de lixo que havia sido uma arma valiosa. Ela parecia aborrecida, e eu achei melhor não incomodá-la até que sua cabeça estivesse mais fria.

Nós estávamos indo para o acampamento meio-sangue. Eu me sentia terrivelmente desapontado.

Eu tinha feito mil planos para esse novo ano. Muitas notas boas, amigos, uma vida diferente. Era a minha única esperança. Mas não, eu tinha que ser um semideus, e ainda por cima ser filho de um dos três grandes!

Eu estava entre Annabeth, que o tempo todo olhava para seus sapatos, pensativa; e Rachel, que olhava maravilhada a paisagem lá fora, apesar de já ter visto aquilo um milhão de vezes.

Um pouco antes de nós chegarmos no nosso destino, o taxista estacionou o carro. Virou-se para nós.

-Semideuses, no meu táxi? - ele franziu a sobrancelha, seguido por um largo sorriso.

Contracorrente tremia em meu bolso.

-Quem é você? - perguntou Annabeth.

-Um cervo de Jano.

-O que é você? - perguntou Rachel, franzindo as sobrancelhas. - Você não é grego.

-Esperta - ele deu um sorriso amarelo. - Sou romano. Sou imortal. Sou um olheiro especial de Jano, que fica de olho em espertinhos como vocês.

Então ele riu.

-Desculpem-me. É que vocês... Com essas caras bonitinhas, mal sabem o que vai acontecer! - então ele se fechou. - Ops, falei demais...

-O quê? - perguntou Annabeth, confusa.

-Saíam do meu táxi! Vão para o acampamento de vocês, protejam-se enquanto podem. E tentem não morrer.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.