- O-O que você quer?- pergunto, quase derrubando o telefone ao ouvir a voz daquele insano.

- Adivinha?- ele diz com uma voz infantil- Cada erro custará um cortezinho no seu amor. – Bateria, você por aqui? Não, não, é só meu coração pulando com a noticia.

Obvio que ele disse isso para me provocar. Nunca esperei ouvir essa voz de uma fonte tão temida por mim. O objetivo é claro, mais mesmo assim me supreende.

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- Isso é baixo até mesmo para você Sam. – digo

- Já perdi minha honra, o que mias tenho a perder?

- Você é ótimo do seu jeito, e roubar as ideias dos outros não te fará melhor- digo

-ah, agora eu sou ótimo? Onde foi parar o ‘ decidiu vestir seus tributos dessa vez?’- ele diz irônico, e eu ouço um grito ao fundo que alimentará meus piores pesadelos

-SOLTE ELA!- Grito, já sem controle de mim mesmo

- ME DÊ O VESTIDO- ele faz o mesmo

Sabia. Mais e agora? È obvio que eu darei o vestido, mais a entrevista é amanha e não posso arriscar com a Katniss... e alem do mais que será obvio que uma Clove em chamas não se comparará a minha garota.

-Sério mesmo? Você pensa que ninguém notará o fato de Clove estar com o vestido exatamente igual ao que eu mencionei na entrevista de ontem? – tento pressiona-lo. Não vou me render assim.

- Isso só atrairá mais atenção para mim e para os meus tributos.

- E assim que sua farsa for descoberta ninguém preferirá comprar vestidos com’’ o Sam que copiou do Cinna’’.-digo.

- Só que você está se esquecendo que a vitima da historia não sou eu. Já que minha namorada está sã e salva- Ele diz, virando o jogo.

- E a minha também ficará. Vamos conversar. – digo e desligo o telefone.
Segundos depois recebo uma mensagem:

‘’ Se trazer companhia ela morre. Somente você e o vestido’’

Me coração para e, antes eu possa evitar, lágrimas escorrem incessantemente sob meus olhos. Ele seriam capaz disso? Um estilista considerado por mim sem talento? Porque o vestido da garota se quem faz o sucesso é ela, não a roupa?

Bato na porta e não encontro resposta. A abro e o quarto de Haymitch está destrancado. Ele está treinando Peeta. Então escrevo um breve bilhete explicando que estarei de volta o mais breve possível e pedindo que ele me livre de qualquer problema.

Antes de ir pego meu caderno de desenhos de vestidos para Katniss, assim escolho algum e mando fazê-lo já complementando um vestido que está sendo feito. Terei que virar a noite trabalhando mais isso é um plano. Pelo menos.

Pego o aerodeslizador e em segundos já estou na casa de Medruzca. Não consigo pensar em nada, estou agindo inconscientemente,dando liberdade para que meus músculos me dominem.

Quando estou quase em frente a sua porta ouço gritos abafados e alguns barulhos, o que faz com que eu tome ciência da situação: Ele está em um estado de fúria o qual suas ações são movidas por instinto, não por lógica. Portanto todo cuidado é pouco.

Claro eu peguei um rastreador e anunciei perigo a ORCGS (Organização Rebelde Contra o Governo Snow) o que faz com que, com o simples aperto de um botão,alguns segundos depois Sam já estaria preso. A duvida é: O que será que esses segundos resultarão para Medruzca?

Abro lentamente a porta fazendo o mínimo barulho possível onde consigo uma visão razoável pelos centímetros da porta que consegui abrir.não encontro Medruzca nem Sam. Ouço o som de uma televisão e o som de algum alimento sendo mastigado. Nada mais. Os gritos pararam, o que me assusta e me alivia. Já que ou ela está bem ou eu cheguei tarde demais. Conto com a primeira opção, já que Sam não seria burro para matá-la antes de conseguir o que quer. Mais, como disse, ele está agindo por instinto, então nenhuma possibilidade deve ser excluída.

Para evitar sustos e reações inesperados resolvo bater na porta. Ao invés de gritos de Medruzca ou risadas maléficas, ouço apenas o ranger da porta, como se ela tivesse sido aberta sozinha. Antes de entrar bato a porta com força na direção oposta, tentando acertar quem quer que estivesse atrás dela. Se fosse Sam eu pegaria Medruzca e daria um jeito, se fosse ela ... bom, muito machucada ela não iria ficar. E ela me entenderia. Acho.

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Para minha surpresa nenhuma das opções acima está atrás da porta. Olho em volta e a casa está vazia. Onde ela está? Será que ele a levou para algum cativeiro?

Meus pensamentos são interrompidos por um grito agudo e sufocante que faz com que minha mente se contraia de dor. Não pelo som, mais pela fonte dele. Medruzca.

Corro para o lugar de onde o som veio, mais encontro apenar um gravador em cima da cama de Medruzca. O pânico se instala em mim e pego instantaneamente minha arma, e ouço o mesmo barulho vindo de trás de mim.O som de uma arma também.

Viro-me rapidamente para trás e veja Medruzca amarrada, ensanguentada e desacordada imobilizada pelo Sam, que a rende com uma arma ao lado de seu pescoço, mais a bala não foi liberada.

- Ah, você demorou tanto que sua amada caiu no sono- ele diz, fazendo beicinho

- ela vai acordar certo?- pergunto, temendo a resposta

- No momento não, mais isso dependerá apenas das consequências das suas ações. – ele diz, girando a arma em suas mãos -Cadê o vestido?- ele continua

- O projeto está aqui. – Estico o papel- Veja, as medidas são todas da minha garota. E o vestido está sendo finalizado. Mas como a garota o vestirá?- pergunto

- Apenas alguns ajustes meu querido. Já que ele está sendo finalizado, ainda estou em vantagem.

-Parabéns pela aquisição. Faça bom proveito.- digo frio

- Obrigado. Se eu descobrir qualquer coisa fora do comum, e souber que você armou pra mim da maneira mais simples possível, quem pagará será ela. – ele diz, com um olhar insano, que só me mete medo. Já que não seria difícil adivinhar que o vestido já estava pré-fabricado e será apenas ajustado de acordo com minha criação.Mas tenho que assumir o risco.

- Já conseguiu o eu queria. Pode nos dar licença agora?

- Não se esqueça que eu estou de olho. E que qualquer deslize...

- Eu sei, eu sei... Adeus.- digo, fadigado.Precisava tanto?

Depois disso ele a joga no chão com um sorriso e se dirige lentamente até a porta, parando na cozinha para pegar algo para beber.

- Saaaaaaaai!- grito

- Eu inda tenho uma arma Cinna

- Eu também. Sai.

-Até mais – ele diz, batendo a porta de leve, observando pouco a pouco, até que ela se fechasse completamente. Como se estivesse deixando um bebê choroso.

Corro e tranco a porta, ligo para os seguranças e peço que eles não deixem ninguém entrar. Coisa que ele só deve ter conseguido fazer por ter o mesmo modelo da aerodeslizador que o meu, já eu estamos ‘hospedados’ no mesmo lugar.

Então corro para Medruzca, que ainda dorme no chão como uma criança. A pego no colo e a deixo na sua cama, e já sem controle de minhas emoções, abraço forte o corpo inerte dela, como se fosse eu que estivesse ferido. E na verdade é.

Após alguns minutos, talvez horas sendo ‘consolado’ por Medruzca, que ainda dorme, finalmente ganho forças para me levantar e curar seus poucos ferimentos nos braços. Nada prejudicial ou doloroso demais.

Meço sua febre, que está normal. Seu corpo não tem sinal de nada mais que um arranhão e ela não está pálida ou fria. Decido deixa-la assim, como alguém que está só dormindo em um sono tranquilo.

A enrolo em um cobertor e vou arrumar os estragos feitos pelo Sam . Não são muitos, mas dão trabalho.

Depois de um tempo a casa fica perfeita, como se nada tivesse acontecido. E decido manter assim. A menos que Medruzca se lembre de algo. Caso contrário, nada aconteceu.

Assisto televisão, faço uma sopa e espero. Espero. Espero mais. Continuo esperando. Ao seu lado, sempre.

-Cinna?- um fio de voz me atinge e meu coração explode em fogos de artifício. Minha Medruzca acordou. Está a salvo. É minha.

Quando percebo meus olhos se irrompem em lagrimas novamente e ela estha minha reação, o que confirma sua ignorância do ocorrido.

- O que foi amor? – ela pergunta, se sentando na cama.

- me abraça?- peço

- Vem cá- ela me abraça e lá eu fico são, com meu porto seguro.

- Eu te amo mais que tudo no mundo. – digo, e a beijo

Nossas línguas se cruzam sem destreza alguma, já que se completam e se reconhecem.Até que o maldito ar se faz necessário e nos separamos aos selinhos.

- Eu também te amo sorriso.- Assim que ela se desfaz de meu abraço ela nota os arranhões em seus braços.

- O que é isso? O que aconteceu? Você esta bem? Foi ela não é? ela voltou!- ela diz, já tomada pelo desespero.

- Cama amor. Foi um estilista insano. O Sam lembra? Mais não foi nada de mais. Não passou de cinco minutos. E você está assim pois caiu e se desesperou,e saiu correndo, se cortando pelos espinhos do jardim. Está tudo bem. Tome essa sopa.

Então, depois do jantar,de conversas e muito amor, tomo coragem para lhe fazer a proposta mais difícil de todas:

- Mê?

-sim?

-Me faz um favor? - pergunto

- Qualquer coisa. – ela diz.

- Fuja para o distrito 7 . – digo firme mas com os olhos fechados. Abro um, depois o outro e encontro uma Medruzca perplexa me encarando.

- Como? –ela pergunta

- Eu sei, eu sei. Mais é por pouco tempo, não quero que nada de ruim te aconteça. Semana que vem já vou te buscar e nos mudamos. Por favor. Eu não quero ver você sofrer mais. E eu estou longe e você vulnerável. Se você for para o 7, você estará a salvo, com sua localização mantida em segredo, até que os jogos se iniciem, depois tudo volta ao normal. – digo rápido, tentando convencê-la.

- Promete? – ela pergunta com um biquinho que me faz derreter

- Prometo. Vamos?

- Tenho outra opção? O que eu não faço por você Sr. Cinna!

- Eu te amo!

-Eu também

Então ela toma um banho e arruma suas malas. Rapidamente já estamos o meu aerodeslizador,onde a deixarei com um amigo de confiança, que a deixará a salvo no distrito 7. Onde ela se hospedará com uma família que também faz parte da ORCGS.

- Você ficara a salvo. E logo estaremos juntos. Prometo.- digo, limpando as lagrimas que insistem em escorrer da face da minha amada

- Eu sei, mais é que eu vou sentir saudades! E eu não aguento mais dizer adeus.

-Não é um adeus, é um até logo. Em menos de cinco dias estarei com você de novo. Você consegue. Já passou por coisas bem piores.

- Tem razão. Eu consigo. Mais que fique claro que esses serão os cinco dias mais lentos de toda a minha vida – ela diz, já chorando

-Esse é o meu amor. Até logo.- digo e a beijo. Um beijo urgente, mais também calmo e lhe passando a segurança que se mistura ao gosto salgado de lagrimas em seu lábios.

- Até logo - ela diz.