É Isso Ai!

Capítulo 9 - Quatro para Dois


No capítulo anterior...

–Se chover nós paramos o treino. -Afirmou e eu bati palmas comemorando a moda Dominique Weasley. -No entanto, hoje vamos dar mais um belo passo para você não repetir o ano.

–Mais um? -Fiz careta e ele riu.

–Claro, eu que fiz você ter um corpão! Agora, eu vou te ensinar uma coisa muito foda. -Assenti e ele segurou o riso antes de continuar a falar. –Você vai aprender a subir em uma vassoura.

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Capítulo 9:

Quatro para Dois

P.O.V Rose Weasley.

-Já disse que te odeio? -Perguntei vendo a vassoura ao seu lado. Ele colocou-a no chão e me puxou para ficar ao lado dela.

-Você fala isso a todo minuto, mas agora preste atenção. -Pediu e eu assenti engolindo a seco. -Coloque a mão direita sobre ela e diga ''Suba'', com vontade! Depois, você apenas sobe e inclina para frente para pegar vôo. Simples.

-Muito simples. -Resmunguei e respirei fundo, para tentar me concentrar nesse novo desafio. -Suba! -E, de um modo estranho, a vassoura veio para a minha mão. Sorri para Scorpius que me olhou animado. O próximo passo era subir na vassoura, e tudo parecia legal até agora. Parecia que eu realmente conseguiria fazer algo legal corretamente.

Mas não... Esqueci que quem subiu na vassoura é Rose Weasley,a pessoa mais azarada do mundo bruxo.

-Só você, Rose, só você! -Disse Scorpius rindo enquanto me ajudava a levantar do chão. Suspirei em desânimo e ele sorriu meigamente para mim. Não gosto disso. Me faz lembrar do incidente do banheiro, e eu não gosto de lembrar disso porque eu me distraio.

-Não quero subir de novo! Eu vou cair. -Afirmei com convicção.Olhei para ele, e ele olhou para mim. O meu olhar era de medo, e o dele de quem acha graça do meu medo. -Sério, não ria.

-Anda, medrosa, suba. -Pegou a vassoura e fez sinal para eu subir. É claro que os olhos dele ficam cinzas quando o tempo está escurecendo, seu cabelo fica mais loiro e seus lábios mais rosados.Droga, droga, droga. -Eu vou com você.

-Ta. -Murmurei com mais medo ainda. Mas não era de cair, era de ficar próxima dele. Há algumas semanas eu não me importaria, teria nojo e rezaria para acabar logo, ou talvez nem estivesse nessa situação.

-Se sente mais segura comigo aqui? -Indagou fazendo eu mover as minhas mãos para que começássemos a voar.

-Mais nervosa talvez. -Murmurei, porém quando senti sua respiração em meu pescoço soube que ele escutou. Porcaria, porcaria, porcaria. Porque comigo, Dumbledore? Porque?

-No bom ou no mal sentido? -Se eu virasse o rosto, encontraria seus olhos. Se olhasse para baixo ficaria mais tonta. Se olhasse para cima estaria óbvio meu nervosismo. E se continuasse olhando para frente teria um treco. -Rose...

-Ah, Scorpius, para de falar. -Pedi e percebi que estava sorrindo, como antes, porém mais abertamente. -Isso, silêncio, olhe como ele é bom. -Senti seus braços me envolvendo e seus lábios quentes beijando meu pescoço. -Não faça isso.

-Temos que voltar para a... A... -Começou a gaguejar enquanto tentava ficar, talvez, menos nervoso do que eu. -Ah, vamos parar com isso. -De um modo que ainda não sei qual foi, Scorpius conseguiu fazer a minha boca se colar a dele. Meu coração parecia que iria explodir a qualquer minuto, parecia que eu morreria se aquilo acabasse, parecia que aquilo era uma coisa que estava se concretizando depois de dias pensando em como seria.

E essa é a minha marca definida: Pensar, pensar demais, pensar desnecessariamente. Sendo que tudo pode ser resolvido, dias e noites podem ser bem vividas e dormidas com apenas um ato. Era tão bom... E errado.

Nunca, nunca mesmo senti isso na minha vida inteira. Beijar como se o mundo fosse acabar no próximo minuto não é um dos meus hobbies, ter a boca explorada junto ao corpo, ter os sentimentos bagunçados e a cabeça revirada. Normalmente é tudo centralizado, objetivo e sem dúvidas... Correto.

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-O que acha de esquecermos a aula e continuar assim até a hora do jantar? -Indagou fazendo com que voltássemos para o chão.

-É uma ideia muito... HORRÍVEL! ISSO É ERRADO! -Exclamei começando a andar de um lado para o outro. É claro que eu amei, idolatrei e que jamais vou esquecer. Mas ele não precisa saber. -QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME BEIJAR?

-Vamos pro jardim? Ai você se acalma. -Afirmou vindo ao meu encontro e me puxando para perto dele. -Ninguém vai saber disso, eu te garanto. Era isso que ia falar, eu sei, eu sei.

-Se você abrir essa boca eu juro que acabo com você. -Ele assentiu e começou a me beijar novamente, e eu estranhamente sorri e retribui.

|| Certo tempo depois ||

-Eu nunca tinha ficado com uma ruiva. -Revelou mexendo nos meus cabelos. Ele estava com as pernas dobras e encostado no tronco da árvore, enquanto eu estava em seu colo com a cabeça apoiada em seu ombro. -Na verdade, nunca pensei que seria tão bom te beijar.

-Não se acostume. -O interrompi e ele riu me dando um selinho. -É sério.

-Passamos umas três horas nos beijando e você não quer que eu me acostume? -Indagou e eu assenti, logo vendo que ele me imitava. -Vou te perseguir para o resto de sua vida querendo que você me beije.

-Sem graça, não podemos fazer isso, é errado. -Ele deu um riso abafado e começou a me alisar. -E pode segurar essa mão.

-Nem pensar, sua pele é legal. -Senti sua mão apertar minha perna e consegui escutar um som vindo dele, enquanto mordia os lábios e me olhava. -Engraçado, você é a primeira garota que não me da vontade de ir para a cama.

-Isso é bom. -Comentei mexendo em seus cabelos.

-Não que você não seja gostosa, porque você é, mas... Você não é dessas, você não é para mim. -Afirmou pegando-me no colo levantando-se. -Temos que jantar, Weasley, se não um de nós dois vai morrer de fome.

-Acho que vou tomar um banho... -Comentei quando ele me pôs no chão novamente.

-É, banho é uma boa ideia. -Fomos então, sem perceber, até a entrada do salão comunal da Grifinória rindo e conversando de assuntos aleatórios. Ele me deixou na entrada, pediu um beijo e foi embora falando que passaria em meia hora para irmos para o grande salão.

E lá se foi mais meia hora. Dominique não estava do dormitório e em nenhum lugar que as minhas vistas alcançaram, o que era bom já que ela começaria a fazer perguntas e essas coisas. Subi, tomei banho, sem querer me arrumei e milagrosamente gostei do que vi no espelho.

Quando sai, ali estava ele com a camisa fora das calças, mangas dobradas, cabelos molhados, um perfume inconfundível, gravata da sonserina e seu velho olhar sobre as escadas.

-Tomou banho de perfume por um acaso? -Ele deu ombros e me mediu com um sorriso sacana no rosto. Revirei os olhos e dei as costas indo em direção ao caminho que me levaria ao grande salão.

-Ei, ei, apressadinha. Você não vai querer ter outro dia como esse então vamos fechá-lo com chave de ouro! -Exclamou pegando meu pulso e trazendo-me para perto dele. Não precisou de enrola-enrola para sentir seus braços me envolvendo e sua língua explorando minha boca. É tão bom... Mas ele não precisa saber.

-Vamos. -Falei e ele assentiu começando a andar enquanto me dava selinhos. Scorpius Malfoy sabe mesmo como me irritar.

E fomos assim, até perto do grande salão onde ele me deu mais um beijo e jurou que não contaria para ninguém. Entramos naquele lugar cheio de alunos com a velha expressão de sempre: Cansaço. O garoto foi até Alvo e eu até Dominique, que jantava desanimadamente.

-Onde estava, moça? -Perguntou ela enquanto me sentava em sua frente. -Demorou para voltar do treino.

-Tive que subir em uma vassoura e cai umas mil vezes, Domi. -Reclamei e ela assentiu desconfiadamente. -Onde acha que eu estava?

-Você beijou o Scorpius dessa vez? -Sorriu maliciosamente me fazendo revirar os olhos. -Está com cheiro de perfume de homem, a explicação é essa.

-Como sabe? -Indaguei em um sussurro, me debruçando sobre a mesa.

-Não sabia... Mas você acabou de afirmar,darling. -Dei um tapa em minha própria testa. Como eu pude cair em uma armadilha tão velha como essa?