Boa Noite, Cinderela.

Só pode ser azar.


Estava nos braços de Noah quando acordei, ele ainda dormia e seu rosto estava tão perfeito e sereno que acordá-lo parecia ser pecado.

– Noah, acorde. -sussurrei depois de um tempo-.

Ele abriu os olhos vagarosamente e sorriu ao me ver.

– Bom dia, Noh.

– Bom dia, princesa.- Ele falou com sua voz rouca da manhã-.

Ele me puxou pra mais perto e começou a acariciar meu cabelo.

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– É tão bom te ter em meus braços novamente.

Me virei pra ele e o beijei.

– É que... Você me tem tão facilmente - sussurrei e me arrumei em seus braços novamente -.

E ficamos assim, por longos minutos. Os dedos dele deslizavam pelo meu cabelo provocando arrepios, podia sentir o calor de sua pele na minha e então percebi o quanto sou grata por ter ele.

– Acho que é melhor descermos para tomar café. - ele falou-.

– Ok.

Ele pegou minha mão e me levou até a cozinha.

– Bom dia meus amores. - Juliet disse-.

– Bom dia. -respondemos juntos-.

– Leah, já tem notícias dos seus pais?

– Ainda não, Juliet. - respondi verificando em meu celular se tinha alguma coisa-.

– Você dormiu sozinha em casa?

– Na verdade, ela dormiu aqui. - Noah disse, antes que eu pudesse pensar na resposta-.
Juliet se virou para ele.

– Sério? Não ouvi você entrando no meu quarto pra pegar colchão, ela dormiu no sofá?

– Na verdade .. ela dormiu na minha cama.

Juliet quase cuspiu o café que estava tomando. Olho pro Noah - que estava somente de cueca - e depois olhou pra mim, incrédula.

– Queridos, escultem..

– Mãe, mãe, mãe, mãe, mãe - Noah interrompeu ela - Não queremos um sermão de uma hora sobre sexo. Não fizemos nada de errado.

– Sério?

– Infelizmente. - ele respondeu sorrindo-.

– Noah! - ela gritou-.

– Só estou brincando.

Ela o olhou com os olhos semicerrados, mas depois sorriu.

– Anda garoto, vá colocar uma roupa.

– Não quero.

– Temos uma garota em casa, seja decente.

Ele revirou os olhos e me puxou pra varanda. Sentei no chão e ele deitou no meu colo.

– Então, quando você ia me contar que tinha uma irmã?

– Meia-irmã.

– Tanto faz.

– Antes do meu pai casar com minha mãe ele teve Elizabeth. Eu não vejo ela com muita frequência, quando - ele suspirou- eu fui embora, ela estava passando um tempo com meu avô. E eu convenci ela a me ajudar a recuperar você.

– Ah, entendi.

Meu celular começou a vibrar, peguei rápido com esperanças de ser meus pais.

– Alô?

– Ah, oi, Giulia.

– Nossa, que animação hein.

– Desculpa, pensei que fosse meus pais.

– Ainda não tem noticias deles?

– Não.

– Aonde você está? Liguei pra sua casa, e ninguém atende.

– Não estou em casa.

– Aonde você está?

Suspirei fundo.

– Estou na casa do Noah.

– Oque?

– Giu, é uma longa história. Podemos nos encontrar?

– Claro, porque quero que me explique essa história direitinho.

– Ok, shopping daqui quinze minutos?

– Ok. Tchau, beijos.

– Beijos.

Olhei para Noah, que agora me observava.

– Acho melhor você se vestir porque estamos indo pro shopping.

Ele deu um sorriso torto e depois beijou minha testa, se levanto e entrou. Fiquei um tempo sentada e decidi ir pra casa trocar de roupa, avisei Juliet e fui. Alguns minutos depois já estava pronta e Noah me esperava em frente sua casa.

Fomos caminhando até o shopping, e Giulia estava em frente a entrada principal.

– Oi Lê. - ela falou ao me abraçar-.

– Oque ele faz aqui? - falou quando viu Noah.

– Oi pra você também Giulia.

Ela revirou os olhos.

– Então, vamos sentar? - falei-.

Entramos no shopping e escolhemos um lugar pra sentar.

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– Quero saber de tudo, pode começar a contar. - Giu falou-.

Contei tudo a ela sobre Benjamin e Noah.

– Entendi. - Ela falou depois de pensar um pouco sobre o que eu tinha falado.

– E então, você vai voltar a falar comigo um dia ou ...

– Vou pensar seriamente no seu caso. - ela disse interrompendo - Eu sei que é o melhor amigo do meu namorado e que ele já te perdoou por ter ido embora, assim como minha melhor amiga. Mas se você só pensar em magoá-la de novo vai se arrepender.

– Vou aceitar isso como um sim. - ele sorriu e deu um beijo na minha testa.

Giulia revirou os olhos novamente.

– Vamos ficar por aqui e almoçar? - Noah falou-.

– Sim. Vou ligar pro Andrew vir também. - Giulia disse-.

Depois de alguns minutos Andrew apareceu. Almoçamos e fomos todos para minha casa. Escolhemos um filme e fomos todos assistir.

Meu celular começou a tocar. Era meu pai.

– Alô?

– Oi pai.

– Oi filha.

– E então? Como está a mamãe?

Ela está ótima, está se recuperando.

– E meu irmãozinho?

– Então .. - meu pai começou a chorar - Ele nasceu com um grave problema no pulmão e está respirando com ajuda de aparelhos. O médico disse que talvez ele não consiga sobreviver.

Entrei em estado de choque.

– Filha?

– Estou aqui. Só estava tentando ... tentando compreender tudo isso.

– Preciso ir filha, sua mãe precisa de mim. Não sei ao certo que dia vamos pra casa mas, logo vou te buscar pra conhecer seu irmão.

– Ok.

– Tchau, te amo. Beijos.

– Pai, aguente firme. Vai dar tudo certo. Também te amo.

Desliguei o celular e sentei em minha cama.

Eu não podia acreditar, estava perdendo outro irmão.