A Última Black

O pedido de Lupin.


Depois de se certificar que todos haviam ido dormir a Sra. Weasley apagou as luzes da casa e foi se deitar.

Horas depois acordou, preparou o café, trocou as bandagens de Samantha, acordou os meninos, se despediu do Sr. Weasley que tinha ido para o Ministério da Magia. Ela recebeu Tonks, que acabou entrando e tropeçando em um cesto velho cheio de guarda-chuvas e velhas tranqueiras dos Black, e com isso acordou a Sra. Black. A essas alturas, até mesmo Rony já estava de pé, e Lupin havia chegado para o café.

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- Dia, Molly – falou Lupin.

- Bom dia, Remo – cumprimentou a Sra. Weasley com ânimos melhores do que o do dia anterior. – Sente-se. O Café está quase pronto.

Remo assentiu e se sentou à mesa, puxando o Profeta Diário.

- Bom dia, mãe. – falou Gina entrando na cozinha.

- Bom dia, Sra. Weasley. – falou Hermione logo após.

- Bom dia, meninas. Sentem, sentem. Os ovos ainda estão quentes. Vamos, comam.

- Bom dia, Lupin – disseram as meninas em coro.

Ele sorriu simpático para elas, mas Hermione não pode deixar de reparar nas olheiras extremamente marcantes no rosto precocemente envelhecido. Educadamente se voltou para o próprio prato e se concentrou em comer apenas. Dez minutos depois, Rony desceu de pijama, bocejando a cada dois minutos.

- Dia, mamãe – falou. A Sra. Weasley olhou desaprovadora, mas de um jeito carinhoso e serviu um prato com bacon e ovos e colocou na frente de Rony;

- Jorge, Fred! – gritou a Sra. Weasley no pé da escada – Desçam! O Café está pronto! – não havia passado dois segundos depois disso, quando se ouve um poop e os dois gêmeos apareceram, sorrindo triunfantes.

- Ai, santo Deus! Pra cozinha! Andem! – disse irada. Eles entraram apressados para não levar uns bons tapas da mãe que estava, obviamente, farta de eles usaram magia.

- Bom dia, maninha. – falou Fred.

- Olá, Hermione; radiante como sempre. – Hermione sorriu e Gina revirou os olhos.

- Ah, acho que você babou um pouquinho, Roniquinho – falou Fred indicando algo invisível no canto da boca de Rony; já Rony, avermelhou inteiramente e deu um tapa na mão de Fred.

Tonks tinha subido para dar uma olhada na menina Black e voltou parecendo mais pálida do que o normal. Sentou-se e quando Lupin abaixou o jornal para vê-la, eles trocaram um longo olhar cheio de significados.

- Bem... – começou uma Sra. Weasley preocupada – Como ela está?

- Péssima. – comentou Tonks triste; se serviu de ovos e chá e falou – No que você acha que ela se rolou, Molly?

- Bem... – a Sra. Weasley pegou várias panelas de cima do fogão e saiu em direção a pia. – Eu acho que, talvez, ela tenha caído em cima de Espinho-venenoso-do-Sul. Lógico, é apenas uma suposição. Mas... Os ferimentos aonde os espinhos perfuraram não querem se fechar. Parece ser um veneno extremamente raro.

- E é – falou Hermione, meio assustada – Só existe uma cura; uma poção Cicatrizante.

- Bom... Parece ser fácil a cura. – comentou Tonks, esperançosa.

Hermione balançou a cabeça rapidamente.

- Não – disse, entrando em pânico crescente. – Infelizmente, não é. Como a planta é originária de um país da América do Sul, Brasil, é de lá que vêm a cura. A não ser, é claro, que esses espinhos em que ela se feriu tenham uma flor brochada. Acho... acho que o professor Snape sabe como fazer.

- Aposto que sabe – comentou Lupin, distraído. – Bem, acho que vou falar com ele assim que o vir...

-Não – disse uma voz na porta da cozinha. – Eu falo.

- Bom dia, Sirius – disse Lupin, levantando os olhos cansados. – Não vimos que estava aí.

- É, certo. – falou Sirius seco. – Bem, eu falo com Snape.

- Sirius, er, acho – começou a Sra. Weasley, mas Tonks lançou um olhar urgente para ela, então ela se silenciou.

- Eu falo – repetiu Sirius.

- Hum, ok. Mas lembre-se que ela realmente precisa desse antídoto. – falou Lupin.

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- O quer dizer com isso? – perguntou Sirius furioso, mas Remo atirou o jornal à ele. Sirius franziu a testa e o pegou surpreso.

- O que é dessa vez? – perguntou curioso;

- Veja você mesmo – replicou Lupin.

Sirius virou o jornal e na capa havia um casa, típica londrina, verde-limão e em chamas, acima a Marca Negra; as chamas ondulavam na foto e a manchete dizia:

“CASAL DE AURORES SÃO ATACADOS: QUEM ESTARÁ SEGURO?”

- Mas que diabos...?

- Apenas leia. – sugeriu Lupin.

“Ontem à noite, em Mayfair, o casal de aurores aposentados, Celina e Kraum Renly”(51 e 55) foram atacados por Comensais da Morte e logo depois mortos. Não se sabe bem ao certo o motivo do ataque brutal e nem o paradeiro da neta do casal, Samuella White (15). O casal de aurores resistiu até o último pelo que indica, e testemunhas disseram que ouviram sons de batalha vindos do bosque em frente a casa do casal. A Marca Negra ainda pairava nos céus quando o alto esquadrão de aurores apareceu.

“ Não sabemos nada sobre o paradeiro da menina e torcemos para que os Comensais não tenham a levado”, comentou o Primeiro-Ministro, Cornélio Fudge, “ além do mais, não há nada para temer... São apenas lunáticos atacando cidadões-bruxos sem motivos reais ou plausíveis. Como eu disse, nada há temer. Uma perda terrível devo dizer...” Mais informações na pág. 7.

- Fudge é idiota ou o quê? – perguntou Rony lendo a notícia ao lado de Hermione.

- Fudge está tentando negar o inegável. – falou Lupin. – O pior cego é aquele que não quer enxergar, não é mesmo?

- Eles nunca a acharam aqui, tenho certeza – falou Tonks.

- Mamãe? – chamou Gina – Quem é... Samuella White?

- Samuella White não existe, Gina – explicou Lupin, antes que a Sra. Weasley ralhasse com ela. – É um nome inventado por alguém do Profeta. Isso tem dedo de Dumbledore provavelmente. Não quer que saibam o nome verdadeiro da garota.

- E qual é? – perguntou Gina.

- Samantha... – começou Sirius.

- Sirius! – ralhou a Sra. Weasley.

- Samantha Black. – falou Lupin e Hermione ofegou – Ora, Molly! Quer que eles descubram com Orelhas Extensíveis esse tipo de coisa? – ele se defendeu ao ver o olhar furioso da Sra. Weasley.

- Bem... Conte, então. – a Sra. Weasley suspirou. – Pelo menos assim não ficam bisbilhotando por aí.

Lupin pediu a Tonks que ela contasse a história e ela o fez. Depois de terminada, ele explicou tudo. A relação entre Sam e Sirius. A história de Regulo e Samuella ( que era a mãe de Samantha). Até comentou sobre a tia desaparecida há mais de quinze anos da menina.

- Mas, agora, quero lhes pedir algo... Não espalhem isso em Hogwarts, e enquanto estiverem lá, chamem-a de Samantha White. Está certo?

- Ela vai para Hogwarts? – perguntou Hermione surpresa. – Isso é possível?

- Com Dumbledore do nosso lado várias coisas são possíveis, Hermione. – ele sorriu, gentil. – Mas, como disse, quero lhes pedir algo... Além do nome. Qualquer problema que der, qualquer coisa que saia fora de controle ou dos trilhos, relacionado a ela, me escrevam contando. É crucial saber. Entenderam?

As cinco cabeças – Rony, Hermione, Gina, Fred e Jorge, assentiram.

- Ótimo – disse aliviado. – Ah, sim, estão autorizados a contar a Harry é claro. – eles assentiram novamente. – Quer dizer... Vão precisar de toda a ajuda possível, não é mesmo? - O quer dizer? – perguntou Rony.

- Quer dizer que... não importa o quanto insistam em fazê-la seguir as regras, aconselham ou digam que é perigoso fazer tal coisa, ela nunca os ouvirá... Sempre se sentirá mais e mais tentada a fazer tal coisa...

- Por quê? – perguntou Gina, franzindo a testa.

-Porque... – Lupin lançou um olhar a Sirius – Bem, afinal de contas, ela é uma Black, não é mesmo?

Todos se viraram para Sirius, mas ele encarava o outro lado da cozinha, impedindo de ver sua expressão... Mas, apesar disso, Hermione podia jurar que as bochechas de Sirius estavam altas, como se ele estivesse sorrindo.