Just Close Your Eyes

Dia 2 - Trégua?


- Então Reyna, na verdade eu vim aqui porque eu precisava da sua ajuda. – pediu Leo, pondo em prática sua ideia.

Reyna pareceu cair de uma grande altura, despencando de uma concepção errada.

- E eu poderia saber para quê? – ela perguntou altiva.

- Eu gosto de uma garota. E ela é um pouco parecida com você. Na verdade bem parecida. – ele admitiu.

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- Parecida como? – ela perguntou interessada no assunto.

- Agressiva, irônica, irritante... bonita, inteligente. – ele enumerou, murmurando as duas últimas qualidades. Mas não de forma tão baixa, pois Reyna pôde ouvi-lo.

- É assim que você me vê?

- Sim. Mas retornando ao assunto, eu queria saber se você poderia me ajudar a conquista-la.

- Eu não poderia prever suas reações. Nós não poderíamos ser tão iguais. – ela antecipou.

- Com certeza não. Ela é um pouco mais amigável, mas em suma, vocês têm o mesmo gênio.

- Gostaria de conhecê-la, talvez seja uma garota legal.

- Deveras. Eu realmente gosto muito dela. Nós namoramos há um tempo, sabia? – ele falou.

- Como uma garota como eu poderia namorar um garoto como você? – ela riu-se da hipótese.

- Você não faz ideia de como as garotas piram em mim. Eu sou sexy, não vê? – ele brincou.

- Com certeza! – ela ironizou

- Sabia! Você também me acha irresistível. – ele retrucou.

- Você sabe o que é ironia? Ou seu cérebro é tão insignificante que não conhece? – ele respondeu.

- Óbvio que sei. Ironia é aquilo que você usa para mascarar seus sentimentos por mim. – ele falou calma e placidamente.

- Idiota.

- Vai me ajudar ou não?

- Tudo bem. – ela se deu por vencida.

- Temos uma trégua? – ele perguntou.

- Pode ser. Mas nossa trégua se limita ao que eu te ajude e você larga do meu pé. Está de acordo?

- Você ainda vai mudar de ideia. Um dia vai gostar de mim.

- Convença-me. E além disso, no dia em que isso acontecer, acredite, eu estarei louca.

“Então ela era louca, porque até me namorou...” Leo pensou, rindo mentalmente.

- Por onde começamos? – ela perguntou.

- O que você gostaria de ganhar de presente? – ele perguntou, tirando do cinto um bloco e uma caneta.

- Um cordão. Algo que me marcasse e me fizesse lembrar do garoto. – ela respondeu. – Eu sei, soa clichê, mas eu gosto.

- Não é clichê. Eu sei que por dentro você é uma romântica assumida.

- Nunca! Esse pensamento me faz vomitar!

- Deixe de ser chata! Todas as garotas são românticas.

- Mas ao contrário delas, eu não sonho com um príncipe que chegue num cavalo branco. Isso é tão... Sei lá. Sem personalidade. Um bando de sem-caráter sonhando com o que a Disney impõem. – ela explicou.

“E cada dia eu me apaixono mais por essa garota...” ele pensou.

- É, você tem personalidade. Eu gosto disso.

Reyna corou mesmo sem querer.

- Próxima pergunta. – ela pediu.

- Pra onde você iria no seu primeiro encontro?

- Cinema. É estranho, mas é como se isso me trouxesse boas lembranças. Em especial um filme infantil. Carros eu acho. – ela falou pensativa.

Leo não pôde evitar e abriu um sorriso.

- Próxima. – ela falou.

- Uma qualidade que você admira?

- Bom humor. – ela respondeu de imediato. – Quer dizer, eu não sou o tipo de pessoa que sorri para tudo.

- Detalhe imperceptível esse. – ele ironizou.

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Reyna fez uma careta e voltou a sorrir.

- Próxima?

- Um animal? – ele perguntou.

- Coelhos! – ela se empolgou. – Ou hamsters. São animais tão fofos!

- E depois você diz que não é romântica.

- Sou apenas um ser humano, Valdez.

- Tudo bem. Uma música?

- Que tipo de perguntas são essas?

- Questões muito relevantes.

- É, mas a garota definitivamente não pode ser igual a mim.

- Sim, mas tem o gosto parecido. Pode por favor, me ajudar?

- Leo, por que simplesmente não pergunta tudo isso a ela?

- Por quê ela desconfiaria que eu gosto dela.

- Vocês já namoraram? – ela perguntou.

- Sim.

- Então por quê Júpiter está me perguntando tudo isso? – ela o questionou, alterada.

- Porque eu pensava que a conhecia totalmente. – ele respondeu taciturno.

- O que disse? – ela perguntou.

- Não é nada.

- Por quê terminaram?

- Uma longa história. – ele tentou sorrir.

- Que eu tenho todo o tempo do mundo para ouvir. – ela falou compreensiva.

- Tudo bem. – ele falou, ajeitando-se no chão e pigarreando. – Nós nos conhecemos meio por acaso. Ela me achou completamente irritante e prepotente. Mas eu tenho uma culpa nisso. Eu meio que forcei a barra. Exagerei na implicância. Então nós brigamos pela primeira vez. Ela disse que eu era um inútil. Um idiota que só sabia brincar e sorrir,e não fazia nada além de estragar tudo. Eu realmente fiquei triste, porque ela não sabia o quanto era difícil sorrir certas horas.

- Eu sinto muito.

- Não sinta. – ele falou. – Então, na mesma noite, um baile aconteceu. Eu a tirei para dançar e nós pela primeira vez, não nos matamos. Quer dizer, nos implicamos um pouco mais foi tudo nos conformes. Depois eu a beijei e ela surtou.

Reyna riu.

- Foi realmente engraçado. O baile todo parou e acredito que ela tenha ficado completamente vermelha. Depois nós acabamos nos entendendo e ela aceitou que me amava.

- Prepotente...

- Shiu! Certo dia, eu a levei a um parque de diversões. E um garoto de qual eu só conhecia começou a falar algo sobre uma aposta. Ela entendeu errado e fugiu. E nós não nos falamos mais.

- Desculpe. Eu não devia ter perguntado nada.

- Não há problema, um dia eu deveria te falar dela. Eu fui um idiota. Se ela confiasse totalmente em mim, talvez nada disso tivesse acontecido.

- Nada disso o quê?

- Nada. Apenas esqueça. – ele pediu. – Ela era uma garota incrível, sabe? Por fora era totalmente fria e um pouco malvada. Mas quando eu a conheci melhor, eu descobri que era apenas medo. Medo de não ser amada.

- Mas as vezes, o medo nos leva a ser diferente do que realmente somos.

- Qual é o seu medo?

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Gostaram da fic? A primeira ficou melhor, eu sei. Mas findando essa, eu começo uma da foxface; Não do tipo que se vê por aí, uma em qua a nossa Cara de Raposa foi realmente treinada para ganhar. A verdadeira carreirista.

A todas as pessoas lindas que ligam para mim: Eu melhorei e segunda volto para a escola.

XOXO