Just Close Your Eyes

Dia 5 - Desafio parte 1


- Você se lembra?- Leo perguntou.

- Alguma coisa. Memórias soltas, como se tudo fosse um filme com cenas desordenadas. – ela respondeu.

- Eu me lembro de ter ido ao zoológico. E comer algodão doce. E então, te beijar enquanto discutíamos sobre meu talento com animais. E me lembro de ter dito que te amava. E só. Foi tudo verdade?

Leo sorriu.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Sim. Você só lembra disso?

‘ - Não sei, está tudo confuso. Eu te prometo que assim, que lembrar, vai ser o primeiro a saber. – ela brincou.

- Eu pretendia fazer muito mais coisas do que você lembra. Eu pretendia tornar aquela a melhor semana da sua vida. E então, você perdeu a memória.

‘ - Mas essa é a melhor semana da minha vida, apenas pelo fato de estar com você.

- Saiba que eu faria tudo de novo se fosse preciso. Te reconquistaria a cada dia da minha vida. Te faria se sentir linda e seria para sempre seu. Mesmo que você nunca se lembrasse de mim. E mesmo que apaguem sua memória vezes e vezes, eu te faria minha todas as vezes que pudesse. Como se fosse a primeira vez, te daria o primeiro beijo e diria eu te amo, mesmo sabendo que você se esqueceria no dia seguinte. Eu te amo.

- Eu também, estúpido. – ela respondeu, aproximando-se dele.

Estavam a menos de cinco centímetros. Reyna fechou os olhos. Quatro, três...

- Chegamos! Podem sair! – atrapalhou o motorista.

Leo bufou e Reyna riu do namorado.

- Motorista corta clima esse, né? – ele implicou, saindo do táxi.

Reyna sorriu.

- Vamos idiota.

- Senti saudade de seus apelidos carinhosos. – ele ironizou.

Reyna segurou a mão do garoto e atravessou a rua, caminhando em direção ao acampamento.

----------------------------xxx-----------------------------

- Boa noite. – falou Leo.

- Boa noite. – ela respondeu.

----------------------------xxx-----------------------------

Reyna dormiu. E como sempre, os sonhos voltaram, só que dessa vez, mais estranhos que o habitual.

“Reyna e Leo caminhavam pelo acampamento, conversando bobagens, diálogos simples, apenas para quebrar o gelo.

- Quer dizer que você nunca andou de bicicleta sem rodinhas e nunca acampou?

- Não Leo. Eu acho que já mencionei isso. Tudo bem, pode me chamar de sem-infância.

- Como eu sou um excelente namorado, acredite, eu vou te ensinar.

- Nossa! Como estou grata! – ela ironizou.

- Percebe-se isso pelo brilho dos seus olhos. Eu sei que acima de tudo você me ama.

- Você é um ignóbil.

- Eu te amo.

- Eu também.”

E então, o sonho mudou.

- Viu Belona, eles são uma graça juntos.

- Ainda não me convenceu.

- Depois de hoje, pode ter certeza de que vou te provar o quanto ele a ama.

- Tente.”

Então Reyna acordou, com a luz de uma lanterna indo diretamente na direção de seus olhos sensíveis.

- Acorda! Pronta para um curso de infância? – perguntou Leo, na maior disposição possível.

- Quer morrer?

- Você me dizia isso antigamente. E nunca me matou. O amor é maior, sabe?

- Já disse que te odeio?

- Já disse que entendo isso como uma metástase para comparar seu amor por mim?

- Leo.

- Sim?

- Metástase é um estágio do câncer. O certo é metáfora.

- Viu, até você admite que o ódio é uma metáfora para o amor.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Só nessa sua mente enfadonha.

- Na minha mente “enfadonha”, você é bem mais legal. E diz que me ama. E sabe andar de bicicleta e skate.

- Então você cai da cama e percebe que isso é um sonho.

- Com você? Seria um pesadelo.

- Você acabou de dizer que me ama.

- Mas eu mudei de ideia.

- Você não pode.

- Posso sim.

Reyna rolou os olhos. Leo era tão imprevisível.

- Vamos andar de skate? – perguntou.

- Isso é uma piada Leo? – ela ironizou.

- Não. – ele retrucou. – Se fosse, você estaria rindo.

- Leo, eu nunca rio das suas piadas.

- Como se lembra disso? – ele brincou.

- É meio óbvio, certo?

- Você é uma estraga prazeres. Vamos andar de skate?

- O que eu ganho com isso?

- Vamos fazer um desfio. Eu te desfio a andar de bicicleta e skate. E você me desafia a fazer alguma coisa.

- Te desafio a fazer um bolo. Com cobertura de chocolate.

- Isso é fácil para o Valdelícia aqui. – ele se vangloriou.

- Sua criatividade para personalidades é uma coisa impressionante. Você deveria visitar um psiquiatra, te ajudaria com esse transtorno bipolar. – ela ironizou.

- Isso é inveja.

- Não faz ideia de quanto eu queria ser você. – ela foi sarcástica.

- Todos querem. Eu sou uma pessoa extremamente endeusada. As pessoas cultuam a mim. Eu tenho até um fã clube!

Reyna o olhou incrédula.

- Eu estou podendo! Tem milhares de pessoas querendo ser a Srta. Valdez.

- Acredito. – ironizou, - Vamos, antes que eu mude de ideia e te interne num hospital psiquiátrico. Acho que você anda consumindo uma excessiva quantidade de açúcar, e por consequência, tem alucinações de coisas inexistentes.

- O seu amor por mim não é inexistente. Você apenas reluta em demonstrá-lo.

- Pretenda que eu use uma camisa com “Team Leo” bordado na frente?

- Não seria uma má ideia. Combinaria perfeitamente com as jaquetas personalizadas que eu fiz para nós dois.

- Você fez jaquetas personalizadas?

- Ainda não. A moça da estamparia me cobrou muito caro.

- Você é inacreditável.

- Não adianta enrolar. Você vai comigo nem que eu te leve no colo.

- Tudo bem. Me dê 10 minutos para eu me arrumar.

Leo sorriu e saiu do quarto da pretora, deixando-a sozinha.

- Hoje o dia promete. – ela murmurou, enquanto trocava de roupa.

----------------------------xxx-----------------------------

- Pronta? – Leo perguntou atrás da porta.

- Sim, já estou indo. – ela falou, girando a maçaneta e saindo do quarto.

- Pra quê tudo isso? Você vai andar de bicicleta, não escalar o monte Everest.

- Segurança acima de tudo. – ela argumentou.

- Segurança é diferente disso. Joelheira, cotoveleira, capacete, armadura, caneleira e sei lá o que é isso no seu pescoço. Quer colocar almofadas no chão para não cair?

- Não seria uma má ideia.

- Eu te asseguro que você não vai morrer. Confia em mim?

- Não.

- Autoestima lá em cima. Obrigada mesmo. – ele ironizou.

- Disponha. Onde pretende que eu ande de bicicleta?

- No meio das ruas. Para todo mundo ver sua desgraça.

- Você me ama, não é possível. – ela foi sarcástica.

- Sei disso. E acho que você não vai querer ser vista com essa bagaça que você chama de proteção. – ele falou apontando para a armadura em questão.

- Não, com certeza não. Criatura vil e maligna.

- Está se autodescrevendo.

- Você não se cansa?

- De que exatamente? – ele foi cínico.

- Implicar comigo.

- Acredite, nunca perde a graça.

___________________________________________________________

Leo fazendo bolo. Será que vai dar certo? Esperamos que sim.

Só que não. Because i'm bad.

Eu considerei a finalização do dia 4 aí, pra não fazer um micro capítulo. Eu estava com saudade do bom humor da Reyna.

Espero que tenham gostado, e, sejam gentis e façam como a minha gêmea: Recomendem a minha fic! Me deixa extremamente feliz.

XOXO