Capítulo 21 - Slipped Away

Frank estava em casa.

Dormiu o dia quase todo. De repente se lembrou de Geovanna, sentando na sua cama, que há pouco estava deitado.

- Geovanna! – ele levanta. Pega seu celular, tenta ligar, mas apenas cai na caixa-postal.

- Ela... não esta bem. Não esta! – essas foram suas ultimas palavras, antes de sair em disparada de casa, com a chave do seu carro na mão.

- Ei! – é esbarrado pelos seus irmãos, Bianca e Filipe. – Ta indo atrás da Geovanna de novo, meu lindo? Esqueceu o que temos hoje pra fazer? – pergunta Bianca, como se já soubesse o que estava rolando.

- Você é esperta. E não, eu não me esqueci.– ele diz passando de ambos, mas Filipe segura seu braço:

- Frank!

- To com pressa!

- Você esta enlouquecendo, só pode. – diz Filipe ainda o segurando.

- Porque?

- Você não esta vendo o que esta fazendo? Tudo é essa Geovanna, só se mete em furada! Já cansei de falar pra você parar de falar com essa garota! Deixa ela se virar! – responde Bianca, que o olhava de braços cruzados.

- O que você ta falando? ela é minha amiga, para de se intrometer.

- Amiga que pela qual você é apaixonado... ela definivamente não é pra você! – diz Filipe, dando um breve riso, e o soltando.

- Não se metam, já disse que ela é assunto meu e não de vocês.

- Ela não pode se misturar com a gente. – diz Bianca.

- Ela não ta se misturando com a ‘gente’ ela ta se misturando comigo, é diferente.

- Não é não, Frank, me desculpa. Tudo que lhe diz respeito, como qualquer umde nós, envolve toda a família.

Frank se afasta indo em direção ao carro.

- Ela vai acabar descobrindo tudo. – diz Filipe um pouco indiferente e despreocupado, olhando o ‘espaço’.

- Se ela descobrir, quero só ver o escândalo que ela vai fazer. Vai ser lindo o showsinho dela. – diz Bianca, mais atenta.

- Ela não vai saber. E mesmo se ela saber... ela não vai dar um show. Eu a conheço, e confio nela... de olhos fechados.– e entra no carro.

Enquanto isso, Stiven chega ao local combinado, ou melhor, o local no qual ele sabia onde tudo estava rolando, e onde provavelmente Geovanna estava.

Eles saem do carro, David estava totalmente amedrontado.

Era uma casa, antiga, tinha portões altos, antigos na frente, onde dava a um jardim, sujo e descuidado.

- E agora, cara? – pergunta Mike, também amedrontado.

- Eu vou lá.

- Você... vai arriscar a sua vida brother! – diz Derick, todos estavam atordoados, suas expressões fechadas.

- A minha irmã ta lá! Você sabe o que isso significa? – diz Stiven se aproximando do portão.

- Porra meu, esse lugar me traz fúnebres lembranças... – diz Reita, se aproximando junto.

- Fúnebres?? É... o, o que ta acontecendo, eim? Que lugar é esse? Quem ta com a Geovanna?? – pergunta David, boiando totalmente entre eles.

Eles estavam todos com estilos parecidos,lenços à mostra no bolso traseiro da calça,

calças jeans rasgadas, jaquetas de couro com rebites e mensagens escritas nas costas,

Derick e Mike estavam com coturnos, todos eles tinham piercings, Derick tinha alargador, e um piercing no nariz, Reita tinha na sombrancelha e na lingua e Mike tinha na sombrancelha, no nariz e na orelha, Stiven no lábio. Stiven e Reita estavam com tênis

converse, um deles costumava usar lápis nos olhos, e esse era Derick.

Por causa de todo esse estilo desleixado, David se sentia um pouco “excluido” já que não usava nada disso.

- Cara, cala a boca vai! – diz Mike sinicamente, tocando seu ombro.

- Meu, alias você não deveria nem ter vindo! – diz Reita olhando instantâneamente para David.

O portão estava aberto, Stiven o abre lentamente.

- Eu vou entrar sozinho. Alguém trouxe soco inglês? – pergunta Stiven, ele estava arrasado.

- Stiven, você não pode. – responde Derick.

- Olha, vamos lá gente, a união faz a força. A gente vai entrar contigo, cara devem ter vários caras ai, eles vão acabar com você!

- Eles devem estar armados. Não quero que aconteça nada com vocês também!

- Armados? Meu Deus! Com armas de verdade?? – pergunta David.

- A gente vai entrar contigo, Tiv! Não adianta! A gente não vai te largar irmão! – diz Mike, dando leves empurrões nele.

Stiven estava com olhos cheios d’água.

- Eu não sei o que vai acontecer! Eu não sei... como a Geovanna ta! Eu quero entrar lá imediatamente, mas... e se a Geovanna...

- NÃO! – grita Derick, - NÃO, SEU FRACOTE! A sua irmã ta bem, a gente vai entrar lá, vai negociar e depois já era!

- Eu não posso ter certeza!

- Stiven para, porra! – diz Reita. – Ela ta bem. Ela ta bem, caralho, vamos lá. Você vai ver.

- A minha mãe! – ele se lembra de repente dela. – Alguém, algum de vocês, fica aqui fora, e liga para a Sophia, pro... Frank seja quem for. Fala pra algum deles ficar lá em casa, e dizer pra minha mãe que ta tudo bem. – Stiven corre em direção a porta, Reita corre junto.

Mike, Derick e David ficam parados por um tempo, e Derick diz:

- Você, frangote! – diz empurrando David, e entregando seu celular pra ele:

- Liga pra... Sophia, eu tenho o numero dela, vê na lista telefonica. Diz pra ela ficar na casa da Nina, e quando a mãe dela chegar, inventa qualquer coisa, pra enrolar ela. Mas olha, não diz nada do que ta rolando de verdade, não fala nada, sacou?

- T... ta! – diz David, ainda amedrontado, pegando o celular.

Mike e Derick correm atras de Stiven e Reita.

David faz o que disseram, mas se perde, porque Sophia começa a ‘sonda-lo’. Mas ainda assim, Sophia garante fazer o que ele diz.

Os garotos já estão dentro da casa, se deparam com uma mesa cumprida, porém vazia.

Stiven estava quase desmoronando, quando aparece um cara.

- Olha! Não acredito, como você chegou rápido, Tiv pegador! – num tom de deboche.

- Cadê o Cloud? Eu só quero resolver isso logo.

- Calma. Eu já vou avisar, que... pelo visto, a visita foi mais do que a esperada. Eu sempre desconfiei que você era meio gay.

- Do que você ta falando??

- Você só anda com esses... punks ai. Os grandes conhecidos de toda essa porra de lugar. Os super conhecidos, idolatrados, todas as garotas querem. Além de sair, arrumando encrenca com todo o mundo, batendo nos muleques na rua. Eu quero que vocês se fodam também.

- Cala a boca cara, você já falou demais! – Drick não se aguenta e acaba soltando.

- Ah! – o cara fica olhando pra ele, com uma expressão de ‘to nem ai’. – Não, eu não ouvi isso. Eu não ouvi.

- Não, não liga pra ele, meu! – Stiven tenta acalmar.

- Eu acho que o chamado aqui, foi só o pegador. Mas ai veio a cambada toda. Isso é impressionante mesmo.

- Eu to querendo ver a minha irmã, cara. É só isso, deixa eu ver ela, depois eu faço qualquer coisa que vocês quiserem! – diz Stiven ancioso.

- Há! Qualquer coisa mesmo? – nessa hora entra mais um cara, que diz:

- O Cloud já esta vindo.

Nessa hora, os amigos se entreolham.