Secrets Of A Celebrity

Capítulo 5 - Sentimentos e emoções


There's still a little bit of your taste in my mouth
There's still a little bit of you laced with my doubt
It's still a little hard to say what's going on

Acordei ao som de Cannonball Little Mix. Sim, era meu celular tocando. Levantei apressada e comecei a procurá-lo, primeiro no criado mudo, depois entres as cobertas e depois, ainda na minha bolsa. Só depois de ele parar de tocar e começar a tocar novamente eu percebi que ele estava embaixo da minha cama. Olhei no visor e era uma chamada de Lipe.

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Ligação On

- Oi amor! Como ta as coisas por ai? perguntei enquanto me sentava.

- Oi! Então... é que, eu não sei como te dizer isso. ele falou todo enrolado.

- O que aconteceu? Me diz que não é nada sério. logo ouvi uma gargalhada.

- É que eles lançaram o trailer do filme ontem, e anteciparam em duas semanas o lançamento.

- Então ficaria pra daqui um mês?

- É. E como sua tia está? Já sabem que você está no Brasil?

- Eu ainda não fui vê-la, vou hoje. E sim, já sabem. Eles sabem até que eu estou na minha antiga casa. Como? - demos uma risada.

- Não faço a mínima idéia. ele falou alguma coisa com alguém, algo que eu não consegui entender você nem sabe o que a sua mãe preparou de almoço.

- O que? perguntei curiosa.

- Arroz e feijão. Comida típica daí. ele riu.

- Vou desligar. Pretendo correr um pouco e depois vou para o hospital. Beijos.

- Ok. Beijos, te amo.

- Eu também te amo. Tchau.

Ligação Off

Troquei de roupa e penteei meu cabelo, prendendo-o em um rabo bem alto. Peguei meu celular e meus fones de ouvido, desci e preparei uma torrada. Sai de casa, fui até o parque Marinha do Brasil e comecei a correr.

...

Já havia tirado o moletom há um bom tempinho, e resolvi que iria passar agora no hospital, assim mesmo.

Estava na entrada quando ouvi alguém me chamar. Me virei e era uma garotinha que vinha correndo em minha direção.

-Rebecca! Rebecca! Autografa? Por favor, eu te adoro muito. ela disse atropelando as palavras.

- Claro que autografo minha lindinha. sorri para ela e ela sorriu de volta.

Peguei o papel e a caneta. Devolvi a ela e ela me deu um abraço e foi embora. Virei-me e entrei no hospital. Na recepção perguntei o numero do quarto da minha tia. Procurei, procurei, e como sou muito boa em me perder, não achei. Passei no banheiro e encontrei com Mariana.

- Bom que eu te encontrei, já estava perdida. falei me olhando rapidamente no espelho.

- Como se perdeu? ela riu.

- Sou muito boa nessas coisas.

- Vamos que eu te mostro onde é. ela me puxou pela mão e saímos andando pelos corredores do hospital, até parar em frente a uma porta salmão claro.

Olhei o número do quarto para gravar bem. Quarto número 402, 4º andar. Abracei Mari e entrei no quarto. As paredes eram todas brancas, no centro do quarto, contra uma das paredes, estava a cama, logo atrás um sofá de dois lugares verde, acima do sofá uma janela aberta. Minha tia estava entretida olhando TV. Entrei e esperei ela notar minha presença, o que não demorou muito.

- Rebecca minha querida! ela sorriu fraco.

- Tia Carla! corri até sua cama e, com muito cuidado, lhe dei um abraço ta tudo bem com a senhora?

- Digamos que sim. E com você?

- Eu to bem tia.

- Quase não acreditei quando seu pai ligou avisando que você vinha me ver. ela disse com os olhos brilhando.

- Mas é óbvio que eu viria tia! Não iria poder ficar em Seattle sabendo que você está no hospital. ela sorriu.

Fiquei mais ou menos meia hora matando a saudade da minha tia. Depois de termos conversado bastante resolvi ir para casa tomar um banho e almoçar.

...

Estava terminando de almoçar quando a campainha tocou. Arrumei minha roupa e fui até a sala. Abri a porta e me deparei com aqueles olhos verdes me fitando. Depois de um bom tempo nos encarando ele resolveu falar:

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- Veio ao Brasil e nem avisou o antigo melhor amigo. ele sorriu. Seu sorriso ainda era perfeito.

- Desculpa, mas eu nem pensei nisso, só pensei na minha tia. Desculpa Caique. ele sorriu mais ainda ao ouvir seu nome.

- Eu sabia que era inesquecível. ele disse se gabando.

- HAHA. Entra ai garoto inesquecível. ri debochando dele.

Ele entrou e nos sentamos nos sofás. Ele ficou fitando o chão e eu olhava para todos os cantos da sala, menos para ele. Seu cabelo agora não estava mais em topete e sim caido, ele havia crescido bastante, e estava com um piercing no nariz. Depois de certo tempo em silêncio eu resolvi puxar assunto dessa vez.

- Então... o que andou fazendo nesse tempo todo?

- Nada de tão interessante como a senhorita. ele riu terminei o ensino médio e resolvi dar um tempo nos estudos, mas depois de dois anos resolvi fazer faculdade de direito. ele sorriu e você?

- Terminei o ensino médio, que lá é diferente, você sabe né? ele assentiu daí eu fiz faculdade de atuação, e depois comecei a apresentar um programa de televisão, e a alguns dias estava terminando de gravar meu primeiro filme.

- Sempre nerd e ocupada né? ele gargalhou.

- Isso não é um insulto pra mim. mostrei a língua pra ele o que quer fazer?

- Pra mim tanto faz. O que você quer fazer?

Comer! Vamos fazer misto-quente? perguntei puxando-o pra cozinha.

- Vamos.

...

- Eu adoro esse desenho! eu ri.

Estávamos olhando Bob Esponja fazia meia-hora. A cozinha estava uma bagunça. O que era pra ser um lanche virou uma guerra de comida seguida de dois idiotas comendo besteiras e tomando Pepsi. Eu estava sentada e Caique deitado em meu colo. Eu fazia carinho em seus cabelos. Como eu o adorava, como havia sentido falta dele.

- To com fome. ele se levantou e ficou me encarando.

- Mas nós comemos há pouco. Como você pode estar com fome?

- Não sei, só to com fome poxa!

- Ok, vai lá ver algo, se tiver sobrado algo. nós rimos e ele foi pra cozinha. Logo ele voltou com um pacote de Doritos.

- Só tem isso. Vai ter que comprar mais. ele riu e eu sorri.

- Não vai ser nenhum problema ser um certo Turner me acompanhar.

- Tudo bem. Logo nós vamos.

Ele comeu os Doritos e nós fomos ao mercado. Peguei queijo, presunto, requeijão, pão fatiado, leite, achocolatado, maçã e algumas latas de refrigerante. Caique resolveu que iria me ajudar e pegou alguns salgadinhos, cenouras e morangos, e duas barras de chocolates de gramado, que pra mim eram as melhores.

Voltamos para casa cheios de sacolas. Ele me ajudou a guardar as coisas e depois foi para sua casa. Eu arrumei a sala um pouco e fui para o hospital. Passei o restante da tarde ali.