Secrets Of A Celebrity

Capítulo 9 - This Kiss


Capitulo dedicado a Amanda Schwambach s2

Cheguei em casa e larguei a bolsa onde estava minha roupa da noite anterior. Joguei-me no sofá e fitei o teto durante um bom tempo, pensando em como tia Carla poderia estar. Resolvi olhar televisão. Liguei a TV a cabo e comecei a procurar algo interessante para ver. Parei para olhar um canal de clipes de musica. Tocava uma musica desconhecida por mim, mas boa, lenta e estilo meio pop.

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I went out last night
I'm going out tonight again

Assim que o novo toque do meu celular começou a tocar eu olhei o visor. Caique. Atendi.

Ligação On

- Oi Caique.

- Oi Beka! – ele falou animadamente – vem aqui em casa hoje?

- Acabei de chegar. Não sei se vou. – choraminguei.

- Você vem e ponto! Quer que eu te busque?

- Não, não. Eu vou de taxi, qual o endereço?

...

- Vamos fazer o que afinal? – perguntei vendo que Caique não movia um músculo sequer desde que eu cheguei.

- Absolutamente nada!

- Por que me chamo aqui então? – comecei a mexer no celular, entrando no Twitter mas logo saindo

- Pra me fazer companhia e pra ver se parava de ser chata depois de uma festa. – ele resmungou.

Ficamos em silêncio. Eu sentia vontade de matá-lo por ter me chamado de chata. Mas como eu não queria sujar mina ficha e nem ir para a prisão, me contentei em He dar um tapa no ombro.

- Ok. – fiz uma pausa, pensando – Vamos fazer pipoca e brigadeiro? Sinto falta de comer brigadeiro.

Fizemos brigadeiro e pegamos refrigerantes. Nos sentamos no quintal, atrás da casa na parte coberta já que ainda chuviscava.Comemos o brigadeiro ainda quente e por uma grande façanha eu não queimei a língua. Depois que terminamos de comer ele pegou algumas folhas de papel e disse que faríamos algo divertido.

- A regra é simples: eu digo um tema e você desenha algo relacionado e vice-versa. Pode ser?

- Pode. – sorri. Claro que ele iria desenhar melhor do que eu, ele era digamos... profissional.

...

- Não vale, o coração nem é assim na verdade. – ele protestava por eu ter desenhado um coração quando ele falou amor.

- Vale sim. Mas já que você é um garotinho muito teimoso eu faço essa rodada de novo de você – apontei para ele – também fazer.

Ele pegou uma folha e eu sorri.

- Não vale corações e nem comidas. – ele me olhou seriamente e eu assenti com a cabeça.

Começamos a desenhar. Eu tinha que me segurar para não rir. Nós parecíamos duas crianças pequenas numa tarde sem televisão e sem parquinho.

Ele terminou primeiro. Rabisquei alguns detalhes e pronto. Olhei para ele a minha frente e sorri, recebendo um sorriso de vota.

- No três nós levantamos, ok? – ele olhou para o desenho e depois para mim.

- Ok. – olhei rapidamente para a minha folha. Até que não estava tão mal pra quem não desenhava a um bom tempo.

- Um... – ele começou.

- Dois... – e continuei.

- Três! – falamos juntos e levantamos as folhas.

Olhei para o seu desenho, tão perfeito. Uma garota que parecia tímida. A sua roupa me era bem conhecida.

Caique me tirou dos meus devaneios.

- Por que a Torre Eiffel? – ele olhou para o meu desenho.

- Por que eu sempre adorei a Tore Eiffel, e todos os trabalhos do Mr. Eiffel. E além disso ela é conhecida por ser um ponto turístico muito romântico. Não é? – eu dei uma risadinha e ele concordou com a cabeça.

- É mesmo. Nem tinha me lembrado disso. – ele olhou para o seu desenho o colocou de lado – bem simples pra quem queria ser uma artista. – ele riu.

- Ei! Eu estava com pressa ok? – me fingi de brava, o que só fez ele rir mais ainda.

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- Digamos que eu aceito a desculpa esfarrapada que você deu. – ele riu mais um pouco.

- O que aconteceu com o “tu”? – fiz uma pausa, eu iria fazer drama - Não acredito! Você não tem orgulho de ser gaúcho. Que vergonha que eu tenho de você! – fiz uma voz de decepcionada e ele ficou sério.

- Não! Não é nada disso! Eu tenho muito orgulho e... – eu o cortei.

- Eu sei, só tava fazendo drama, bobo.

- Ah! Então tá. – ele sorriu.

- Mas me diz uma coisa. Quem é a garota do desenho? – ele olhou para o seu desenho e depois olhou em meus olhos.

- Não reconhece? Pensei que fosse óbvio. – neguei com a cabeça – é você – ele sussurrou.

Me senti idiota de ter perguntado aquilo. Como eu não havia me reconhecido? Reconhecido a roupa que eu usei no ultimo aniversário da mãe Caique que passei no Brasil? Mas além de tudo: eu demorei a perceber o que aquilo queria dizer, e quando percebi eu não soube o que dizer.

- Vou fazer pipoca. Vem junto? –ele se levantou.

- Vou. – sorri e prendi o meu cabelo em um coque antes de me levantar.

...

Colocamos o pacote no micro-ondas e esperamos as pipocas começarem a estourar. A qual é? Nós não iriamos fazer pipoca de panela.

Logo toda a cozinha cheirava á bacon. Pegamos o pacote e fomos para a sala. Colocamos Cartas para Julieta. O filme era realmente emocionante.

Quando estava na parte em que acontecia o primeiro beijo a TV apagou. Falta de luz. Justamente na melhor parte! Ficamos sentados encarando a tela preta.

- Ok. Não vai voltar tão cedo assim. Vamos fazer mais pipoca? – Caique.

- Por mim. – me levantei e fomos em direção à cozinha.

Você deve estar pensando: como eles vão fazer pipoca no micro-ondas se não tem luz? Pois é, nós vamos tentar por fogo na casa fazendo pipoca de panela. Tá, talvez eu esteja exagerando, mas enfim.

Procuramos, procuramos e procuramos. Nada de pipoca. Casa de homem solteiro é assim, só têm porcarias. Se bem que eu não posso falar muito disso, por que né. Depois de muito brigarmos decidimos que faríamos panquecas. E claro, como ia farinha tivemos que sujar muito a cozinha.

Terminamos as panquecas e mais da metade estava queimada. Deixar Caique cuidar dessa parte não foi uma boa ideia. Comemos rapidamente, já que tinha poucas. Depois o tédio nos dominou. Novamente. Peguei meu celular e comecei e jogar um jogo idiota. Caique se levantou e caminhou em direção ao quarto da bagunça, como ele chamava.

-O que você vai fazer agora? – eu já ia me levantar mas ele voltou com uma caixa de tinta guache.

- Nós vamos pintar os desenhos. Vem, vamos lá fora. – eu me levantei e fui até a mesinha de centro pegar as folhar e fui até a varanda de trás.

- Eu quero pintar os seus desenhos. Principalmente a casa abandonada. – me sentei ao seu lado e ele colocou as tintas em uma linha logo a nossa frente, deixando um espaço para as folhas.

Eu peguei a folha que ele havia desenhado uma casa abandonada, como as de filmes de terror e um pincel. Comecei a pintar as gramas com toda a calma. Quando eu coloquei meu pincel na água eu senti algo encostar-se à minha bochecha. Virei e vi que era o pincel de Caique. Ele começou a rir. Droga, agora tinha um risco azul na minha bochecha. Peguei meu pincel molhado e limpei em seu braço. Ele parou de rir e ficou sério.

- Quer guerra? É guerra que você vai ter. – ele molhou seu pincel na tinta vermelha e passou no meu nariz.

- Não! Agora você vai ver. – começamos a nos pintarmos e eu me levantei correndo até a caixa ondem tinha uma tinta preta.

Peguei a tinta molhei meus dedos com ela. Me virei pronta para atingi-lo mas acabei esbarando em seu corpo. Ele me olhou nos olhos e eu pude jurar que seus olhos estavam mais verdes. Acabei me perdendo naquele mar de verdes e senti suas mãos envolvendo minha cintura. Nos aproximamos mais e a cada movimento meu coração acelerava. Eu estava me sentindo num filme. Nossos lábios se tocaram levemente, nem se podendo chamar de selinho. Olhei em seus olhos e então me aproximei novamente. Dessa vez nossos lábios se juntaram em um selinho demorado. Ele pediu passagem e eu concedi sem pensar em mais nada. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente. Nossas línguas começaram a se enroscar uma na outra. Passei meus baços para a sua nuca. Eu poderia ficar naquele beijo para sempre. Mas então ouvi.

I went out last night
I'm going out tonight again

Anything to capture your attention (your attention)
And she's a real sweet girl
And you know I got a boy”

Meu celular estava de brincadeira. Me separei de Caique e corri para a sala. Olhei o visor e lá estava o nome dele. Filipe.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.