Across The Ocean

Prologue


Eu estava parado sozinho naquele mesmo parque, em frente aos apartamentos. Um parque trouxa comum, para onde Tia Hermione costumava nos levar quando éramos crianças porque ficava bem em frente a um prédio bruxo, sempre cheio de jovens.

Quem diria que um dia eu estaria morando ali. Que nós todos estaríamos morando ali, e fazendo nossos piqueniques no parque trouxa em frente. Mas não era hora para pensar nisso. Eu tinha que me focar no que iria fazer ali.

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Podia esperar mais alguns dias. Devia esperar mais alguns dias. Quando ganhássemos o campeonato de quadribol, ela estaria na torcida e viria correndo na minha direção, então a giraria e pegaria um microfone para pedi-la em casamento. É. Era um bom plano na teoria. Porque na prática eu nunca conseguiria fazer isso, em frente de todo o mundo. E em frente ao pai dela.

Começou a nevar quando eu abri a caixinha mais uma vez. Tinha que fazer isso agora. Como diz minha sempre positiva madrinha, também conhecida como Hermione, “sabe-se lá o que pode acontecer a mil metros de altura em cima de uma vassoura!”. O que eu sinceramente esperava que não acontecesse e eu continuasse vivo.

Lily tinha ajudado a escolher o anel, suspirando pela loja e quase levando a mim, um pobre jogador profissional e famoso de quadribol, a falência. Tudo bem, Dominique merecia. Ela era tão completamente perfeita e apaixonável... E era minha.

-James?- ela perguntou, e me virei para encara-la, ainda de longe. Estava linda, como sempre. Tinha neve nos cabelos loiros, meio escondidos atrás por uma boina rosa, e usava o típico casaco (N/A: tipo trench coat) roxo. –Eu saí correndo do trabalho... Parecia importante.

Certo, respire. Você é James Sirius Potter, cara. Você consegue.

-É importante. Digo, muito importante.

-Então fale. - exigiu, tirando um pouco da neve do casaco. - Anda logo- riu, balançando a cabeça. - Rápido, Potter, está nevando.

-Se eu fosse você, não ficaria brincando com esse sobrenome.

-Mas o que...?

-Shh. Poxa, Dominique, fica quieta só um pouquinho?- interrompo, enquanto ela ri e faz que sim.- Ótimo. Eu nem sei por onde começar, eu devia ter ensaiado alguma coisa e... Sem interrupções!

-Você é bem covarde para um grifinório. - comentou, na sua tentativa frustrada de ficar quieta. E riu de novo- Desculpe, pode falar.

-Eu amo isso. Amo o jeito como abaixa a cabeça quando sorri, eu amo o seu sorriso. Amo o tom que usa para dizer “Potter” quando está irritada. Amo o jeito que joga os cabelos. Eu amo como parece uma criança quando vê neve, e como ama chocolate. Amo o seu perfume de baunilha, amo as suas boinas. Amo o jeito que morde os lábios quando está envergonhada.

-Aonde quer chegar com tudo isso, James?

-Também amo como você pode ser lenta de vez em quando, e como fica fofa quando isso acontece. Eu só... amo você. A minha veela. Eu só quero passar o resto da minha vida ao seu lado, só quero que seus olhos sejam a primeira coisa que eu veja de manhã. Só quero garantir que seja para sempre minha- abri a caixinha, enquanto sorria ao observa-la colcoar a mão enluvada na boca aberta de surpresa.

-James, eu...

-Foi muito clichê?

-Eu...

-Ah, droga, foi muito horrível mesmo...

-Quer calar a boca?

-Também amo como perde a paciência rápido.- disse rindo e ela me encarou ameaçadora apesar de sorrir.

E mordeu os lábios.

-Isso foi... a coisa mais linda que alguém já fez para mim em toda minha vida. Eu não... não sei nem o que dizer, porque nada estaria a altura.

-Só diz sim.

-Oui! Une autre réponse?

-Hum, Domi, pode dizer em uma língua que eu entenda?

Ela bateu no meu braço e se jogou em cima de mim, passando os braços pelo meu pescoço:

-Sim em todas as línguas, seu chato. Meu chato preferido. E que eu amo demais.

E naquele momento, tudo valeu a pena e nada mais no mundo importava, a não ser nós e a neve que caia ao redor.

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Como diria minha irmãzinha, um digno beijo de cinema. Merlin, eu tenho que parar de conversar tanto com a Lily...