Pegamos tudo que era necessário para uma missão. Lanternas, comida, cabanas, cordas, etc.

Estávamos lá, eu e ele, arrumando as coisas para uma missão que eu sabia que voltariamos num caixão.

Eu estava arrumando minha mihila para ir, e teria que cruzar om Guilmer. Nós fizemos aquela besteira. Eu vou para um lado, ele também vai. Ele vai para um lado, eu também vou. Eu já fiz isso com o Max milhares de vezes, mas... Com o Guilmer não era engraçado.

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Quando finalmente onsegui passar, Guilmer "acidentalmente" passou a mão na minha bunda.

-Olha a mão boba, Guilmer!- eu gritei para ele.

-Desculpa- ele murmurou, envergonhado. Ele não deve ter resistido a minha bunda linda. Só que não.

Terminando de arrumar nossas mochilas, fomos andando pela floresta. Nós ficamos em silêncio. Duas razões:

1°: Se você falar muito no Mundo das Fadas, você pode morrer.

2°: Depois do desabafo de Guilmer, eu não estou muito afim de conversar com ele.

Estavamos andando em silêncio, mas um barulho quebrava ele. Era o cansaço de Guilmer. Ele estava ficando ofegante, suando litros, quando finalmente eu disse:

-Eu aho melhor pararmos um pouco. Você está muito... Cansado, não está?

-Tô. Muito. Eu não sou muito de andar...- falou Guilmer.

- Ok, vamos parar um pouco, e depois voltamos a andar.

Sentamos na árvore que estava a nossa esquerda. Era uma árvore grande, com mais ou me nos 15 metros de altura. Se minha vista estiver certa, tinham amoras na árvore. Eu escalei a árvore para tentar colher algumas.

Desci e ouvi algo que não gostaria de ter ouvido.

-Que bunda...- Guilmer murmurou.

Eu bati nele até ele ficar todo vermelhor.

- O QUE FOI? - gritou Guilmer- EU SÓ ESTOU FALANDO A VERDADE, MULHERZINHA FADA CHATA!

E eu voltei a bater nele novamente.

-Ai, tá bom, desculpa se eu te ofendi- disse Guilmer, com tom de impaciente.

- Só um aviso, se você quer conquistar uma menina, NUNCA diga "que bunda" na frente dela - falei para ele.

-Ok, sra. Professora De Como Conquistar Meninas.

Eu ri, e Guilmer começou a rir comigo.

Foi divertido aquilo. Guilmer era até que...engraçado, como pode se diser. Aquele "que bunda" me deu vontade de rir até a minha vida acabar.

Eu acho que estou gostando do Guilmer... Ai não, isso não pode. Eu estava começando a gostar do Max, agora do Guilmer! Puta que pariu, assim não dá!

-Donatella? Tudo bem com você?- Guilmer olhou para mim, preucupado.

Quando eu percebi, estava com um sorriso bobo na cara. Como daquelas meninas escrotas do seu planeta dão.

-Ah! Sim, claro, tudo ótimo- respondi olhando para os lados, como se alguém tivesse visto meu sorriso.

Guilmer deu um sorriso, e passou a mão nos seus fios de cabelos.

-Vamos?- eu perguntei para Guilmer, já me levantando para ir embora daquela árvore- Já está ficando tarde e...

Guilmer me puxou para baixo, e disse:

-Necas que vamos sair agora de noite. E correr perigo? Deuses que me livrem.

Dei um sorriso a ele, me encostei no seu ombro macio, e cai num sono profundo.