29. What To Do

P.O.V Freddie

Depois que tudo escureceu, eu não lembro o que houve. Só sei que acordei numa cama de hospital, e tinha algo sendo injetado na minha veia. E eu tinha um gosto ruim na boca. E meus lábios estavam ressecados. E eu estava exausto. Mal tinha acordado, quando ouvi algumas batidas na porta. Era Sam. E aos poucos, as coisas que aconteceram foram voltando à tona.

Sam bateu na minha porta, e nós conversamos. Ao final, ela me deu um CD, que disse que mostrava a gente no elevador. E eu sorri. E ela se foi. Logo em seguida, Carly e Gibby entraram no quarto.

- Está melhor? – Gibby perguntou.

Eu assenti vagarosamente.

- O que o médico disse a vocês? – perguntei.

- Que você ficou bêbada. E eles tiveram de fazer uma lavagem estomacal. – Carly afirmou.

- Ah, que ótimo. CARLY! – eu berrei, batendo na minha testa. – SPENCER! ELE DEVE ESTAR PREOCUPADO!

- Calma, já liguei para ele, então, está tudo bem. Ele vai vir para cá nos buscar. Expliquei o que você me contou.

- Certo. – foi o que eu disse, aliviado. – eu vou poder sair daqui hoje, não é? Me diga que eu não terei de dormir aqui.

- Bom, não sabem... – ela ia dizendo, quando o médico entrou no quarto.

- Samantha, você terá de passar mais alguns dias aqui, porque ainda tem álcool no seu organismo, e você ainda pode ter reações inesperadas. – ele falou, como se estivesse nos ouvindo atrás da porta.

- Então, Carly, você vai para a casa sozinha e...

- Não! Dr. Green, por favor, ela vai dormir na minha casa, eu tomo conta dela! – Carly implorou, mas o médico fez que não com a cabeça. Ela emburrou a cara. O Doutor verificou a minha pressão, e saiu, junto com Gibby, que foi buscar café. Devia ser pelo menos quatro horas da manhã.

Eu e ela nos encaramos por um tempo, até que ela cedeu, e riu, e fixou o chão, timidamente.

- HAHA! – eu disse. – Sabia! Você e ele fizeram...!

- Shhhhh! Quer um megafone? É, é, nós fizemos. Cara, foi tãaaao bom. Mas ai, eu recebi um telefonema, dizendo que uma certa mocinha estava em perigo, e todo o clima se foi. Mas eu não to nem ai, porque ele foi um fofo de emprestar o carro dele para trazer você para cá! – ela disse, botando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Vocês não estavam bêbados, estavam? – perguntei, arqueando uma sobrancelha.

- Não, de jeito nenhum. O efeito já havia passado, sim. Agora... Me fale... Você e o Freddie...?

- Não... A gente quase, só que eu desmaiei. E estraguei tudo.

- Vai ver não era para ser... Naquele momento. Tipo, sério, num elevador? – ela disse.

- É... A gente não aguentou mais... Estávamos nos segurando desde a festa, então, íamos no elevador, mesmo... Hehe... – eu falei, timidamente.

- Sabe, até que vocês formam um casal legal. – ela admitiu. – acho que vocês não tem nada a ver, mas... É como dizem, né, os opostos se atraem...

- Vocês também ficam bem bonitos juntos. – eu disse.

Alguns minutos depois Gibby voltou com o café e ele e Carly saíram, me deixando sozinho. Tentei dormir um pouco, mas não conseguia. A Sam não saia da minha cabeça.