Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....

Carlos Drummond de Andrade

Desde muito pequena como qualquer criança normal comecei a mostrar sinais de ter não apenas medo, mas sim pavor do escuro, da noite, tudo o que me impedisse de visualizar o que me rodeava.

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Minha mãe preocupada me levou a psicólogos, psiquiatra. Levou-me em todos os lugares imagináveis e inimagináveis.

Isso porque eu não tinha apenas medo do escuro, era pavor o que sentia, eu chorava, gritava e esperneava para não ficar no quarto com a luz apagada, ou apenas pelo simples acaso de começar a escurecer e ninguém acender a luz de casa era o suficiente para meus gritos e surtos começarem.

Nenhum psicólogo ou psiquiatra me detectou nada, eu era uma criança perfeitamente normal apenas com um medo terrivelmente excessivo do escuro.

Com o passar de alguns anos, algo ou alguém (ainda estou descobrindo quem ou o que ele é) entrou na minha casa, no meu quarto, na minha nublosa vida. Não posso dizer com precisão com que idade exatamente, mas provavelmente por volta dos meus seis anos foi quando tudo começou a acontecer.

E ainda hoje continua acontecendo inexplicavelmente.

Com uma única diferença, antes esse algo ou alguém me protegia e mimava quando estava aterrorizada. Hoje em dia ele me ama me compreende como mulher. Já não somos aqueles amigos de infância. Hoje ele é o homem da minha vida. Ele existe, eu sei que existe... Apenas não o consigo ver.

Como tudo isto realmente aconteceu?

Não sei, foi algo... Inexplicável, totalmente sem lógica.

Sou louca?

Não. Eu diria antes que sou uma louca apaixonada.

Mas venham, vou vos contar como tudo começou ate aqui.

Há desculpem a indelicadeza, esqueci-me de me apresentar.

Jun Hinday, prazer.

Continua....