Daphne, A Filha De?

Capítulo 1 - Estou sozinha e me compram


Era uma tarde fria, Daphne andou pela rua querendo saber as horas, mas tinha deixado seu relógio em casa com todas as outras coisas que ela considerou “fútil”; comida e dinheiro foram suas prioridades. Entretanto, até mesmo ela - uma doce menina de 14 anos- sabia que uma hora todo seu dinheiro ia acabar. Daphne precisava de um abrigo já que sua casa não mais lhe pertencia.

Caminhou ao último lugar que deveria procurar quando se é expulsa de casa; ou não. Virou a rua da rodoviária de Los Angeles e se deparou com uma mulher- vestida com panos curtos - tragando o cigarro enquanto mirava o vazio. Sentiu-se insegura, porém, manteve sua decisão.

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–Ah... -Daphne sussurrou- Com licença?

A mulher olhou-a de lado e tirou o cigarro da boca. Virou-se com um olhar intrigante.

– O que faz aqui criança? Está devendo dinheiro de drogas ou algo assim? Se for eu não me importo de pagar!- Ela disse um tanto quanto nervosa.

–Não eu... Fui expulsa de casa- E uma lágrima caiu de seu rosto.

–Mas o que uma menina como você fez pra isso acontecer?

–Pro meu pai, eu sou a culpada de minha mãe ter o deixado, pois logo após eu nascer ela me deixou na casa dele e disse que tinha mais o que fazer do que cuidar de uma menininha, por isso meu pai me odeia e... - Ela não aguentou, começou a chorar.

–Ei, pequena- A prostituta a abraçou- Não fique assim, eu vou te ajudar... Você é virgem? -Ela balançou a cabeça positivamente.

– Você tem rosto de criança, mas corpo de mulher. Acho que sua virgindade deve valer mais de mil...

Seus olhos se encheram de esperança, por outro lado o medo de se vender veio à tona... Ela não conseguia confiar em estranhos que a tratavam bem; normalmente ela tinha devaneios em que eles se transformavam em monstros e tentavam matá-la, mas aquela mulher não tinha o cheiro podre que esses devaneios tinham.

– Fique aqui, ok?

Havia um relógio onde a prostituta entrou, eram quase 5 horas. Não demorou muito pra ela voltar e logo chamou a menina para entrar no prédio. Ele era escuro e tinha muitas portas; então ela abriu uma que por dentro era totalmente colorida, cheia de lingeries de diversas cores e tamanhos.

–Bem vinda ao Puteiro mais famoso de LA, pequena. Eu serei sua chefe, somente 20% dos seus pagamentos virão para mim, eu trato dos negócios, e os homens adoram meninas que não tem “habilidades” ainda. - Ela olhou para fora e um menino com muletas entrou no local- Olha clientes! Talvez ele tenha dinheiro para te usar. Escolha sua lingerie, pequena com nome de?

–Daphne, meu nome é Daphne- Ela falou olhando as lingeries coloridas.

Ela decidiu escolher uma com um tom meio dourado com detalhes em rosa - as duas cores que ela mais gostava. A peça era linda, realmente linda. Até que a “chefe” resolveu voltar.

–Boas novas, pequena Daphne- Ela sorriu- Aquele senhor quer te levar; conhece um homem que deu o dinheiro para ele levar uma das minhas iniciantes para seu mestre, e como ele te viu de relance, exigiu que fosse você.

–E eu levo essa lingerie?- Ela sorriu meio acanhada.

– Ele é um ricaço, isso aqui é fiapo perto do que ele pode te dar .- Ela deu um beijinho em sua testa.

Daphne saiu nervosa da sala, e o homem, sorriu com um olhar satisfeito.

– Foi bom trabalhar com a senhorita, Mardge- o senhor manco falou.

–Cuide bem dela, ela acabou de chegar.

Ele saiu do prédio e Daphne notou uma mulher do lado de fora: magra, com longos cachos acastanhados, tão deslumbrante que poderia ser considerada ícone de beleza para os homens. Sorriu para aquele senhor que a “comprara” enquanto ele mostrou-se acanhado, até Daphne escutar a mulher dizendo.

–obrigada,Mark.