A Esperança - 1ª Temporada
Capítulo 5 - Prisioneira
Eu acordei sonolenta em uma sala do hospital. Abri os olhos devagar e uma enfermeira já estava lá com uma bandeja.
– Soldado Evendeen - disse ela com um sorriso. – Aqui está a sua comida e seus remédios. Indicamos que os tome! – anunciou. Eu olhei para a bandeja e depois para a enfermeira sem saber o que estava acontecendo.
Lembro-me de meus gritos, de Peeta vivo e uma vaga lembrança de como eu realmente fui parar aqui começou a se formar. Era para eu começar a gritar de novo, essa era a ideia que vinha a minha mente, mas por alguma razão me sentia calma e vazia, como se tivessem anestesiado as minhas emoções.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Obrigada!- eu disse me ajeitando na cama.
Olhei para o lado quando a enfermeira saiu e me deparei com Finnick Odair. Parecia que estávamos fadados a sermos companheiros de quarto no hospital. Desde os jogos já o encontrei aqui um bocado de vezes.
– Você também está ai?! – disse ironicamente.
– Cheguei logo depois de você – disse ele sem sentimento, mas entendendo a ironia.
– Por quê?
– Eles estavam tentando gravar um vídeo comigo, para que eu disse abertamente que estou do lado rebelde. Mas logo depois que foi passado meu vídeo, a capital respondeu, dizendo que Snow também tem vencederos do seu lado e Anni ... – a voz dele falhou.
Eu mastiguei devagar, pensando no que ele falou. O que eles estavam em dando deveria estar fazendo o efeito esperando, as palavras de Finnick não me fizeram nenhum efeito.
– Você acredita que eles realmente estão fazendo campanha para Snow? – perguntei por perguntar.
– Sim – respondeu, mas depois de piscar algumas vezes como se estivesse recuperando uma lembrança continuou. – Eles estão fazendo isso, mas por que devem estar sendo forçado, eu sei disso! Nenhum dos vencedores ficaria do lado dele por livre espontânea vontade.
– Eu sei! – confirmei o que já achava. Como Haymitch parecia ter esquecido isso?
– Anni estava tão calma e ao mesmo tempo tão perdida. Ela não conseguia parar de piscar e virar seus olhos como essa fosse a única maneira de demonstrar seu desespero – disse ele com dor na voz.
Eu queria dizer alguma coisa, perguntar por Peeta, dizer que eu o entendo e que estou preocupada também, mesmo que agora só estivesse sentindo um vazio, mas alguém me chamou.
– Catnip – disse Gale com a expressão ilegível, mas o tom era animador. – Pensei que não iria acordar mais.
– Há quanto tempo estou aqui? – perguntei confusa.
– Há uns três dias – respondeu Gale. Eu levantei uma sobrancelha duvidosa. – Todas as vezes que acordava só conseguia gritar.
Eu me lembrava de gritar varias vezes, mas parecia só ser em sonhos.
– O que você veio fazer aqui?
– Vim te ver! – disse Gale sem expressão. – Como está Finnick? – cumprimento, parecendo só perceber a presença dele agora.
– Estou melhor – respondeu se levantando da cama. – Por falar, já recebi alta.
– Eu também? – indaguei querendo sair de lá também.
– Ainda não Catnp! – respondeu Gale, agora serio.
– Bem estou indo...- anunciou Finnick saindo do quarto.
– O que quer me falar? - perguntei já sabendo que tinha algo.
– Vim falar das razões de que tem fazem permanecer aqui.
– Você é medico por acaso? – questionei.
– Não! Mas não acho justo você ficar aqui e me achei no direito de vim lhe dizer o quão fraca e estúpida você esta sendo!
Se eu não estivesse me sentindo tão indiferente a tudo eu o xingaria. Resolvi esperar ele terminar.
– Catnip, estamos em guerra. Estamos fazendo tudo o que sonhamos. Estamos finalmente podendo derrubar a capital e você seria a chave de tudo isso se parece com esse tipo de garota apaixonada.
Eu não sabia do que ele estava falando, então esperei de novo.
– Katniss – ele me chamou com aquele tom serio -, você esta parecendo sua mãe. Esta do jeito que você sempre odiou nela.
– Não estou fazendo isso – respondi calmamente.
– Está! – retrucou irritado. – Você pode estar sofrendo de amores...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não é amor Gale! – respondi começando a sentir um pouco de raiva. Ele estava me fazendo parecer idiota. – É divida! Eu tenho uma, não, mais varias dividas para pagar a Peeta. Ele salvou a minha vida! – gritei quando não tinha mais palavras para expressar o porquê a me sentir assim.
– Não grite, se não te farão dormir de novo! – disse Gale olhando por cima dos ombros, com a voz um tom a baixo.
– Então pare de me perturbar! – disse no mesmo tom dele.
– Já tive muita paciência com você!- disse ele frustrado. – Se você pudesse se ver....
– Eu não preciso de sua pena! – rebati.
– Não, acho que não! – ele concordou.
– Do que esta falando?- retruquei presunçosa. Se ele queria dizer que me abandonaria tudo bem, não precisava mesmo dele. Não precisava de ninguém.
– Que essa é minha ultima visita, por que pelo que parece você estará proibida de receber qualquer tipo de visita, até mesmo sair desse quarto se continuar com esse jeito.
Um ódio começou a voltar a passar por mim. Uma vontade de começar a gritar também, mas eu segurei.
– Vão me fazer de prisioneira, exatamente como Peeta quer fazer parecer que estou? – perguntei tentando não deixar transparecer o ódio que estava sentindo.
– Não, só Coin tentando um novo tratamento, já que você não parece querer ajudar também...
Isso foi demais para mim. Eu não estava aqui para obedecer a um novo Pres. Snow; não estava aqui para ser uma prisioneira. Não poderia ser verdade!
Eu joguei a bandeja para lado de Gale e fui direto atacar ele.
– Sai daqui! – gritava enquanto o estapeava. – E cale e a sua boca!
Mas não consegui fazer nenhum estrago com como eu queria, porque os enfermeiros já estavam lá me segurando e me enfiando agulhas.
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