Capítulo 26 - Resgate - 2 Parte

Ficamos nos encarando até Plutarco e para a minha supresa, Haymitch e Gale aparecerem no começo do corredor.

– Effie está presa aqui, Haymitch! – gritei para eles virem mais rápido.

– Como assim? – perguntou Haymitch com parecendo revoltado com isso. – Quem os prendeu aqui?

O outro guardo foi quem respondeu.

– Me mandaram prende-los. Eles são da capital e estavam roubando na cozinha.

Haymitch parecia realmente zangado.

– Eu não tive todo um trabalho para trazê-los, só para eles ficarem presos aqui. Solte os agora! – exigiu Haymitch.

O guarda foi soltá-lo, mas Boggs o impediu.

– Não podemos soltar prisioneiros sem a autorização da Presidente.

– Eu estou autorizando! – se responsabilizou Plutarco. – Os solte depois eu falo com Coin.

– Pelo que eu saiba você só é responsável pele tordo Plutarco.

– Não está ouvindo? Solte-os agora! – gritei impaciente e fui tentar pegar as chaves da mão do outro guarda.

Boggs me segurou.

– Solte-a! – mandou Gale segurando o braço do grandalhão, o que resoltou em uma cotovelada em seu nariz, que começou a sangrar.

Eu estava socando Boggs quando Haymitch me segurou.

Gale saia daqui e leve Katniss com você. Eu resolvo tudo! – pediu Plutarco.

Já estávamos no elevador quando Gale me soltou, pois eu ainda queria voltar.

– Oh, desculpe! – pedi prestando atenção no nariz sangrando de Gale. – Eu posso te ajudar? – perguntei me aproximando.

– Tudo bem Cat...- disse se afastando e pedindo o elevador.

– Não, me deixe ajuda-lo! – pedi.

–Não é necessário – disse ele meio foinho. – Daqui a pouco para de sangrar.

– Obrigada, então! – disse.

– Eu não poderia deixar ele te segurar daquele jeito sem fazer nada!

– Aquele cara é um estúpido. Quem ele pensa ser? – falei revoltada, depois franzi a testa ao entrarmos no elevador. – O que Effie e os outros estão fazendo aqui?

– Bem, quando nós fomos pegar os vitoriosos, Haymitch os pegou...

– Você foi com eles?

– Pediram voluntários. Coin não iria forçar ninguém a ir para essa missão quase suicida, então eu resolvi ir.

Eu fiquei sem fala. Gale tinha se arriscado tanto indo buscar Peeta! Por quê?

Por mim!

Eu não tinha ideia de como agradecê-lo, só balancei a cabeça positivamente e como ele tinha falado sem cobrar agradecimentos eu deixei essa passar.

– E ai, vocês trouxeram a minha equipe junto?!

– Isso!

– Bem –eu procurei uma forma de voltar ao assunto inicial -, então, eles não tinha o direito de prendê-los- reclamei.

–Para falar a verdade, eu nem sei por que você se preocupa – inquiriu ele. – Eles são da capital!

O elevador abriu.

– Eu sei! –respondi baixo, porque no corredor que estávamos tinha bastante gente passando. – Mas se eu tivesse que salvar alguém de lá, seriam eles. Por que eles se tornaram meus amigos e foram um grande apoio enquanto eu estive lá – tentei explicar meu lado.

– Eles só estavam fazendo o trabalho deles! – retrucou Gale inconformado.

– Não é a pura verdade – rebati. – Eles gostam de mim. Quase não pararam de chorar quando eu voltei para os jogos novamente.

– Tudo bem – Gale jogou os ombros. – Se você quer gostar de pessoas que estavam trabalhando para a sua morte, a escolha é sua! Eu vou ao meu dormitório.

– Espere! – pedi urgente. – Obrigada, realmente obrigada! – falai timidamente, mas tentando passar meus sentimentos nisso. – Vamos caçar amanhã? – ofereci sem jeito.

Gale ergueu uma sobrancelha para mim, o nariz ainda sangrando.

– Se você quiser e estiver disponível, é claro!

– Se essa é a sua maneira de me agradecer, fechado!