A Esperança - 1ª Temporada

Capítulo 22 - Louca apaixonada!


Eu tive mais um ataque quando me disseram que não poderia entrar na sala de exames com Peeta.

Eu estava agindo feito uma boba, mas eu não podia deixar de ter a sensação de que ao fechar os olhos tudo isso não passasse de um sonho... A sorte é que eu normalmente não tinha sonhos bons, o que me deixava um pouco mais segura de que tudo isso era real.

Só depois de muitos abraços, beijos e confirmações de que tudo estava bem eu o deixei ir.

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Eu e Haymitch estávamos sentados na pequena sala de espera e eu não estava me incomodado com a presença dele até ele começar com seus comentários:

- Então, posso ver que está mais feliz. Peeta pode pensar que você realmente esta apaixonada por ele – alertou.

- Pensei que ele estivesse morto por duas vezes – retruquei. Queria ignora-lo, mas isso era difícil para mim.

- Sim, foi uma sorte mesmo! – disse ele com aquele tom seco. – Eu disse a Coin e a Plutarco que era melhor que Peeta estivesse vivo, se não, adeus tordo!

- Nós tínhamos um acordo – expliquei. – Só seria o tordo se eles trouxessem Peeta.

- Eu sei! – admitiu Haymitch. – Estou feliz por isso também!

Que?Agora ele estava feliz?

- Porque, pelo que tudo indica, não perderia só o Peeta, se fosse ao contrario... – ele deu uma pausa e podia jurar que ele estava escondendo emoção ali. –Perderia você também!

Eu deveria ficar feliz por essa declaração?

Ele estava dizendo que não queria me perder.

O que eu poderia pensar ou dizer em relação a esses dois pontos?

Mas eu só conseguia pensar o quanto isso soava estúpido. Perderia-me por causa de Peeta? Como a morte dele poderia influenciar na minha morte? Isso não era lógico e nem confortável para mim.

- Eu só devia isso a ele! – respondi na defensiva, não querendo parecer fraca. – E você também deveria ter feito mais coisas para trazê-lo de volta – cuspi para ele.

- Então todos estavam certos? Tudo isso era só um plano para trazê-lo do volta? – questionou presunçosamente.

Eu fechei o tempo.

Era melhor eu não responder.

Eu não sabia o que responder!

Haymitch deu uma risada seca.

- Seja qual foram seus motivos, estou feliz que Peeta escolheu você para consolar! – comentou estupidamente.

Eu fiz uma careta.

Não falamos mais nada por um longo tempo. Eu queria ainda perguntar o que Haymitch sentia por tudo isso? Por que ele me culpava de agir do jeito que agi, caso ele me culpasse? E outros detalhes que eu devo ter perdido enquanto tentavam resgatar Peeta.

Silêncio.

A porta da sala onde Peeta estava se abriu e uma enfermeira saiu.

- Acho que vão precisar ir – avisou. – Peeta vai ficar aqui essa noite.

- Por quê? O que ele tem? – perguntei desesperada, me levantando.

- Ele está bem, mas a sua vista está um pouco embaçada e tem ouvido alguns zumbidos. Estamos lhe dando calmantes e esperamos que ele durma até a manhã a tarde – a enfermeira passou o laudo.

- Posso ficar com ele?

- Achamos melhor não! – respondeu a enfermeira se meias voltas. – Ele precisa de silencio e escuro total, para poder ter o desempenho esperado.

-Mas... – meu corpo começou a tremer e eu olhei para Haymitch procurando ajuda.

- Vamos lá Katniss, ele vai estar bem! – falou ele.

- Não! – um pequeno grito histérico saiu de minha boca.

- É melhor você não dar nenhum escândalo. Não faz mais sentido, Katniss. Ninguém vai entender.

- Mas eu...

- Ele está bem! – enfatizou Haymitch. – E, a menos que você queira parecer uma louca apaixonada, o que não faz seu tipo...

Mas eu não deixei com que ele terminasse de falar; deu um empurrão nele e sai correndo, só escutando a enfermeira falar que “eu poderia me despedir”.

Mas eu não voltei.

Não queria parecer uma “louca apaixonada!”.