A primeira coisa que ouvi ao acordar foram os gritos. Passos e mais passos, uma correria incomum acontecia ao lado de fora da minha casa. Não sou o tipo de pessoa que se importa com a euforia das pessoas a minha volta mas meu peito se encheu de raiva por ter sido acordada com aquela gritaria sem fim.

Meti minha cabeça para fora da janela e vi o que jamais pensei em ver aqui no Distrito Treze; pessoas, muitas pessoas correndo com facas e armas improvisadas. Todos pareciam tão iguais, mesmo que tão diferentes. Cabelos escuros, pele cor de oliva, magreza. Homens, mulheres, crianças, adultos, todos corriam desesperadamente. Alguns entraram em casas residenciais, mas a maioria parecia ir para o centro comercial.

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Alguém abriu a porta da minha casa em um estrondo e eu por reflexo apontei a antiga espingarda de meu avô para seja lá quem fosse.

- O que quer? – Eu pergunto à um garotinho mau encarado.

- Precisamos de comida. – Diz ele de forma apática.

- Quem é você?

- Nós viemos do Doze.