Coma...

NICOLE...


NICOLE.

Depois que o médico veio me dizer os resultados dos exames, Alice não ficava mas com o ‘’olhar de quem vê um estranho.’’

Não sei se era paranóia minha, mas eu até jurava que podia ver um esboço de sorriso nos lábios dela.

Eu não andava falando muito, muitas vezes ficava apenas a olhando, sem dizer nada.

Acariciava os cabelos dela, e ficava brincando com os seus dedos.

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Ela parecia não se importar, acho até que ela estava gostando.

Os exercícios que estavam fazendo para Alice falar eram intensivos e parecia que ela não gostava.

Deve ser por isso que toda vez que eles começavam com a sessão de exercícios, eu saia do quarto.

...

Se passaram os três dias.

...

É claro que eu queria que Alice falasse, mas estava calma, não ia chegar no hospital toda afobada esperando que ela comece a conversar mil coisas comigo, sabia que ela precisava de tempo

Ela sempre foi sossegada, demorada, não devia ser agora que ela seria a pessoa mais rápida do mundo.

_Oi bebê. - Eu disse

Ela me olhou. Parecia cansada.

Mas, é claro que estava cansada.

Alice só acordava depois das dez da manhã, ainda eram oito horas e eu já estava lá no hospital.

Comecei a alisar seus cabelos com o polegar, pra ver se ela dormia de novo.

Ela sempre dormia quando eu fazia isso.

_C-como é o se-seu nome?- Ela disse com a voz fraca.

_AHHHHHHHHHH – Eu levei um susto e cai pra trás.

Ela se assustou com o meu grito.

Tá, eu sei que era o previsto, mas eu achei que ela ia balbuciar uma palavrinha sem sentido, igual um bebê e não que ia falar uma frase inteira assim do nada.