Somebody that I Used To Know .
Still Into You.
Meus olhos ficam fixos no anel.
Eu simplesmente não... consigo respirar.
Sophie: eu... – não consigo falar, um nó vem crescendo na minha garganta.
Jon: se não estiver pronta, tudo bem, eu entendo. – ele fala meio que querendo se desculpar. – mas eu só acho que o namoro não basta mais pra mim, eu quero me vincular a você de todas as formas possíveis.
Sophie: é claro que eu aceito. – eu solto um sorriso inocente, com as mesmas poças d’água se formando no canto dos meus olhos. – é a coisa que eu mais quero desde que eu te conheci.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Jon: Oh querida. – ele sorri e me abraça. – eu estive esperando a tanto tempo por isso. – ele pega o anel e coloca no meu dedo trêmulo. – eu prometo que vou te fazer feliz todos os dias.
Sophie: só de ouvir sua voz todos os dias me faz feliz. – eu luto pra minha voz sair normal. Mas a emoção de ser pedida em casamento é tão... de outro mundo.
Jon: eu te amo. – ele se levanta e beija a minha testa. – pra sempre enquanto durar.
Sophie: pra sempre enquanto durar. – dou um sorriso amplo, iluminando o seu rosto e expressando a minha felicidade paranormal apenas de pensar que eu irei ter um “felizes para sempre”.
***
Xavier: obrigado por tudo, doutor. – eles apertam a mão um do outro. Minha mãe está atrás de mim pra empurrar a cadeira de rodas e meu pai e Carlos estão segurando minhas malas que contém algumas roupas minhas que utilizei durante esse tempo no hospital.
Porque finalmente, eu recebi alta.
...: por nada. Espero não vê-la por aqui em breve mocinha. – ele dá um sorriso e põe a mão no meu ombro.
Sophie: pode deixar. – retribuo com o sorriso. Agradeço a algumas enfermeiras por todo o suporte que elas me deram. – Manda um abraço e um beijo á Olie por mim, eu sou muito grata por tudo que ele me proporcionou. – dou ênfase no ‘tudo’.
...: O.K. Tchau. – ele cumprimenta meus pais e nos acompanha até o elevador.
No térreo, vamos logo em direção ao carro que está parado em frente a porta automática. Pego as minhas muletas e Kath me ajuda a entrar no carro.
Minha mãe e meu pai vão num outro carro juntamente com Megan e Xavier, por enquanto que Carlos, Kath, eu e Jon vamos noutro.
Carlos: finalmente hein? – ele pergunta, pra puxar assunto.
Sophie: nem me fale, só em pensar que eu vou poder fazer xixi sem tomar um susto com a borda gelada da bacia do hospital já me deixa feliz. – todos riem. – e principalmente agora que eu estou noiva...
Kath: yo! Isso merece uma comemoração! Party Hard. – eu nunca vi uma pessoa tão festeira como Kath, totalmente diferente de Carlos, cara... ou não. Tudo dela é festa. Eu ganhei um cachorro novo? Festa! Eu cortei meu cabelo? Festa! Me fudi toda num acidente de carro? Festa! Festa! Festa!
Sophie: quando eu puder me mexer direito, aí nos pensamos em festa tá? – solto uma risada abafada.
Carlos: felicidades ao casal então. Já tem data marcada?
Jon: cara, eu pedi ela em casamento ontem. Você não acha que eu mereço ter mais uns dias de liberdade não? – ele olha pra mim, ironizando o sermão que provavelmente eu iria lhe dar.
Sophie: haha – dou uma risada forçada. – eu ainda estou sobre os efeitos dos remédios do hospital, por isso não vou responder. – viro o rosto.
Jon: em casa nós conversamos. – ele diz num tom de... segundas intenções.
Carlos: HUMMMMMMMMM, SEI.
Jon: eu estou na seca... sem ninguém pra me esquentar de noite... sozinho... com aquela cama toda só pra mim... Bem, nesse fato até que não é tão ruim assim.
Sophie: ah, ótimo saber. – solto um suspiro de desaprovação.
Jon: mas eu sinto falta de ouvir você falando enquanto dorme. – dá de ombros.
Sophie: eu? Eu nunca falei dormindo pra sua informação. – bufo.
Jon: certo ,certo. Desculpe minha ignorância. – dá uma de ofendido. Eu mesmo ainda estando mais lesada que o normal devido aos efeitos de alguns remédios, sinto minha cabeça esquentar. Viro o rosto e volto a admirar a paisagem pela janela. – mas eu te amo mesmo assim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ele tira uma mão do volante colocando-a no meu queixo e virando meu rosto para encará-lo.
Sophie: eu também me amo. – lhe dou um selinho. – e volta a olhar pra estrada porque eu não quero sofrer outro acidente.
Carlos: então... Vamos ficar segurando vela aqui? – ele ri.
Kath: eu estou com fome. – olho pelo espelho lateral do carro e ela está alisando sua barriga.
Jon: aqueles chocolates já acabaram? – ele arregala os olhos.
Kath: meu filho, quando uma mulher está sangrando pela genitália, ela pode comer mais de 1 quilo em menos de 1 minuto.
Sophie: sangrando pela genitália? Essa é nova. – riu. – au.
Jon: o que foi? – ele me olha preocupado.
Sophie: eu não posso rir muito... dói um pouquinho.
Jon: então não ria. Vamos falar sobre política. – ele olha sério pra a estrada.
Ah meus deuses, como ele fica incrivelmente sensual quando fica sério. Assim não tem calcinha que fique seca.
Kath: Soph? – olho pra ela pelo retrovisor e ela tá com uma cara de tipo: “Hã?”
Sophie: Kath? – meu humor está voltando.
Kath: você ficou calada do nada... – ela cerra os olhos pra mim.
Sophie: apenas admirando o quanto que meu homem é lindo e incrivelmente sexy. – eu olho pra Jon e ele me olha surpreso.
Jon: sou? – ele levanta a sobrancelha.
Carlos: claro que é querido, quando eu ouvi sua voz eu tive um orgasmo múltiplo. – todos riem da péssima imitação de mulher de Carlos.
Jon: eu tenho esse poder. – ele enche o peito orgulhoso de si mesmo.
Bufo e continuo observando a vista, vendo a cidade de onde eu sai a cerca de 5 meses, que praticamente não mudou nada. As pessoas, o clima, as árvores... Mas foi desse ‘nada’ que eu senti falta.
Chegando em frente a porta da minha casa, Carlos me ajuda a descer do carro enquanto Kath e Jon ajudam Megan e Xavier a carregar minhas coisas.
Carlos: com cuidado... – ele segura minha cintura pra que eu não escorregue na neve que se acumula em frente a minha casa. – e pronto.
Eu abro a porta e ascendo à luz.
Quase tenho um infarto perdendo 102082 batidas do meu coração.
Desirée: Surpresa!! – ela fala alto enquanto estoura um canudo de confetes e abre os braços pra me recepcionar.
Ai meu coração.
Sophie: ah meus deuses, Désirre! – eu vou ao seu encontro e a abraço apertado. – que saudades de você.
Afago seu cabelo com uma das mãos deixando a muleta cair no chão.
Désirre: oh querida, eu enlouqueci quando soube o que tinha acontecido. – ela fala com uma voz chorona.
Sophie: nunca mais no falamos. – acaricio seu rosto com pele de bebê. Observo que seu cabelo está num tom de castanho claro e estilo ‘joãozinho’. – o que você fez no seu cabelo?
Désirre: Eu estudo moda, você queria o quê? – rimos. Jon chega com duas malas na mão e abre um sorriso ao nos ver juntas.
Jon: gostou da surpresa? – ele vai subindo as escadas enquanto fala.
Sophie: obrigada! – eu falo um pouco mais alto pra que ele me escute.
Désirre: parabéns! – ela espera ele subir as escadas e sussurra pra mim.
Sophie: eu sei, não é incrível? – nisso Carlos e Kath chegam e Désirre dá um grito ao ver Kath.
Désirre: Santa periquita do bigode louro, é você Kath?! – ela dá um abraço apertado nela. – como você parece bem!
Kath: obrigada. – ela responde com um sorriso meio sem jeito.
Désirre: agora eu já sei o que tem te feito tão bem... – ela passa o olhar por Carlos e o observa dos pés a cabeça balançando a cabeça num sinal de aprovação.
É, Dési está de volta.
Kath: quando você volta mesmo? – eu quase me engasgo com a pergunta quando ela percebe que Dési está praticamente dissecando Carlos com o olhar.
Désirre: eu comprei um apartamento aqui perto. Eu vim pra ficar, haters. – eu acho que vi uma faísca sair entre as duas.
Jon: vamos beber alguma coisa? – ele desce as escadas em velocidade.
Megan: por favor. – ela revira os olhos pra Kath e Dési.
E nisso passamos o resto do dia.
Jon com o braço ao meu redor, Kath e Dési numa disputa de indiretas, Carlos falando com meus pais sobre qualquer coisa –já que tava boiando na conversa das duas – e Megan e Xavier no mundinho particular e perfeito deles.
Mais tarde, quando todos foram embora, finalmente pude me deitar no pequeno sofá do closet e relaxar, sem ter que ‘fazer sala’ pra ninguém da minha família.
Só eu e Jon.
Jon: cansada? – quando acaba colocar minhas roupas no cabido do guarda roupa, ele se deita do meu lado.
Sophie: não. Eu poderia correr uma maratona agora.
Jon: com essas muletas? só se fosse nas paraolimpíadas. – ele dá uma risadinha.
Sophie: aawn – eu me espreguiço. – acho que vou tomar banho.
Eu me levanto e pego uma toalha numa prateleira.
Jon: eu vou ficar arrumando algumas coisas aqui, qualquer coisa me chama.
Caminho até o banheiro e deixo a porta entreaberta. Vou tirando meu jeans e desabotoando a minha blusa. Entro no chuveiro e deixo a água quente acalmar meus nervos.
Fecho os olhos enquanto a água cai sobre minha cabeça e um filme de tudo que me aconteceu vem em mente.
Absolutamente, tudo.
Fico alguns minutos assim, deixando a água escorrer sobre mim e depois coloco uma pequena quantidade de shampoo de morango na minha mão.
Mas... quando eu vou levantar os braços pra colocar o líquido na minha cabeça, meus... braços não se levantam.
Sophie: Jon! – eu grito duas vezes pelo seu nome e segundos depois ele entra no banheiro.
Jon: oi. – ele aparece no portal da porta.
Sophie: você poderia me ajudar? Eu queria lavar meus cabelos... – eu demonstro que não consigo levantar meus braços.
Jon: tá. – ele vem até a área de banho e lava meus cabelos. Também peço pra que ele passe um pouco de sabão nas minhas costas e quando me enxaguo ele ajuda a me enxugar.
Como um pai dando banho na filha.
Ele me enrola na toalha e me leva até o quarto.
Sophie: obrigada. – lhe dou um selinho.
Jon: eu vou tomar banho também, volto já. – ele me devolve o curto beijo e se vai corredor afora.
Aproveito e visto um pijama de algodão, penteio meus cabelos e passo um pouco de perfume.
Deito-me na cama e tempos depois ele está deitado do meu lado.
Aninho-me em seus braços, minha perna entrelaçada na sua, minha boca em seu peito sentindo sua respiração.
Sophie: algum problema? Tá tão calado. – resolvo quebrar o silêncio crescente entre nós.
Jon: não. Eu só estou feliz por ter te conhecido. – eu o abraço mais apertado.
Conversamos mais um pouco. Sobre o que aconteceu quando eu estava ‘drogada’, de algumas preferências para o casamento...
Mas foi com sua última frase que eu me apeguei antes de ir dormir, sentindo o seu cheiro e seus dedos traçando caminhos alternativos entre meus cabelos.
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