Second Chance

Capítulo 35 - Planos e Implicâncias


Assim que Rebekah estava de volta à sala principal, pode avistar sentados no sofá, além do irmão mais novo, também Klaus e Elijah, que pareciam alheios ao que quer que fosse que os caçulas estavam planejando.

– Vai ter de pagar a conta irmã. Estou te esperando a quase três minutos completos! – diz Kol, com um sorriso vitorioso.

– Não acredito que você ficou monitorando o tempo. – ela resmunga, cruzando os braços. – Além do mais, seu cadarço está desamarrado, logo, você ainda não está pronto. O que significa que eu ganhei!

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– Desamarrado? – ele pergunta confuso, olhando para os próprios pés. E foi nesse instante que a loira correu até ele e desfez os laços, sem que ele tivesse sequer oportunidade de impedi-la. – Hey, isso é trapaça!

– E quem disse que eu me importo, bonitinho?

– Sua sacana! – Kol murmura, amarrando os cadarços mais uma vez para depois colocar-se de pé. – Parabéns Bekah, você venceu... Dessa vez!

– Conforme-se e admita logo que sou mais esperta que você irmãozinho... – diz a loira, encarando as próprias unhas pintadas de vermelho.

– NUN-QUI-NHA!

– Ok crianças – diz Elijah, encarando ambos com um sorriso divertido no rosto, - porque não param com as implicâncias e vão logo fazer o que estavam planejando?

– Porque seu irmão sabe ser irritante!

– Eu? EU? Tem certeza de que sou só eu??? – Kol pergunta, inconformado. – Até parece que não tem um espelho em seu quarto, não é Rebekah? Todos aqui sabem que a mais implicante da família é você!

– Certo, podem parar! – e dessa vez era Klaus que interrompia a discussão, impedindo a irmã de retrucar. – Saiam logo daqui, seus pestinhas! Era mais fácil lidar com vocês quando eram crianças, sabe? Era só colocar num galho alto de uma árvore qualquer e fazer de conta que os esquecíamos lá até que desmanchassem esses bicos. – ele continua seriamente, mas rindo horrores para si mesmo.

– Não era nenhum pouco engraçado Nik! – diz Rebekah, cruzando os braços.

– Pra vocês, provavelmente não. Mas para nós, por outro lado, podia ser hilário! – o loiro responde, caindo na gargalhada.

– Idiota! – a garota volta a resmungar, virando-se para sair. – Vamos Kol, não ganhamos pago para sermos trollados assim depois de tantos séculos!

– Aliás, onde pretendem ir? – Elijah questiona, vendo os irmãos pararem à porta.

– Ao Mystic Grill. – Kol responde. – Precisamos de um pouco diversão depois do que aconteceu nessa mansão, não acha? Aliás, por que não nos acompanham?

– Kol! – a loira esbraveja, dando um tapa no ombro dele.

– O que me diz Niklaus... Com paciência para brincar de babá? – o mais velho dos irmãos pergunta, sem conseguir conter uma risada.

– Bem, se é pra continuar pegando no nosso pé, podem esquecer o convite! – diz o mais novo, com uma expressão zangada.

– Hey, calminha aí! – Klaus responde. – Nos deem alguns minutos, ok? Prometo que faremos de conta que não os conhecemos, combinado?

– Perfeito! – diz Rebekah. – Estaremos esperando no carro. E dessa vez, eu dirijo!

***********

Ao ouvir o som da campainha, Bonnie dirigiu-se até a porta da frente, bufando contrariada assim que viu quem estava ali.

– Qual é a emergência? – Damon pergunta, recostado no batente da porta.

– Só pra constar, não fui a favor de chamá-lo. – a bruxa responde, de braços cruzados.

– E só pra constar, também não gosto de vir à casa de bruxas... – diz ele, com desdém. – Mas sem ofensas, lógico! Acho que não deixam esse odor de magia perversa por aí por vontade própria, não é?

– O que?

– Aliás – continua Damon, interrompendo a garota, - vai me convidar a entrar ou não? Tive um dia não muito bom, e não me sinto feliz tendo de permanecer de pé. – completa, fazendo cara de poucos amigos ao ver Elena se aproximando.

– Jamais convidaria você a entrar. Não confio nada, nada em você!

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– Ao menos esse sentimento é recíproco, bruxa. Jamais deixaria minha vida em suas mãos...

– Muito sensato! – diz ela, encarando-o seriamente. – Agora... será que poderia sair da frente da porta para que possamos sair? Vamos conversar na varanda.

– Claro senhoritas. – ele responde, fazendo uma mesura. – Perdoem a minha falta de modos.

– Está cheio de gracinhas hoje, não é? – Bonnie pergunta, sentando-se no banco que havia ali. – Isso tudo por que seu irmão terminou com a Elena?

– Se dependesse disso, eu deveria estar cravando minhas presinhas no pescoço de alguma donzela desavisada. Sabe, não sou muito adepto de ser usado em joguinhos infantis, como aconteceu mais cedo. – diz Damon, olhando diretamente para Elena e fazendo-a se encolher ao lado da amiga. – Meu bom humor é proveniente das várias doses de whisky que pude degustar essa tarde, na companhia do meu fiel escudeiro, o Sr. Saltzman...

– Damon, eu... – Elena começa, mas logo é interrompida por ele.

– Não quero suas explicações Elena. Guarde-as para quem possa se interessar... Ah, quase esqueci! Meu adorado irmãozinho também não vai querer ouvi-las.

– Ok, deixem pra discutir a relação quando estiverem sozinhos. – Bonnie intervém, tentando encerrar de vez as alfinetadas entre eles. – Damon... ainda está disposto a se livrar de Klaus?

– Disposição nunca me faltou. Só estou meio desprovido de “meios” nesse preciso momento!

– E como reagiria se eu lhe dissesse que descobrimos uma maneira de dar adeus à ameaça que aquele híbrido representa?

– Eu diria que estou nessa! – o rapaz responde, com um sorriso. – O que precisamos fazer?

– Primeiramente... invadir a mansão do Klaus! – Bonnie responde, vendo o sorriso no rosto dele desaparecer quase instantaneamente.

– Está brincando, não é?

– Tenho cara de quem está brincando, Damon?

– Infelizmente não. – ele responde, bufando derrotado.

– E então? Ainda está disposto a seguir em frente? – a bruxa questiona.

– O que tenho a perder, não é? – diz Damon, dando de ombros. – Quando agimos?

***********

Sophie encarou o rapaz à sua frente por alguns instantes, como se ele fosse algum tipo de assombração. Agora sabia o porquê de achá-lo familiar... Suas palavras ao cumprimentá-la não deixavam dúvidas. Mas o fato de ele estar de pé ali, vivo e sorridente a deixavam intrigada, afinal, ele deveria estar morto, não é? Ela vira o túmulo que levava o nome dele, ao menos. Ou teria imaginado coisas?

Tentando deixar aquelas questões de lado por hora, a garota balançou a cabeça, como que para espantar tudo aquilo, e voltou sua atenção a ele, respondendo num italiano tão perfeito quando o do próprio rapaz.

Scusate Alfredo, ma io non sono tua sorella. Mi chiamo Sophie! (Desculpe Alfredo, mas eu não sou sua irmã. Me chamo Sophie!)

– Então você sabe quem eu sou? – ele pergunta levemente surpreso, agora em inglês, mas ainda com um leve sotaque. – Interessante... Mas permita-me me apresentar formalmente. – continua, tomando uma das mãos da garota na sua. – Alfredo Salvatore! – diz ele, beijando a mão dela em seguida. – Molto piacere! E não se preocupe, sei que não é minha irmã Sofia. Os olhos entregam, sabe? Têm o mesmo tom dos olhos de meu irmão Giuseppe. Na verdade, eu só queria testar sua reação.

– Já ouvi muito isso... – a garota resmunga. – Bem, ao menos fui aprovada no seu teste?

– Digamos que eu não esperava que me reconhecesse. Diga-me Sophie... como sabe quem sou? Ou o que eu sou?

A garota continuou encarando Alfredo em silêncio, tentando decidir se ele merecia a verdade ou não. Afinal, do pouco que sabia sobre os irmãos Salvatore, Alfredo nunca fora um grande exemplo de pessoa confiável.

– Sabe... Seu silêncio é perturbador, assim como sua aparência. – diz Alfredo, ajeitando uma mecha de cabelo de Sophie atrás da orelha. – Sinto muita falta dela, sabe? Da minha irmã... Eu a amava, apesar de tudo. Daria tudo para que tivesse tido a chance de abraçá-la uma última vez.

– Sinto muito. – a garota responde, sinceramente.

– Eu também, ter de destratá-la era horrivel. – diz ele, com o olhar carregado de pesar. – Sofia era um encanto de menina, mesmo que fosse meio pavio curto em certas situações. Mas era necessário...

– Espere... como magoar alguém pode ser uma atitude necessária?

– Bem... eu respondo sua pergunta se responder a minha. Afinal, fui eu quem questionou primeiro, não é?

– Eu... hã...

– Vamos lá, Sophie. Conceda-me a honra de tomarmos um drinque juntos! Prometo que não vou morder. A menos que me peça... – diz Alfredo, com um sorriso que beirava a malícia, sussurrando a última frase.

– Não sei se é uma boa ideia. Além do mais, meus amigos estão me esperando.

– Eu adoraria conhecê-los! Por favor menina, temos uma ligação aqui, não percebe? Você é a cópia quase perfeita da minha irmãzinha, o que nos torna praticamente parentes!

– Sophie, está tudo bem? – Stefan questiona, parando atrás de Alfredo e olhando dele para a prima de maneira desconfiada.

No segundo seguinte, o rapaz loiro voltou-se na direção do recém chegado, encarando-o com uma expressão que misturava surpresa e incredulidade.

– Giuseppe? Mas... como?

************

A alguns metros dali, os Mikaelson acabavam de entrar no Mystic Grill, separando-se em duplas logo que passaram pelas portas do lugar. Rebekah e Kol dirigiram-se diretamente ao balcão do bar, enquanto Klaus e Elijah foram em busca de uma mesa.

Ao longe, Klaus pode avistar Caroline sozinha à uma mesa, olhando ansiosamente para a tela do celular de dez em dez segundos. Após perdir licença ao irmão, o rapaz se dirigiu até ela, parando ao seu lado e cumprimentando-a com um sorriso.

– Olá Caroline! Está com algum problema? Parece preocupada...

– Ah, oi! - a garota responde, levemente surpresa. – Nem te vi chegar. Está aí a muito tempo?

– Não, acabei de chegar com meus irmãos. Eles estão... por aí em algum lugar! Mas não respondeu minha pergunta. – diz ele, sentando-se no lugar vago à frente dela e roubando uma batatinha.

– Bem, Sophie foi ao toalete e estava demorando para voltar. Stefan foi procurá-la e, até o momento, nem sinal de nenhum deles. Quais as chances de algo ruim acontecer justamente aqui? – Caroline questiona, levemente histérica. – Olhe ao redor, o lugar está cheio! Alguém se atreveria a fazer algo contra eles? Aliás, o que houve ao Finn?

– Hey, uma pergunta de cada vez mocinha. Está me deixando tonto! – Klaus responde, aos risos. – Vamos por ordem, ok? Primeiro... aqui é Mystic Falls. Existem vampiros, lobisomens, híbridos e bruxas. Qualquer coisa pode acontecer. Segundo... Bastaria ter motivos muito fortes e um pouco de coragem, ou falta de amor à vida, para que alguém fizesse algo num lugar com tantas testemunhas. E por último, mas não menos importante... Finn saiu da cidade por uns tempos, até esfriar a cabeça.

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– Então o que mais pode estar os atrasando desse jeito? Acho que vou procurá-los... – diz ela, fazendo menção de se levantar, mas sendo impedida pelo toque da mão do híbrido em seu pulso.

– Sossegue aí garota, eles devem voltar logo. Podem ter encontrado algum conhecido, não é?

– Sophie não tem tantos amigos assim na cidade, Klaus. E Stefan, bem... ele também não, na verdade. Estranho... – Caroline comenta, fazendo uma breve pausa. – Quem ouve assim, pode achar que os Salvatore são meio antissociais, não?

– Eu diria que são seletivos, mas antissociais também é bastante válido. Escute... dê a eles mais um tempinho. Se não voltarem, ajudo você a procurá-los, o que me diz?

– Tudo bem, tudo bem... mas só mais dois minutos! Não estou com um pressentimento muito bom... Acho que podem estar com problemas, sabe?

– Pressentimentos são sensações que devem ser levadas à sério. – Klaus responde, mas dessa vez, sem sorrir. - Venha, vamos procurá-los!

*******

Damon acabara de estacionar o carro o mais próximo da Mansão Mikaelson que ele ousava chegar, e podia sentir a tensão dentro do veículo, pois Bonnie e Elena estavam ambas com a respiração suspensa.

– Tem certeza de que o lugar está vazio, bruxa?

– Tenho, eu poderia sentir se alguns deles estivesse aí. Não sou tão incompetente quanto você acredita, sabe? – Bonnie responde, sarcástica.

– Ok, ok... não está mais aqui quem crocitou! – ele responde, saindo do carro no segundo seguinte, vendo as garotas fazerem o mesmo. – E não tem nehum soldadinho do Klaus escondido por aí, não é?

– Se está apavorado demais para seguir em frente, pode ficar no carro, Damon. – a bruxa responde, caminhando em direção à masão.

– Eu não fico apavorado, garota. Só... cauteloso. Aliás, acho que Elena deveria ficar no carro, apenas por precaução. Não quero ter de caçar sei lá o que na mansão de um híbrido maluco, e ainda ter de me preocupar com a vida de uma menininha que pode tropeçar na escada, cair e morrer!

– Hey, eu não sou uma completa inútil, sabia? – Elena retruca, cruzando os braços e fazendo bico.

– Talvez não completa, mas meio inútil eu acho que sim... – diz ele, bufando frustado.

– Ok, quietos os dois. Vamos todos juntos, está bem? – diz Bonnie, erguendo as mãos num claro sinal para que eles parassem de discutir. – Se um de nós ficar aqui, ou outros não poderão permanecer tranquilos lá dentro, não é? Já vai ser bem complicado termos de nos separar.

– Certo, vou concordar com você. Dessa vez! – o vampiro resmunga, parando em frente às grandes portas da mansão. – Prontas ou não, aí vamos nós. – completa, forçando o trinco para que pudesse abri-las.

– Tem mesmo certeza de que é uma boa ideia, Bonnie? – Elena pergunta, dando um passo vacilante para dentro do imóvel.

– Confie em mim, ok? É a nossa melhor oportunidade.

– Tudo bem bruxa, estamos aqui, no conforto e calor acolhedor da sala principal do esconderijo do Klaus. – diz Damon, observando o fogo crepitar na lareira. – O que exatamente viemos procurar?