Second Chance

Capítulo 28 - Uma Nova Chance?


Stefan parou à entrada da Mansão Lockwood de braços dados com Sophie e Caroline, e cumprimentou a prefeita, que sorria convidando-os a entrar. Após dois passos, o rapaz sentiu a prima parar bruscamente ao seu lado, o que chamou sua atenção.

- O que houve? – ele pergunta baixinho, para não chamar a atenção dos outros convidados que estavam por perto.

- Stefan... são eles. – Sophie responde, olhando para um ponto à sua frente.

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- Eles quem? – Stefan questiona, acompanhando o olhar dela e, enfim, notando o que a fizera congelar no lugar – Rebekah?

- Gente... Do que vocês estão falando? – agora era a vez de Caroline perguntar, encarando-os com uma expressão confusa no rosto.

- Klaus trouxe companhia. – a garota responde, sem desviar o olhar – Elijah, Kol e Rebekah.

- E isso é um problema?

- Talvez! – responde Stefan – Mas só descobriremos com o tempo. Agora, vamos até a nossa mesa. – diz ele, conduzindo-as até o lugar reservado para eles.

************

Enquanto Elijah e Rebekah permaneciam em choque ao ver os primos Salvatore chegando à festa, Kol não pode conter um sorriso ao ver aquela garota olhando na direção deles, tão surpresa quanto ele próprio.

Sua surpresa só aumentou quando a ouviu dizendo seu nome, como se realmente fizesse ideia de quem ele era. E foi nesse momento que ele notou a cor de seus olhos, provando que a menina não era uma miragem, e muito menos a Sofia de seu passado tão distante.

- Parece que alguém deve algumas explicações... – diz Finn, trazendo os irmãos de volta ao presente.

- Quem é ela, Klaus? – Kol pergunta, fascinado, encarando o Híbrido.

- E por que não mencionou o fato de haver uma garota em Mystic Falls idêntica a Sofia? O que estava planejando ao nos deixar no escuro? – era a vez de Elijah perguntar, a voz fria, controlada e ameaçadora.

- E quanto ao Stefan? Por que não disse que ele estava aqui? – Rebekah questiona, encarando-o com as presas à mostra.

- Um de cada vez! – diz Klaus, calmamente – Primeiro: seu nome é Sophie Salvatore. Segundo: se eu tivesse dito que havia uma doppelgänger de sua noiva morta nessa cidade, você não acreditaria em mim e ameaçaria arrancar um de meus pulmões. E terceiro... Não lhe falei de Stefan, pois, atualmente, ele está comprometido, e eu queria evitar que despejasse sua fúria vampiresca e feminina sobre mim.

- E como ela sabe quem somos? – o mais novo pergunta, intrigado.

- Devo ter comentado alguma coisa... – o híbrido responde, dando de ombros.

- Comentado... Você a conhece? Já falou com ela? – era Elijah, desconfiado.

- Sim, já conversei com a Sophie. – Klaus responde, olhando na direção em que a garota havia seguido – Ela tentou me acertar com uma estaca na primeira vez que nos vimos.

- Ela o quê? – pergunta Rebekah, não acreditando nas palavras do irmão.

- E eu a teria matado se não tivesse notado a semelhança a tempo! – o híbrido continua, como se não tivesse sido interrompido – E no dia seguinte, levei-a até o local onde ficava nossa antiga vila, e contei um pouco sobre nossa vida lá.

- E a troco de quê você fez isso? – era Finn, que continuava sem entender.

- Queria alguém em quem pudesse confiar, eu acho. – ele confessa – Mas ela deixou claro que não seríamos amigos.

- Garota esperta! – diz a loira.

- E então trouxeram nosso amado pai de volta do mundo das sombras, e por azar, ele também notou a semelhança entre ela e Sofia. O que fez com que ele a torturasse, junto com os primos, e a usasse de isca para me trazer de volta à cidade.

- Mikael fez o quê? – pergunta Elijah, chocado – Mas... como ele poderia saber?

- A pintura que ficou no castelo de Torino deu a ele essa informação. Aquela que seria seu presente de casamento, irmão. Ele só precisou fazer algumas perguntas para descobrir de quem se tratava aquele desenho.

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- Mas se ele a torturou, como ela ainda está respirando? – era a vez de Kol perguntar. Ele sabia muito bem que Mikael não era bem do tipo que perdoava ou poupava alguém.

- Bem, eu não a deixaria nas mãos de nosso pai, certo? Nós a resgatamos.

- Nós quem? – pergunta Finn, que mesmo sem querer, estava curioso.

- Eu e Caroline, a vampira, e melhor amiga, que chegou com Stefan e Sophie. – Klaus responde, simplesmente.

- E nosso pai deixou isso barato? – o caçula pergunta.

- Não, ele veio atrás de mim. Aliás, mandou um garoto petulante fazer o serviço sujo. Mas, como podem ver, ainda estou vivo! – diz ele, com um sorriso.

- Sim, você está vivo e Mikael morto. – diz Elijah, seriamente – Como conseguiu isso?

- Tive ajuda, já disse! – o híbrido responde, dando de ombros.

- Nik... – começa Rebekah, já perdendo a paciência.

- Tudo bem, tudo bem! – diz ele, erguendo as mãos em sinal de rendição – Foi a Sophie quem cravou a estaca no coração do monstro.

- Sophie? Está mesmo falando sério? Ela é apenas uma... – começa Rebekah.

- Humana? – Klaus completa, encarando a irmã – Ela pode ser só uma humana, Bekah, mas não hesitou em destruir Mikael para vingar a própria família, mesmo que tenha desabado depois! Mas isso já era de se esperar, certo?

- Não deixa de ser um grande feito, não é? – diz Kol, admirado, espiando a garota disfarçadamente – Mas será que podemos tomar nossos lugares agora? Estou com fome! – completa, dirigindo-se ao grande salão de jantar.

***********

Após o discurso da prefeita Lockwood, o jantar foi servido. E por uma jogada do acaso, a mesa onde estavam Stefan, Sophie e Caroline ficava próxima o bastante da mesa dos Mikaelson para deixar o clima levemente tenso.

Enquanto Klaus e Finn jantavam sem se importar com a proximidade, Elijah, que estava sentado de modo a ficar de frente para Sophie, mantinha a expressão séria e insondável, a postura ereta e perfeita, os gestos comedidos, tentando não dar atenção à garota tão próxima a si.

Já Rebekah, por outro lado, não conseguia disfarçar o nervosismo por ter Stefan tão perto. Ainda lembrava com clareza dos momentos que passaram juntos há tantas décadas atrás, e em seu íntimo, torcia para que ele também recordasse daqueles dias... Dias em que ela pode se sentir minimamente importante para alguém.

O único feliz com a proximidade era Kol, que nem ao menos se preocupava em mascarar seu interesse crescente por Sophie. Olhava para ela a cada poucos segundos, como que para se certificar de que a menina era mesmo real. E em alguns momentos, tinha a felicidade de vê-la olhando na direção deles, mesmo que não fosse por mais do que frações de segundos, vendo o rosto dela tomar uma coloração rosada instantes depois.

Na outra mesa, Caroline encarava os amigos silenciosamente, esperando deles uma resposta para o comportamento um tanto estranho. Ambos olhavam furtivamente para a mesa onde os irmãos Originais estavam sentados, parecendo um tanto tímidos logo em seguida, quando voltavam a encarar os próprios pratos.

- Vão me dizer o que está acontecendo com vocês ou terei de chamar Klaus para compeli-los a me contar a verdade? – a vampira loira pergunta, aos cochichos.

- Não está acontecendo nada, Caroline. – responde Stefan, sem encará-la, dando de ombros.

- Nada? – diz ela, incrédula – Eu conheço você... Na verdade, conheço os dois muito bem! – continua, olhando para a garota à sua frente - Então, não venham me dizer que não há nada de errado, porque posso sentir a tensão no ar.

- Bem... eu... – o vampiro começa a se explicar.

- Stefan teve um affair com a irmã do Klaus nos anos 20! – diz Sophie, aos sussurros, interrompendo o primo.

- Sophie! – Stefan a repreende, indignado.

- Por essa eu não esperava! – diz Caroline, realmente surpresa – Agora entendo o porquê da tensão entre vocês... Mas, e você Sophie? Teve um affair com algum dos irmãos do Klaus, por acaso? – ela pergunta, aos risos – Se bem me lembro, quem fazia parte da “família” era a Sofia, e não você.

- Eu não sei explicar... Sabe a sensação de reencontrar alguém querido depois de muito tempo distante dessa pessoa? – a garota diz, com uma careta – É assim que me sinto com relação a... eles. Como se estivesse esperando tempo demais para revê-los. – completa, sem coragem de encará-los.

**********

Ao final do jantar, todos os convidados foram conduzidos ao jardim dos fundos da mansão, onde uma pista de dança havia sido montada, e onde os músicos contratados por Carol Lockwood já preenchiam o ar com o som de músicas tranquilas e suaves, o que dava ao momento um ar refinado.

Sophie voltava para o lugar onde estavam Stefan e Caroline logo após pegar uma taça de champanhe com um dos garçons, quando sentiu alguém tocando seu ombro levemente, o que a faz parar no mesmo instante e virar-se.

- Desculpe-me senhorita... – diz o rapaz, com um largo sorriso – Permita-me... – diz ele, tomando a mão livre de Sophie nas suas e depositando um beijo singelo – Sou Kol. Kol Mikaelson.

- Sophie Salvatore! – a garota responde, devolvendo-lhe o sorriso – Sabe... você é bem mais bonito ao vivo e à cores.

- Como? – ele pergunta, intrigado.

- Digamos que... eu já te vi antes. Num sonho. – diz Sophie, maldizendo-se mentalmente pela saia justa em que havia se metido.

- Num sonho? Interessante! Mas... Você não é meio jovem para bebidas alcoólicas? – o rapaz pergunta, acenando para a taça na mão dela.

- Talvez... E você não é meio velho pra não saber dar nó em gravata? – diz Sophie, provocando-o.

- Talvez... – ele responde, sorrindo – Mas saiba que foi proposital!

- Sei... vou fingir que acredito. Bem, se me der licença, tenho de voltar até meus amigos. – diz ela, dando-lhe as costas, mas sendo impedida por ele de dar mais um passo.

- Ei... – diz Kol, fazendo a garota encará-lo novamente – Não precisa fugir, sabe? – continua, voltando a sorrir – Será que... aceitaria dançar comigo?

- E por que não? – Sophie responde, bebendo o resto de champanhe em sua taça e entregando-a a um dos garçons que passava por ali.

**********

- Elijah, por favor! O que custa dançar comigo, hein? – diz Rebekah, fazendo um biquinho.

- Não estou com humor para uma dança... – ele responde, sério.

- Irmão... faça isso por sua irmãzinha favorita!

- Você é minha única irmã, Rebekah! – diz Elijah, encarando-a.

- Por isso mesmo. – diz ela, puxando-o pelo pulso até o centro da pista de dança – Aliás, por que essa tensão toda?

- Não é nada! – ele tenta desconversar.

- Elijah... Vamos, pode me dizer. Não farei julgamentos, prometo!

- É difícil vê-la e saber que não é a Sofia, entende? – ele responde, com um suspiro – É como se... fosse um tipo de tesouro que levou anos para ser descoberto, mas que permanece inalcançável. É a mesma coisa que colocar um copo d’água na frente de alguém sedento e não deixá-lo beber. – continua, sem olhá-la – Ela está ali, tão linda quanto posso me lembrar, mas não é a minha menina.

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- Entendo... Mas o que te impede de se aproximar dela e descobrir que tipo de garota ela é? – Rebekah pergunta, encarando os olhos escuros do irmão.

- Jurei amar Sofia para sempre, e tenho me mantido fiel a isso por mais de cinco séculos, Bekah. Não posso simplesmente quebrar minha promessa por uma garota que é parecida com ela. Não é... certo.

- Não precisa deixar de amá-la, irmão. – diz ela, tocando o rosto dele – Mas se privar de ser feliz não é a decisão mais acertada, não acha? Você, acima de todos nós, merece uma segunda chance. Por que não aproveitá-la?

- Porque não suportaria perdê-la outra vez.

**********

Kol levou Sophie para um dos extremos da pista de dança, fazendo-a rodopiar à sua frente antes de envolver a cintura da garota delicadamente, trazendo-a para mais perto de si. Permitiu-se mergulhar, por alguns breves segundos, no olhar daquela menina, e não pode conter um sorriso.

- Você é realmente encantadora, Sophie. Tanto quanto uma garota que conheci há algum tempo...

- Você a conheceu, não é? Sofia? – pergunta ela, vendo uma sombra de espanto nas feições do rapaz – Sim, eu sei sobre ela. Sei também que ela era praticamente da sua família. – diz Sophie, séria – Só espero que não esteja procurando aquela garota em mim Kol, do mesmo modo que seu irmão Klaus. Não quero ser a substituta de ninguém.

- Não, não quero encontrá-la em você. – ele responde, levando uma das mãos ao rosto dela – Fico feliz que as semelhanças sejam apenas físicas, na verdade. Eu jamais poderia ter aquela garota... Mas nada me impede de me aproximar de você. Se deixar, é claro.

- Eu... eu... – ela começa, com um pouco de dificuldade. A aproximação direta dele deixara-a meio tonta – Não sei se é... uma boa ideia, entende?

- E por que não seria? - Kol pergunta, aproximando seu rosto do dela – Eu nunca lhe faria mal Sophie.

- Por mais estranho que pareça, acredito em você! - Sophie responde, fazendo um novo sorriso brotar nos lábios do rapaz.

- Gostei de saber disso! – diz ele, fazendo-a rodopiar novamente – Vejo você na próxima volta, principessa. – completa, soltando a mão da garota e entregando-a nos braços de outro, enquanto ele próprio se arranjava com um novo par.

Mas a garota não estava preparada para o que aconteceria em seguida. No momento em que seus olhos encontraram os do cavalheiro que a mantinha segura em seus braços, seu coração deu um salto, fazendo-a suspender a respiração por alguns segundos.

- Elijah...