Second Chance

Capítulo 1 - O Baile


Torino, Itália – 1442.

- Por favor, querida, comporte-se, está bem? – pede Marieta.

- Claro mamãe, sem problemas. Este é meu primeiro baile nesta cidade, e não quero que seja o último. – responde Sofia.

- Assim espero. – responde seu pai, Genaro, olhando-a seriamente. – Você sabe de nossa situação financeira, e é imprescindível que lhe arranjemos um bom casamento, a fim de mantermos nosso padrão de vida.

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- Claro papai, aquele que lhe oferecer as melhores vantagens terá seu total apoio, não é?

- Menina insolente! –grita Genaro, dando-lhe um tapa no rosto – Prefere que eu, Marieta e Giuseppe passemos por necessidades?

- Acalme-se Genaro, os outros convidados vão notar a cena. – diz Marieta, afagando o braço do marido na tentativa de acalmá-lo.

- Não quero que passem por dificuldades papai. – responde Sofia, não contendo as lágrimas – Só gostaria que o valor dos bens não fosse a principal característica que o senhor vá levar em consideração na hora de escolher-me um noivo.

- Escute aqui, - fala Genaro, agarrando o braço da filha – as características de seu futuro noivo sou eu quem vai decidir. Portanto, sugiro que você se comporte e não nos envergonhe diante das principais famílias desta cidade. Estamos entendidos?

- Sim papai. Mas me permita lembrar-lhe que não é minha culpa se esta família está à beira da falência. Deveria ter educado melhor Alfredo, seu primogênito. Talvez assim ele não fosse tão estúpido a ponto de colocar tudo a perder, e assim o senhor não precisaria me vender.

- Cale-se! – grita Genaro, dando outro tapa no rosto da filha.

- Já chega Genaro! – ordena Marieta – E Sofia, por favor, cale-se. As pessoas já estão nos olhando.

- Tudo bem mamãe. – responde a garota, secando as últimas lágrimas que escorriam por seu rosto.

Sofia seguiu seus pais pela escadaria que levava à entrada do belíssimo castelo, decidida a não facilitar os planos de seu pai de arranjar-lhe um noivado baseado apenas nas posses do rapaz. Ela queria alguém que a amasse e protegesse, não importando suas riquezas. Mas toda sua revolta com o pai desapareceu ao cruzar as portas da entrada e encontrar aqueles incríveis olhos escuros.

**************

- Por favor, Niklaus, não ataque ninguém durante o baile. Não seremos bem vistos nesta cidade se algum de seus prestigiados cidadãos desaparecer durante a festa. – diz Elijah.

- Fique tranquilo, irmão. – diz Klaus, dando um tapinha no ombro do irmão – Saberei me comportar. – completa sorrindo.

- Assim espero, meu ir... – nesse momento, ele se perdeu no mar azul dos olhos da moça que adentrava o salão.

- Elijah? O que há de tão interessante? – pergunta Klaus, curioso.

- Desculpe irmão. – Elijah responde sem desviar o olhar – Dê-me licença.

Klaus acompanha Elijah com o olhar e logo percebe o que, ou melhor, quem lhe chamou tanto a atenção. Num piscar de olhos se coloca ao lado do irmão e sussurra:

- Comporte-se irmão!

- Sem problemas. – responde Elijah.

Elijah percorre o salão rápida e elegantemente, e logo se coloca a frente da moça que lhe encantou com um único olhar.

- Boa noite senhorita. – diz ele, pegando a mão de garota e beijando-a. – Como se chama?

- Boa noite, milorde. – responde ela, encantada – Sou Sofia. Sofia Salvatore. E o senhor?

- Este é meu irmão, Lorde Elijah Mikaelson. – responde Klaus, colocando-se ao lado do irmão – E eu sou Lorde Niklaus, mas me chame apenas Klaus.

- Encantada em conhecê-los. – responde Sofia, sorrindo.

- O prazer é nosso, Lady Sofia. – diz Klaus, beijando-lhe a mão.

- E a senhorita está acompanhada? – pergunta Elijah.

- Vim com meus pais. – ela lhe responde – Eles já estão confraternizando com os outros convidados.

- Bem, vou deixá-los mais à vontade. – diz Klaus – Como anfitrião, minha atenção é bastante solicitada. Então me dêem licença... irmão... senhorita. – diz acenando para cada um, e num sussurro, diz ao irmão – Comporte-se Elijah.

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Após observar Niklaus se afastar, Elijah volta sua atenção para Sofia.

- Seu irmão é muito simpático! – comenta ela.

- Sim, mas um pouco genioso às vezes. Lady Sofia, me concederia a honra desta dança? – pergunta ele, mergulhando no mar azul dos olhos dela.

- Com toda certeza, milorde. – responde Sofia, sorrindo.

Elijah estendeu seu braço para ela, o qual ela aceitou com um sorriso, e se encaminharam para a pista de dança.

- Diga-me Sofia, quantos anos têm? – pergunta ele – Sem querer ser indelicado, claro.

- Sem problema, milorde. Tenho 17 anos. E o senhor, quantos anos tem?

- Por favor, não me chame de senhor. Trate-me apenas por Elijah. – diz ele, sorrindo – E receio dizer que sou bem mais velho que a senhorita.

- Não me importo com a diferença de idade. – diz Sofia, rapidamente – Ops! Desculpe minha falta de modos. Mas diga-me Elijah, está gostando da Itália?

- Passei a apreciar mais depois de conhecê-la. – responde ele, deixando-a corada – Desculpe-me por ser tão direto. Há muito tempo não me encanto por alguém do jeito que me encantei por você, Sofia.

- Fico feliz em lhe dizer que o sentimento é recíproco. – responde ela, sorrindo.

Sofia e Elijah continuaram dançando em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro.

******

- Minha filha já está na idade de se casar. – diz Genaro – Marieta tem lhe ensinado tudo que uma boa esposa precisa saber para agradar um marido.

- Então este é seu principal motivo para estar neste baile? Mostrá-la à sociedade e arranjar-lhe um marido?

- Claro que vim para prestigiar os Mikaelson, os novos moradores de Torino, mas também não irei perder a oportunidade, Sr. Ambrózio. Preciso cuidar do futuro de minha menina.

- E que tipo de marido está procurando para ela? – pergunta Ambrózio.

- O tipo de marido que possa assegurar seu conforto, seu padrão de vida. – responde Genaro.

- E este marido precisa ser da mesma idade dela? – pergunta Sr. Agostinni – Como você sabe, fiquei viúvo a pouco mais de um ano, e penso em encontrar uma nova esposa.

- Creio que a idade não seja um problema, Sr. Agostinni. Podemos marcar uma conversa em minha casa, se estiver mesmo interessado. – responde Genaro.

- Com licença! – diz Marieta, puxando o marido para um canto mais afastado – Você está louco? Acredita realmente que Sofia vai aceitar de bom grado o casamento com um homem como Agostinni? Pelo amor de Deus, Genaro. Ele tem 4 vezes a idade dela. Poderia ser seu avô.

- Poderia, mas não é! – responde ele, nervoso – E além do mais, é um homem rico, capaz de nos tirar dessa situação.

- Ela não vai aceitar, e você sabe disso. Até parece que não conhece a filha que tem! – diz a esposa – Você tem alguma outra opção?

- Sim. O Sr. Zambrotta está à procura de uma noiva para seu filho mais velho. Mas ele não é um homem de tantas posses.

- Pare com isso Genaro! Nossa filha não é uma mercadoria, você não pode leiloá-la.

- Posso sim, pois sou o pai dela, e minha palavra em nossa família é lei.

- Prometa-me que, ao menos, vai reconsiderar. – suplica Marieta – Sofia merece ser feliz. Não merece carregar o fardo pelos erros de Alfredo.

- Não fale mais o nome desse ingrato! Ele morreu para mim no momento em que nos desgraçou nos enchendo de dívidas que arruinaram nosso patrimônio. – vocifera Genaro.

- Mas Genaro...

- Sem “mas” mulher. Alfredo deixou de ser meu filho no momento em que o expulsei de casa. E Sofia precisa se sacrificar por nós, ela é nossa única esperança. Afinal, Giuseppe está longe da idade de casar, não é? – diz ele, referindo-se ao filho de 8 anos.

- Desisto! – diz Marieta, erguendo as mãos em sinal de rendição – Nada do que eu lhe diga vai fazer você agir como pai.

- Estou fazendo isso pelo bem de nossa família, Marieta.

- Não, está fazendo pelo seu bem. – responde ela, nervosa.

- Já chega dessa conversa. – diz Genaro, correndo os olhos pelo salão – E afinal de contas, onde está Sofia?