Fear And Light

Capítulo 5


*4 meses depois.

Percy tamborilava os dedos no volante. Estava um tráfico caótico em Nova York naquela manhã de segunda-feira. As pessoas estavam apressadas para chegar ao trabalho e não respeitavam o trânsito. Aquela era a Nova York nas vésperas de natal.

Percy não havia dormido bem à noite. Pela primeira vez em quase 5 meses, um monstro havia aparecido na casa dele. Se Percy não tivesse acertado o humanóide de 30 centímetros com uma frigideira, ele poderia ter chegado até Annabeth.

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Ela não gostava de sentir inútil, mas Percy insistia para ela descansar, depois de chegar do trabalho e ela não recusava, já que sempre estava super cansada.

Annabeth estava descansando no quarto quando Percy avistou a criatura entrando pela janela. Pegou a primeira coisa que estava mais perto e o acertou.

Mas não era só isso que preocupava Percy. Ele estava também muito ansioso. Naquela manhã, Annabeth iria ao médico e eles finalmente iriam saber o sexo do bebê. Todas as vezes que iam juntos ele ficava daquela maneira e só relaxava quando o médico dizia que estava tudo bem com seu filho.

- Até parece que o bebê vai nascer hoje, Percy – Annabeth dizia – Relaxe.

Mas era difícil até se concentrar no carro a sua frente.

Eles finalmente chegaram à clínica no centro da cidade. Era uma sala com paredes claras e desenhos pintados. Na sala de espera, várias outras mulheres com seus maridos. Muitas com a barriga tão grande que Percy imaginava que havia mais de trigêmeos.

A médica de Annabeth era alta, com cabelos quase brancos de tão louros e uns óculos redondos. Tinha um sorriso amargo e uma voz muita fina. Usava sempre roupas brancas típicas de médicos e um colante no jaleco escrito “Vamos dar as boas vindas ao bebê” ou “Parabéns Mamãe e Papai, me chamo Dra. Frida”. Pelo menos era isso que Percy conseguia ler.

Ela sempre os recebia com um aperto de mão e os mandava sentar.

- Pronta para saber o sexo? – Ela disse e os empurrou para a sala ao lado.

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Rachel esperava ir direto para a casa do seu pai, mas os últimos fatos a fizeram mudar de idéia.

Tinha saído do acampamento aquela manhã, pegado seu carro e ido a uma loja de presentes para crianças. Escolheu o presente azul mais bonito e mandou fazer o pacote.

Ela estava super feliz, mas o fato de ter visto aquelas coisa a preocupava. Talvez não fosse nada de mais, mas ela não conseguia para de pensar na imagem. A lembrança a fez estremecer.

Estava com Léo no sótão procurando os enfeites de natal, quando tudo a sua volta escureceu e de repente ela estava na praia.

O sol batia em seu rosto, mas ela conseguia ver claramente o mar. Uma criança de aproximadamente cinco anos estava com os pés na água. Ela olhava para o mar como que espera alguém.

A criança começou a andar mais para o fundo e quando a água bateu nos seus joelhos, Rachel tentou correr para pegar a criança e impedir que se afogasse, mas ela não conseguiu se mover.

Ela não conhecia o menino até que ele se virou e Rachel conheceu aqueles olhos verdes. A criança sorriu para alguém atrás dela e avançou para o mar.

E nesse momento, um raio estrondoso rugiu no horizonte e Rachel voltou ao sótão onde Léo a sacudia.

Ela aumentou o som do carro onde tocava uma musica que adorava e tentou esquecer tudo aquilo. As suas visões estavam acontecendo agora quase a todo instante e ela via coisas diversas. Desde seu pai pegando o telefone para ligar para alguém até ela pintando um quadro de uma mulher de cabelo verde. As visões sempre estão relacionada a ela.

Depois de ver o filho de Percy no mar e o raio, ela foi correndo conversar com Quíron.

Ele havia a tranqüilizado como sempre, mas parecia estar na dúvida do que tudo aquilo significava. Ela lhe contou sobre as visões que estava tendo.

- Você tem o dom da profecia, Rachel – ele dizia batendo em suas costas – essas visões são normais.

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- Mas está muito mais freqüente do que antes – ela disse.

E pela primeira vez em anos, Quíron não sabia o que dizer a ela.

Então aquela manha ela decidiu que iria visitar Annabeth e Percy.

Chegou ao apartamento e bateu na porta, como ela havia esperado, eles tinham acabado de chegar do médico. Foi Percy quem abriu a porta.

- Rachel? – ele sorriu – Entre.

Rachel entrou e entregou o pacote a Annabeth que estava no sofá.

- Eu queria ser a primeira – Rachel disse e Annabeth riu.

Rachel sentou ao lado dela e ela abriu o pacote tirando de lá um lindo sapatinho azul.

- Ah, Rachel – ela sorriu – São lindos

- Mas como você sabia que é menino? – Percy perguntou e sentou ao lado de Annabeth. – Acabamos de saber.

- Eu vi – ela disse.

- Viu? – Annabeth perguntou.

- É, estou tendo visões, não são profecias. Eu consigo ver o futuro. – ela disse – tipo quando eu vi que você estava grávida.

- Sério? –Annabeth disse – Mas o que você realmente viu?

Rachel contou a eles sobre a criança na praia, tirando a parte do raio e a parte em que ele entra no mar. O rosto deles se iluminou com a idéia, mas Rachel se sentiu incomodada por não contar o resto. Ela não queria que os dois ficassem preocupados se o filho teria ou não poderes na água.

- Preciso ir, meu pai deve estar me esperando – Rachel disse.

O pai havia telefonado mais cedo convidando ela para jantar em casa. Rachel não tinha a mínima vontade de ir, mas ela estava fazendo as vontades de seu pai ultimamente, pois ele havia aceitado o fato de ela ter começado a fazer faculdades de artes plásticas.

Despediu-se de Percy e Annabeth e pegou a quinta avenida direto para sua casa. Enfrentou o trânsito por quase uma hora e chegou ao prédio de quase 20 andares de seus pais. Estava no elevador quando sentiu uma sensação de que estava caindo. Foi quando ela teve a maior de suas visões que foi tão forte que a fez desmaiar.