Cody correu e me abraçou, ele estava tão feliz e tão bem pra um garoto que tinha acabado de sair de uma arena. Sim, arena. Katniss Everdeen depois de uns anos teve um surto, ela enlouqueceu, e com isso ela reiniciou os Jogos Vorazes com toda população da Capital de dos distritos Carreiristas.

Por a Capital na arena eu até entendo, mas os Carreiristas? Segundo uma entrevista dela, ela só os mandou pra arena por relembrar do mal que eles a causaram. Idiota.

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Enfim, estou aqui abraçado com meu filho, Cody, que acabou de vencer os Jogos. Ele é meu orgulho.

– Fez mais que sua obrigação. - disse me afastando dele.

– Obrigado, mãe.

Cody tem quase todos os meus traços em sua personalidade e é a cara do pai, a única coisa que herdou de mim foi os cabelos escuros. Ele é alto demais pra um garoto de apenas quinze anos. A cara do pai, os mesmo olhos, a mesma boca, o mesmo nariz. Praticamente a cópia bem feita do pai. Ele era tão orgulhoso quanto eu, tão frio, tão eu.

– Estou muito orgulhoso de você, cara. - disse Cato apertando a mãe de Cody e depois o abraçando.

– Cadê a Dianna?

– Ela está la fora, vou mandar chamá-la. - disse Cato enquanto eu revirava os olhos.

– Ah mãe, para com isso, eu tenho quinze anos e acabei de sair da arena!

– E eu fico muito feliz por isso, mas não gosto dela.

– Eu sim.

– Cody! - disse a garota depois de um grito agudo. Dianna pulou no pescoço de Cody num abraço.

Dianna era linda, poderia ser filha do Cato com outra pessoa por ter a mesma cor de cabelo dele, além disso, nada parecido. Dianna tem olhos castanhos, é magra e o pior de tudo é que ela é a namorada do meu filho.

– Senti tanta sua falta. - disse ela.

– Mimimimimi. - sussurrei com uma careta pro Cato.

Ele riu.

– Mãe, posso ficar um tempo com a Dianna?

– Não!

– Pode sim. - disse Cato.

– Ele acabou de chegar...

– E daí? Teremos tempo suficiente pra ficar com ele, deixe ele comemorar.

Cato me levou pra casa a força. Me joguei na cama quando cheguei, ele fez o mesmo. Ficamos uns minutos fitando o teto até eu quebrar o silêncio.

– Ele compensou a dor que eu tinha quando a Bianca morreu.

– Isso é bom.

– Não me diga. - ironizei.

– É bom que ele tenha compensado isso.

– Eu sei. Cato, já se passou muito tempo, eu tenho trinta e três anos, estava pensando em ter uma filha.

- Por mim, tudo bem. – disse ele sorrindo, me contagiando.

- O problema é esse mundo. Cato, se eu tiver mais um filho e ele for para os Jogos, eu admito, não teria tanta certeza de que voltaria vivo.

- Nós temos tempo para pensar nisso, está bem? Descanse um pouco, você ficou ansiosa demais pra ver o Cody.

- É. Ele é o meu orgulho.

- Nosso orgulho.

Sorri pra ele e me relembrei de todas as dificuldades que passei com Cato.

- É estranho, não? Pensar no que tivemos que passar pra ter uma casa juntos, um filho...

- Pois é. Valeu a pena , não acha?

- Com certeza. Mas agora nós só temos que pensar em coisas normais de uma vida normal.

- Não, não. Clove, nós nunca teremos uma vida normal como a dos outros.

Ele está certo. Não debati nem nada, apenas me deitei em seu braço e dormi, fiquei muito tempo esperando isso. Um tempo. Um tempo pra descansar e dormi por dias independente do que estivesse acontecendo. Eu tenho o Cato e o Cody e isso já basta, a única coisa que eu tenho que me preocupar agora é como vou me lidar com esse surto psicótico da nova líder de Panem, Katniss. Se eu tiver mais um filho e ele for para a arena, eu juro que eu decepo a cabeça dela.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.