"Little creepy girl with her little creepy face, saying funny things that you have never heard."

-----------------

A tarde estava chuvosa e cinza, ele foi andando até a loja de armas. Quando entrou, foi até o balcão e se surpreendeu. A garota que ele viu pela manhã, a Sarah, estava ao seu lado conversando com o vendedor. Ele a mostrou algumas armas e ela sorriu.

–Você tem belos brinquedinhos. - Ela passou um dos dedos pela extensão de uma das armas devagar, com suas unhas vermelhas e compridas. Passou o dedo pelo gatilho. O vendedor olhou com cuidado para a garota e tirou a arma de perto dela com rispidez.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Para que você veio ver armas? Cuidado com isso, e elas não são brinquedos. - Ela deu de ombros.

–Só vim dar uma olhada. - Quando ela ia se virar para sair, viu Tate. O olhou nos olhos, mas mesmo assim, foi caminhando até a porta e saiu.

Tate conversou com o vendedor. Mostrou uma licença falsa que o permitia comprar armas, deu uma identidade falsa com idade alterada, falou que era apenas um colecionador. Não comprou balas, apenas as armas.

–Vão ficar boas na minha estante. - Tate comentou e olhou o vendedor, tentando ser convincente. Depois de alguma resistência e de conversar com o vendedor, ele acabou achando que o garoto não apresentaria riscos e o vendeu as armas.

Quando saiu da loja, algo lhe puxou para o lado pelo braço, antes que ele pudesse reagir. Foi empurrado para um canto e seus olhos encontraram dois olhos de puro verde.

–Você é o novo garoto da minha sala.

–Sim.

–Tate Langdon. - Ela olhou para as sacolas que ele carregava. -Isso não é pra sua coleção, é?

–Assim como você estava vendo armas por curiosidade, eu posso comprá-las para a minha coleção. - Ele disse puxando o braço e se libertando da mão fria da garota. Ela riu.

–Então elas não são para sua coleção.

–Como pode saber?

–Me diga, se você coleciona armas, quais outros modelos você tem? - Ele pensou por um tempo, mas não soube responder. -Foi o que eu pensei.

–Você vai contar para alguém? - Perguntou ele, apreensivo.

–Não. Mas eu quero algo em troca.

–O que?

–Eu quero te ajudar.