Querido Diário Otaku

Capítulo 20 - Bonita


Dois meses meu caro diário, há exatos dois meses eu não escrevo NADA em você.

Isso é um sinal do apocalipse zumbi! Ainda mais pelo por que eu não escrevo aqui há dois meses: Agora tenho vida social

Posso até ouvir os gritos imaginários da sua voz sonolenta ouvindo isso. Claro que você não tem voz, eu sei disso, mas como já disse imaginários como tudo em você eu até tenho uma forma imaginária pra você e pra mim você tem até uma consciência imaginária. Acho que você é muito imaginário pra mim.

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Não, eu não estou te recusando diário é que você é muito imaginário. Diário e imaginário rimam ou é impressão minha? Talvez seja talvez não.

ARGH! Estou esquecendo completamente meu propósito ao escrever aqui. Foco Jullie, foco... Por que eu fiz uma espécie de coxinha com a mão ao pensar isso? NADA FAZ SENTIDO NESSA VIDA!

Ah me lembrei, eu arrumei vida social e

Merda a caneta falhou. Eu não sei porquê a caneta pode ter falhado. Não, espera, sei sim ela ta destampada a mais de dois meses perdida com você sabe lá Zeus onde.

Por que tudo dá errado quando eu não quero que dê errado?

Continuando meu caro diário otaku, eu arrumei uma vida social. E NÃO É NO THE SIMS SOCIAL!

“Que macumba você usou pra isso Jullie?”

Nenhuma acredite. Depois da transformação que as ‘perus’, as chamo assim porque as atendentes pareciam perus me rodeando com aquelas penas em brincos, colares e enfeites de cabelo, daquele SPA me fizeram, e fizeram com muita dor e sofrimento, eu me tornei uma pessoa bonita. SIM EU A GAROTA DO CABELO PÓS BRIGA COM UM GATO FIQUEI BONITA!

Até me emocionei agora relembrando de toda dor e sofrimento pelo qual elas me fizeram passar. Sério diário, qual o porquê daquela maldita cera quente doer tanto? E por que raios elas tinham que tirar a minha sobrancelha e meu bigode com aquilo? Sem falar quando elas jogaram nas minhas pernas, elas depilaram tudo e quando digo tudo é tudo mesmo, ainda estou traumatizada.

Enfim, após tanto sofrimento e umas boas doses de química no meu cabelo aquele bando de perus me deixaram bonita. Cuidaram , hidrataram , pintaram e criticaram muito meus cabelos e unhas que estavam quebrados e comidas. Pintaram meu cabelo com alguma espécie de tinta colorida maluca e agora tenho varias mechas coloridas azuis por ele, minhas unhas estão grandes e fortes e minha pele não tem mais nenhum traço de cravos ou espinhas. Sinto-me bonita, apenas.

E as outras pessoas também me acham bonita, foi só eu aparecer assim na escola pra que todos começassem a me seguir, alguns até mesmo desafiaram a Jessie dizendo que ela tinha tentando me afogar porque eu era bonita demais, tem cabimento algo assim?

Eu sou claro me diverti muito com isso, a Jessie bem que mereceu. Todos começaram a falar comigo, mas eu me reservei mais pra aqueles que sempre falaram comigo como Thomas, Andrew e Michelle. Não, Michelle não, ela me drogou e também nunca mais olhou na minha cara e Gregory também não conta, ele é irmão da cobra loira que tentou me matar.

Então acho que isso significa que eu me reservei mais para o Andrew, que mais falta que tudo e pro Thomas, ele foi muito legal comigo diário me levou pra vários lugares e fizemos coisas muito divertidas.

Thomas é bonito, legal, divertido e tem o sorriso mais lindo do mundo. Ás vezes acho que estou gostando dele. Na escola ele faz o tipo calado e quieto na dele, mas fora dela é meio bad boy com um toque perfeito de sarcasmo, não sei explicar direito apenas sei que é assim que ele é. E também é confiante, muito confiante.

Dois meses diário, nesse tempo alem da minha transformação também ocorreram outras coisas como: o fim das aulas, as viagens cada vez mais constantes e duradouras da minha mãe, Lucca cada vez mais próximo e distante ao mesmo tempo, minha aproximação de Thomas e meu afastamento de Andrew.

Thomas diz que Andrew está com ciúmes de mim porque ”Antes eu era uma propriedade dele e exclusiva dele”, quando Thomas disse isso me perguntei se ele estava falando de mim ou de alguma espécie de puta de luxo que tem exclusividade com certos clientes. Porra, to com uma moral e tanto.

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“Uou senhorita popular, e como arranjou tempo para escrever em mim, seu pobre e fiel escudeiro diário?”

Bem diário serei sincera, mal me lembrava da sua existência, mas tudo bem porque agora que eu te achei debaixo da cama não te perco mais. Ou pelo menos espero não perder.

Peguei meu celular que estava vibrando e li a mensagem na tela

“To te esperando aqui em baixo

– Thomas “

Sorri e desci as escadas mais tarde talvez te dê mais algum detalhe diário, mas agora tenho só uma coisa a dizer: As coisas fúteis têm um poder realmente incrível sobre os outros.