Forever And Always

XLI: Inquisição


XLI — Inquisição.

(...)

Renée observava com um sorriso em seu rosto, o marido caminhar em direção a Edward. Balançou a cabeça, incrédula, com a máscara de rigidez que Charlie assumiu ao interrogar o — futuro — genro. Homens!

Charlie não era o que se podia dizer de um pai rigoroso, ao contrário. No entanto, ele não deixaria passar em branco a oportunidade em fazer com que o — futuro — namorado de sua única filha passasse por uma inquisição semelhante a que “sofreu” ao pedir ao pai de Renée, a “benção” para namorá-la.

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Edward arregalou os olhos quando viu Charlie sentar-se ao seu lado. Os olhos brilhantes e assustados do adolescente foram imediatamente para o coldre na cintura no policial, ficando aliviado ao notar a ausência de uma arma. Lembrou-se então do que Alice lhe disse quando a encontrou naquele mesmo dia: “Charlie Swan possui uma arma, Edward. Ou você é à prova de balas?” Não, não era à prova de balas.

— E então... — começou Charlie com uma expressão séria em seu rosto. — Edward, esse é o seu nome, não é?

— Sim, senhor Swan — o garoto agradeceu por não ter gaguejado, ao responder.

— Qual a sua idade? — interrogou, coçando o queixo.

— Dezesseis. Dezesseis anos, senhor.

E novamente a veia na testa de Charlie queria saltar para fora. Dezesseis anos. Um rapaz. Provavelmente ciente de sua sexualidade. Bella... A sua Bella... Sua inocente garota que provavelmente ainda brincava de bonecas... Sendo “corrompida” por um adolescente quase homem!

— O que há entre você e Bella? E se eu desconfiar que você esteja mentindo, garoto, mesmo considerando muito o seu pai, Carlisle, não hesitaria em levá-lo à delegacia.

— Somos amigos... — apertou os dedos. Estava mentindo. Droga! Iria ser preso!

Apenas amigos? — forçou. — Tem certeza que gostaria de manter essa afirmação, Edward?

— Senhor Swan... — desesperado, Edward fitou Renée que havia acabado de entrar na sala. Sentia-se mais confiante com a chegada de Renée. Charlie não ousaria a matá-lo na frente da esposa, ousaria?

— Eles são “namoradinhos”, Charlie — comunicou Renée, tocando os ombros de Charlie para acalmá-lo.

— Namoradinhos? — apontou para Edward. — O que isso significa? No meu tempo, não existia “namoradinho”. Ou era noivo. Ou marido. Nada de meio termo como “namoradinhos”!

— Há mais de trinta anos, querido — Renée fez uma careta com os termos antiquados do marido.

— E você permitiu isso? — olhou-a de modo acusatório.

— Sim. Você teria percebido se fosse mais atento.

— Vá chamar Isabella Marie. Agora! — Charlie estava irritado. Irritado porque a sua criança estava namorando um rapazote e por que lhe ocultaram algo tão importante.

— Isabella está descansando, Charlie. O dia para Bella foi cansativo...

— Não. Importa — pontuou. — Vá acordar Isabella Marie. Agora.

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